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INFRAESTRUTURA

- Publicada em 26 de Junho de 2012 às 00:00

Petrobras revisará projetos que somam US$ 28 bilhões


AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
Para reduzir custos operacionais e aumentar a eficiência, a Petrobras anunciou que estão em avaliação 147 projetos de exploração e de produção, de um total de 980, segundo consta do Plano de Negócios 2012-2016. O documento foi apresentado ontem pela presidente da estatal, Graça Foster, e pela sua diretoria, na sede da empresa.
Para reduzir custos operacionais e aumentar a eficiência, a Petrobras anunciou que estão em avaliação 147 projetos de exploração e de produção, de um total de 980, segundo consta do Plano de Negócios 2012-2016. O documento foi apresentado ontem pela presidente da estatal, Graça Foster, e pela sua diretoria, na sede da empresa.
De acordo com o documento, os projetos somam US$ 236,5 bilhões, dos quais US$ 27,8 bilhões passam por uma revisão. Mais da metade é da área de Abastecimento e Refino (US$13,9 bilhões) e 21% são do setor de Gás e Energia (US$ 6 bilhões). Mais 17% dos projetos em análise são da área de Exploração e Produção Internacional, que somam US$ 4,6 bilhões.
“Nenhum projeto foi retirado, não teve corte”, assegurou a executiva. “Estamos reavaliando”, completou, ao explicar que não pode divulgar os cronogramas de instalação de plantas como a da Refinaria do Nordeste, em Pernambuco, e do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), previstos anteriormente para 2014.
“Não é avaliar se vai fazer ou não. Isso não se discute. A gente vai fazer sim porque precisa dessas refinarias”, acrescentou. “As refinarias são essenciais, mas eu preciso saber quanto custam e quanto eu já fiz. Só depois dessa avaliação, teremos de forma detalhada a entrada do primeiro trem (conjunto de plantas). Até lá, ninguém está autorizado a falar”, enfatizou.
O Plano de Negócios da Petrobras destaca que, na fase de avaliação, serão levados em conta a viabilidade de cada projeto, a disponibilidade de recursos, o alinhamento dos custos das novas refinarias e a disponibilidade de gás natural para plantas de fertilizantes e novas termelétricas, por exemplo. “Outras variáveis” de interesse da empresa não foram descartadas.
Segundo a presidente da estatal, a prioridade no período do plano é a área de óleo e gás, cuja meta de produção no Brasil e no exterior, até 2016, é 3,3 milhões de barris por dia. O maior crescimento é esperado entre 2014 e 2016, com a revisão da eficiência operacional na Bacia de Campos, e a entrada em operação de novas unidades no pré-sal, principalmente.
Pela primeira vez com mais recursos que o pós-sal, o pré-sal tem destaque na estratégia da Petrobras no período do plano. A empresa receberá 49% (US$ 43,7 bilhões) do total previsto para investimentos na área de produção (US$ 89,9 bilhões), dos US$ 236,5 bilhões totais do plano de negócios para serem gastos até 2016.
Perguntada sobre o impacto das discussões da Rio+20, na política da estatal, Graça Foster disse que está atenta às questões ambientais. Ela, no entanto, não comentou sobre a redução de subsídios para o petróleo, um dos temas do encontro, pelo fato de o combustível ser considerado poluente. Ontem, o governo zerou o imposto sobre combustíveis, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), depois de a Petrobras reajustar em 7,83% a gasolina e em 3,94% o diesel.
A decisão do governo é considerada uma forma de subsídio e busca evitar o impacto do aumento no bolso do consumidor e, consequentemente, na inflação. “Acho que a Rio+20 cumpriu seu objetivo. A Petrobras tem uma preocupação com a sustentabilidade, com a eficiência energética e com o ambiente. Afinal, é dele que a gente vive”, disse Graça.

Estatal revê cronograma de obras de refinarias

Atrasos nas obras, planejamentos malfeitos e custos excessivos levaram a Petrobras a rever o cronograma de entrada em operação das quatro refinarias planejadas desde a década passada para que, até 2020, o Brasil consiga autossuficiência na produção de derivados de petróleo. Por causa da produção interna insuficiente, a companhia vem sendo obrigada, desde o ano passado, a importar combustível, para evitar o desabastecimento no mercado nacional, aquecido pela expansão do poder de consumo da população. Entre janeiro e abril deste ano, a importação média diária de barris foi de 80 mil barris.
A presidente da petroleira, Graça Foster, citou o exemplo da Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) ao falar de equívocos cometidos nas fases de planejamento e construção. A refinaria já era para estar funcionando desde novembro do ano passado, mas só está 55% pronta. O novo prazo, agora, é novembro de 2014. Até ontem, era junho de 2013.
Outro problema grave identificado pela nova diretoria da petroleira é a situação do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). Graça Foster proibiu a divulgação do novo prazo para a entrada em funcionamento da primeira refinaria do Comperj, que seria em setembro de 2014. Essa data já foi abandonada. Antes de fixar uma nova, a presidente exige a realização de estudos aprofundados.
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