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Patrimônio
- Publicada em 12 de Dezembro de 2012 às 00:00NSG investirá até R$ 300 milhões no Cais Mauá
JONATHAN HECKLER/JC
Jornal do Comércio
A gestora de investimentos de private equity NSG Capital pretende aplicar até R$ 300 milhões em empreendimentos no complexo do Cais Mauá. O presidente da empresa, com sede no Rio de Janeiro e que administra uma carteira de R$ 1,8 bilhão, Luiz Eduardo Franco de Abreu, informou ontem, em Porto Alegre, após anunciar a aquisição de 39% do capital da Porto Cais Mauá do Brasil - arrendatária da área a ser revitalizada por 25 anos -, que R$ 200 milhões já estão reservados e serão injetados no conjunto do chamado business park, que terá edifício de escritórios, hotel e estacionamento. O valor restante será captado no mercado, mas a destinação ainda não foi definida, adiantou o executivo. O grupo Vonpar, licenciado da Coca-Cola, anunciou que montará equipamento de lazer na área, mas fez suspense sobre investimento e tipo de atividade. A empresa é a primeira operadora confirmada para a área.
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A gestora de investimentos de private equity NSG Capital pretende aplicar até R$ 300 milhões em empreendimentos no complexo do Cais Mauá. O presidente da empresa, com sede no Rio de Janeiro e que administra uma carteira de R$ 1,8 bilhão, Luiz Eduardo Franco de Abreu, informou ontem, em Porto Alegre, após anunciar a aquisição de 39% do capital da Porto Cais Mauá do Brasil - arrendatária da área a ser revitalizada por 25 anos -, que R$ 200 milhões já estão reservados e serão injetados no conjunto do chamado business park, que terá edifício de escritórios, hotel e estacionamento. O valor restante será captado no mercado, mas a destinação ainda não foi definida, adiantou o executivo. O grupo Vonpar, licenciado da Coca-Cola, anunciou que montará equipamento de lazer na área, mas fez suspense sobre investimento e tipo de atividade. A empresa é a primeira operadora confirmada para a área.
A construção de duas torres começa a ser definida, com a busca da empresa de construção. O presidente da NSG não se comprometeu com prazo de execução, mas não descartou concluir até 2014. Ao oficializar a nova composição da empresa, que assumiu a área em fim de 2011, os acionistas confirmaram a intenção de começar as obras em março de 2013 e concluir a primeira etapa - de recuperação dos armazéns - antes da Copa do Mundo. O chefe da Casa Civil do Estado, Carlos Pestana, ao lado do prefeito José Fortunati e dos operadores, voltou a dizer que confia no prazo e espera a entrega da fase 1 da revitalização em março de 2014. “Estamos dando mais um passo”, resumiu Pestana, referindo-se ao novo investidor. A demora em conseguir sócios com recursos estava adiando e levando ao descumprimento de datas firmadas com o governo e o município. A promessa em dezembro de 2011 era dar início às intervenções em agosto deste ano.
Será a segunda vez que a empresa da área de investimento ingressa em operações gaúchas. Em 2007, a companhia comprou parte do capital da Zamprogna e virou gestora da indústria de componentes de aço, vendida em 2009 para a Usiminas. A cifra da gestora no Cais Mauá representará mais da metade da estimativa de aporte de mais de R$ 500 milhões na revitalização. O acerto da sociedade ocorreu em agosto. Abreu citou que a instituição já aplica em segmentos de serviços e shopping, além de energia, mas será o primeiro complexo de lazer e serviços de concessão pública no País. O retorno do investimento será obtido com a venda ou exploração de salas e do hotel. A rentabilidade segue INPC (inflação) mais juros de 7% a 10% ao ano, detalhou.
O presidente do grupo de bebidas e alimentos Vonpar, Ricardo Vontobel, promete revelar, nas próximas semanas, o tipo de complexo de lazer que montará no Cais Mauá. “Não posso falar, pois ainda estamos trabalhando no projeto. Será um três em um”, limitou-se o empresário. Vontobel frisou que o mix de atrações será aberto ao público e promete que será irreverente. O projeto será feito dentro da fábrica em Porto Alegre.
Estudos e projetos já consumiram R$ 10 milhões
Até agora, já foram gastos R$ 10 milhões em estudos e projetos no Cais Mauá, informou Francisco Javier Aran, um dos diretores da holding GSS (que uniu os três sócios da Espanha). A GSS soma 51% das ações, porção ainda majoritária. O grupo Bertin detém 15% do capital. O pool de acionistas negocia os empreendimentos de shopping center, centro de eventos e instalações de serviços e comércio nos antigos armazéns. Assembleia extraordinária realizada pelos sócios na manhã de ontem aprovou plano de negócios, cujos detalhes não foram revelados.
Aran comentou ainda que o ingresso do sócio assegurou a capitalização. “Estávamos sozinhos”, resumiu o diretor da GSS, que uniu a Gis, Solo Real e Spin. Aran esclareceu ainda que deverão ser buscados R$ 80 milhões no mercado para executar etapas do complexo. O Banrisul é o estruturador da operação. O diretor-executivo da Porto Cais Mauá do Brasil, Mário Freitas, assegurou que conseguirá aprovar projetos e obter as licenças para começar as obras em março. O prefeito José Fortunati confirmou que uma equipe técnica está em contato com a empresa.
