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Tecnologia

- Publicada em 02 de Julho de 2011 às 00:00

As redes sociais entram no mercado de trabalho


JOÃO MATTOS/JC
Jornal do Comércio
Retweets, comments, likes, trending topics. Palavras que assustam muitos leigos dentro da internet fazem parte do cotidiano de Gisele Rebelo. A publicitária de 24 anos passa a maior parte do seu tempo online, conectada e sempre atenta. A diferença é o que para muitos é sinônimo de lazer para ela significa trabalho. Gisele faz parte de um ramo em ascenção no mercado, a dos analistas de redes sociais, pessoas que plantam ações na web para colher resultados dentro e fora dela.
Retweets, comments, likes, trending topics. Palavras que assustam muitos leigos dentro da internet fazem parte do cotidiano de Gisele Rebelo. A publicitária de 24 anos passa a maior parte do seu tempo online, conectada e sempre atenta. A diferença é o que para muitos é sinônimo de lazer para ela significa trabalho. Gisele faz parte de um ramo em ascenção no mercado, a dos analistas de redes sociais, pessoas que plantam ações na web para colher resultados dentro e fora dela.
"Um analista de redes sociais trabalha basicamente com relacionamento, realizando o planejamento e a execução de ações definindo estratégias de como aproximar uma figura pública ou marca do grande público dentro de páginas como Facebook e Orkut", explica.
A publicitária, que já trabalhava com Internet, conta que foi somente a três anos que percebeu as oportunidades que os novos sites de relacionamentos virtuais poderiam trazer. "Em meados de 2009 eu fazia divulgação gratuita de festas, só ganhava brindes e convites, quando fui procurada por uma produtora para divulgar os eventos que ela realizava. Fui contratada via Twitter mesmo, desde então não parei mais", comenta. Atualmente Gisele trabalha com pesquisas de tendências e monitoramento em mídias sociais numa agência da Capital, a Aceita.
O caso de Gisele não é isolado, já que vem crescendo significativamente o número de empresas que adotam as redes como método de comunicação. Segundo um levantamento da Catho, o maior site de classificados de empregos do país, o número de vagas para funções relacionadas às mídias sociais cresceu 140% nos últimos seis meses em comparação a todo o ano passado. Só neste ano, 240 vagas foram anunciadas no site. Os salários podem variar muito (confira o gráfico), mas quem atua na área garante que o retorno financeiro não é o maior atrativo deste tipo de emprego. "A grande gratificação esta em gerenciar um projeto, humanizar uma marca ou produto. Ver que muitas pessoas 'curtiram' o teu trabalho já é uma recompensa", comenta Gisele, em alusão ao famoso botão do Facebook.
Para Ana Paula de Mello Diniz, especialista em marketing digital e instrutora de cursos na área, as redes sociais são de grande potencial para o mundo corporativo porque não demandam grandes investimentos. "As empresas procuram cada vez mais divulgar de forma direcionada o trabalho que realizam, e é nas redes sociais que elas encontram um espaço com o melhor custo-benefício para isso", explica.
Este novo nicho para divulgação de produtos e serviços requer tempo e dedicação para se obter sucesso e a empresa que não tomar os devidos cuidados  pode comprometer sua imagem. Ana Paula afirma que a maior parte das firmas encontra problemas em dar continuidades nos perfis criados dentro de mídias como o Orkut. Para que isso não se torne lugar comum dentro do mundo empresarial ela dá a receita de sucesso: "é preciso contratar profissionais especializados com esses novos recursos tecnológicos. A demanda por gente que atue conscientemente dentro das redes sociais esta cada vez maior, tanto que as faculdades de comunicação já estão formando profissionais para interagir com as linguagens digitais".
Apesar de não existir formação acadêmica específica para a profissão, os jornalistas, relações públicas e publicitários são os mais cotados para exercerem este tipo de função.
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