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- Publicada em 08 de Novembro de 2012 às 00:00

Tarso convida a Renault a avaliar fábrica para o Estado


STELA PASTORE/ ESPECIAL/ PALÁCIO PIRATINI/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
O governador Tarso Genro conheceu ontem, na França, o projeto de carro elétrico que está sendo desenvolvido pela Renault. Tarso detalhou aos executivos da montadora as características do Rio Grande do Sul e comunicou o interesse em receber uma visita de representantes da empresa para conhecer as potencialidades gaúchas. “É uma visita que tem uma visão de semeadura dessa relação, mas é semeando que depois se colhe”, disse o governador.
O governador Tarso Genro conheceu ontem, na França, o projeto de carro elétrico que está sendo desenvolvido pela Renault. Tarso detalhou aos executivos da montadora as características do Rio Grande do Sul e comunicou o interesse em receber uma visita de representantes da empresa para conhecer as potencialidades gaúchas. “É uma visita que tem uma visão de semeadura dessa relação, mas é semeando que depois se colhe”, disse o governador.
A missão gaúcha foi recebida pelo diretor de operações para as américas do grupo, Denis Barbier, que detalhou as características do novo modelo de veículo. O carro elétrico chegará às ruas da França a partir de dezembro, estreando inicialmente na frota dos correios, com o modelo Zoé. A estimativa é de que até 2016 cerca de 1,5 milhão de carros elétricos estejam circulando no país. A Renault está desenvolvendo quatro modelos, nos quais investiu € 4 bilhões.
O governo gaúcho enviará à direção da Renault um conjunto de dados sobre os programas desenvolvidos no Estado, o detalhamento dos parques tecnológicos existentes, entre outras informações. Tarso destacou que no Rio Grande do Sul existem mais de 700 empresas da cadeia automotiva. Além disso, salientou que a produção de energia elétrica de fontes renováveis no Estado (hidrelétrica e eólica) está em sincronia com o projeto de veículos não poluentes.
O diretor da Renault presenteou o governador com uma miniatura do primeiro modelo elétrico. O governador retribuiu, presenteando o executivo francês com um livro sobre os costumes gaúchos. Três motivos levaram a Renault a desenvolver o projeto de carro elétrico: a dependência de petróleo, poluição das grandes cidades e a emissão de gás carbônico. Barbier apresentou dados como o de que 87% da população usuária de veículos faz até 67 quilômetros por dia - condizente com a autonomia de um carro elétrico.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças (SincoPeças-RS), Gerson Nunes Lopes, avaliou que “seria muito bom, mesmo que seja uma unidade de menor porte, como deve ser o caso de um complexo de veículos elétricos, a vinda da montadora”. O dirigente aponta que no Rio Grande do Sul há empresas suficientes para atender a uma nova demanda. Ele admite que seria necessário um período de adaptação, porque, eventualmente, haveria alguma novidade ou peça diferente e seria preciso criar um estoque. Outro fato enfatizado pelo presidente do SincoPeças-RS é que tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 62/2012, de autoria do deputado Dr. Basegio (PDT), que quer reduzir em 50% o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para carros que utilizarem energia elétrica ou gás natural veicular (GNV) como combustível. Com a aprovação da lei, a alíquota do imposto passaria para 1,5%.

Associação afirma que são necessárias ações para desenvolver mercado a veículos elétricos

O diretor-presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Pietro Erber, considera “simpática” a ideia da instalação de uma montadora de veículos elétricos no País. Ele adianta que essa iniciativa diminuiria os custos com a importação do produto. “Mas, no curto prazo, eu não vejo um grande mercado para os carros elétricos no Brasil”, admite Erber. O dirigente argumenta que algumas medidas precisariam ser tomadas para desenvolver esse segmento. Uma delas é a redução de impostos sobre esses carros e, a outra, a disponibilização de locais para a recarga. Erber lembra que a autonomia dos veículos elétricos ainda é limitada, algo entre 160 a 200 quilômetros.
Ele ressalta ainda que, como a indústria automotiva compra as baterias dos carros elétricos e não as fabrica, seria necessário facilitar a importação desses equipamentos até o início de uma produção nacional. O diretor-presidente da ABVE acrescenta que a parte mecânica do veículo elétrico é simples, o mais complexo são os elementos eletrônicos. Erber afirma que, se a Renault confirmar uma unidade de elétricos no Brasil, o mais viável seria que a produção fosse feita junto com carros convencionais. Uma sugestão que o dirigente daria ao governador Tarso Genro, em razão da forte presença da indústria de carrocerias no Estado, é a preparação para a inclusão de ônibus elétricos no mercado.
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