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COPA 2014

- Publicada em 14 de Março de 2012 às 00:00

Impasse com moradores atrasa ampliação da pista do aeroporto


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jornal do Comércio
Enquanto prosseguem as indefinições sobre o projeto de ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, mais uma audiência realizada ontem na Câmara de Vereadores de Porto Alegre terminou sem uma definição para as 42 famílias da Vila Floresta e as 800 famílias que ainda residem na Vila Dique, cujo processo de transferência já foi iniciado. As associações de moradores acreditam que as 1.476 casas, em construção no loteamento Porto Novo, na Zona Norte, não serão suficientes para atender ao número de habitantes da região. No caso da comunidade Ouro Preto, ainda não há definição sobre o local para onde serão transferidas as cerca de 600 pessoas que vivem em frente ao muro do aeroporto e atrasam o cronograma de obras necessárias para preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. 
Enquanto prosseguem as indefinições sobre o projeto de ampliação da pista do Aeroporto Internacional Salgado Filho, mais uma audiência realizada ontem na Câmara de Vereadores de Porto Alegre terminou sem uma definição para as 42 famílias da Vila Floresta e as 800 famílias que ainda residem na Vila Dique, cujo processo de transferência já foi iniciado. As associações de moradores acreditam que as 1.476 casas, em construção no loteamento Porto Novo, na Zona Norte, não serão suficientes para atender ao número de habitantes da região. No caso da comunidade Ouro Preto, ainda não há definição sobre o local para onde serão transferidas as cerca de 600 pessoas que vivem em frente ao muro do aeroporto e atrasam o cronograma de obras necessárias para preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014. 
Em outro encontro sem representantes da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), a presidente da Associação da Vila Floresta, Veridiana Meireles, explica que, por se tratar da área mais próxima da pista, representantes do órgão tentaram negociar indenizações com proprietários que receberam os pagamentos e não comunicaram aos inquilinos. O diretor da Associação da Vila Dique, Davi Lima, afirma que mais de 100 pessoas receberam quantias que variavam entre R$ 10 mil e R$ 50 mil pela desocupação. “Participamos de reuniões regulares com a Infraero no ano passado, entretanto, desde maio, não conseguimos mais contato, porque todos os proprietários receberam os valores não comunicaram os inquilinos e fugiram com o dinheiro”, conta.
Os vereadores lamentaram a ausência da Infraero. “A empresa que deveria ser a mais interessada em buscar uma resolução, pois obedece aos prazos de entrega de obras relacionadas à Copa do Mundo, não tem demonstrado disposição em tentar encontrar uma solução para o impasse”, disse Maria Celeste, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança Urbana (Cedecondh).
O chefe de gabinete da Secretária Estadual de Habitação e Saneamento, Nasson Sant’anna, apresentou a nova proposta do governo do Estado para a comunidade Ouro Preto. Segundo ele, as 42 famílias podem ser incluídas em um empreendimento do Minha Casa, Minha Vida com entrega prevista para novembro.
O módulo construído no bairro Camaquã permite que os moradores enquadrados dentro da faixa 1 do programa federal, ou seja, com o teto da renda familiar fixado em R$ 1,6 mil, estariam aptos a participar. Estado e munícipio concordam em dividir 60% dos valores do aluguel social, mas a Infraero não teria apresentado disponibilidade de arcar com os 40% restantes de um valor estimado em R$ 100 mil por um prazo indefinido e que pode chegar a oito meses. 
Na área de maior concentração populacional, moradores contestam as estimativas do Departamento Municipal de Habitação (Demhab). A prefeitura concluiu duas etapas de transferência e mais de 600 famílias da Vila Dique já residem em novas moradias. Por outro lado, um levantamento feito pela Associação da Vila Dique constatou 18 mil títulos de eleitores registrados no local. O diretor da entidade acredita que o número real ultrapasse 20 mil pessoas. “Houve falha no cadastramento e famílias com até 10 pessoas estão recebendo casas com dois quartos e 32 metros quadrados”, revela Lima. Para ele, os reassentamentos não serão concluídos em 2012, conforme a previsão do Demhab, que já removeu mais 60 famílias neste ano. Para a presidente da Cedecondh, Maria Celeste, o encontro termina com um novo temor e os avanços que a comissão acreditava ter constatado no ano passado não foram confirmados.
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