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Copa 2014

- Publicada em 30 de Junho de 2011 às 00:00

Projetos do Beira-Rio e da Arena estão dentro do prazo


GABRIELA DI BELLA/JC
Jornal do Comércio
A reforma do Beira-Rio, com cerca de 15% das obras já realizadas, e a construção da Arena gremista, com 28% de avanço físico, estão dentro dos seus respectivos cronogramas. As informações foram repassadas ontem a engenheiros e arquitetos do Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), que realizaram visitas técnicas aos empreendimentos.
A reforma do Beira-Rio, com cerca de 15% das obras já realizadas, e a construção da Arena gremista, com 28% de avanço físico, estão dentro dos seus respectivos cronogramas. As informações foram repassadas ontem a engenheiros e arquitetos do Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), que realizaram visitas técnicas aos empreendimentos.
No caso do estádio do Internacional, as obras estão paradas há cerca de duas semanas e serão retomadas assim que for assinado oficialmente o contrato com a construtora Andrade Gutierrez. O acordo deve ser firmado em até três semanas. O gerente de patrimônio do Internacional, Hélio Gregory Giaretta Júnior, não acredita que a paralisação possa atrasar a finalização do projeto, prevista para até o começo da Copa das Confederações, que acontecerá em junho de 2013. O dirigente destaca que se trata de um conceito de longo prazo, que também contará com centro de convenções, rede hoteleira, prédio-garagem, comércio e outros complexos. "Até a Copa, será criado um eixo turístico do Centro da cidade ao BarraShoppingSul", relata o dirigente.
Atualmente, cerca de 25% da capacidade da arquibancada inferior está interditada devido às obras. Com isso, o complexo conta hoje com uma capacidade para 43 mil pessoas, o que permite receber uma eventual final de Libertadores. Giaretta Júnior informa que o estádio busca a certificação Leed, dada a edifícios sustentáveis. O projeto da reforma prevê a racionalização do uso de água e de energia. A nova cobertura permitirá a captação da água da chuva que será usada na irrigação do gramado, de jardins e na limpeza. Contudo, o gerente de patrimônio admite que as despesas deverão aumentar com o novo estádio. Somente a demanda de energia do Beira-Rio deverá crescer cerca de quatro vezes, alcançando algo em torno de 4 MW.
Já a obra da Arena gremista, que está sendo construída no bairro Humaitá, encontra-se na sua fase estrutural, com a colocação de blocos e pilares. A previsão é de o estádio ser concluído até dezembro de 2012. O gerente de produção da OAS (empresa que conduz o empreendimento), Robledo Moraes, revela que são cerca de 800 pessoas trabalhando nas obras atualmente, sendo que em torno de 60% delas são provenientes da região Nordeste do País. Ainda não foram iniciadas as obras dos empreendimentos comerciais que ficarão no entorno do novo estádio.
O presidente do Sinaenco regional Rio Grande do Sul, Orgel de Oliveira Carvalho Filho, afirma que os estádios de Grêmio e Inter estão em etapas adiantadas e acredita que não terão problemas para serem utilizados durante a Copa do Mundo de 2014. Oficialmente, o grupo visitou a Arena gremista por se tratar de um ponto de apoio à Copa do Mundo. No entanto, alguns empresários que acompanham os empreendimentos vinculados ao torneio ainda não descartam a substituição do Beira-Rio pela nova casa do Tricolor para receber jogos oficiais.
O diretor do Portal 2014, Rodrigo Prada, que também participou da comitiva, ressalta que o grupo já visitou estádios em Pernambuco, Paraná e Amazônia. "Aqui, a questão é distinta, pois o prazo é mais apertado devido à Copa das Confederações em 2013", comenta Prada. O portal www.portal2014.org.br, vinculado ao sindicato, tem como meta acompanhar o andamento das obras da Copa e repassar as informações para a sociedade. Com essa mesma intenção, será promovido hoje, no Hotel Sheraton, o evento Road Show - Três Anos para a Copa no Brasil, que contará com a presença de autoridades estaduais e municipais envolvidas na preparação de Porto Alegre para a Copa do Mundo.

População vai se queixar do excesso de obras nas ruas de Porto Alegre, promete José Fortunati

Clarisse de Freitas
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, está otimista quanto à realização das obras previstas para adequar a mobilidade urbana da capital para receber a Copa do Mundo 2014. "No ano passado falávamos de obras prováveis. Hoje são obras possíveis. Todas elas já têm financiamento definido e, tenho certeza, no ano que vem a queixa será pelo excesso de obras sendo feitas ao mesmo tempo", afirmou durante a palestra ontem no Fórum de Infraestrutura das Entidades de Engenharia.
Na Capital, os projetos envolvem melhorias no transporte público, saneamento, rede de saúde pública, oferta hoteleira e segurança pública. Segundo o prefeito, a maior parte das licitações ainda pendentes deve ser feita até dezembro deste ano.
Um dos projetos destacados por Fortunati foi o metrô de Porto Alegre que, afirmou ele, deve ser incluído no PAC Mobilidade Urbana - Grandes Cidades, que tem anúncio previsto para o dia 27 de agosto. O prefeito detalhou a proposta com a exibição de um vídeo e disse que, embora o tema seja discutido na Capital há muito tempo, só "atravessou o Mampituba" com a escolha da cidade como sede da Copa do Mundo. "O metrô era uma discussão paroquial, só passou a ser prioridade para o governo federal quando apresentado dentro do contexto da Copa do Mundo."
Outra mudança no transporte urbano será fruto do investimento de R$ 430 milhões. A verba será usada para criar
três eixos de Bus Rapid Transit, que funcionarão nas avenidas Protásio Alves, Assis Brasil e Bento Gonçalves.
Com esse sistema, a meta é diminuir drasticamente o trânsito de ônibus no Centro Histórico de Porto Alegre. Atualmente, mais de 30 mil viagens têm como ponto final os terminais da região central, porém, a maior parte dos passageiros desce antes e os veículos chegam quase vazios.

Sebrae pretende capacitar 1,2 mil MPEs para os jogos

Luana Fuentefria
Mais do que as obras de infraestrutura, a Capital espera ter os negócios criados durante a Copa de 2014 como legado do evento. Para isso, a principal proposta é capacitar as micro e pequenas empresas (MPEs), que terão o apoio do Sebrae-RS por meio do Sebrae na Copa de 2014. O conjunto de programas deve atender a 1,2 mil empresas na Capital, além das localizadas em um raio de 200 quilômetros que tenham interesse em participar.
Deficientes na área gerencial, a ideia é apresentar às MPEs ferramentas de gestão, sobretudo voltadas ao planejamento. Dessa forma, o Sebrae-RS pretende qualificar as empresas existentes e tornar rentáveis e sustentáveis os negócios criados na onda das demandas geradas pela realização da Copa do Mundo.
O programa, focado em quatro setores da economia (construção civil, tecnologia da informação, turismo e produção associada ao turismo), verificou 448 oportunidades de negócios para pequenas empresas nas 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014, todas elas existentes em Porto Alegre. Entre as principais oportunidades, o presidente do Conselho Sebrae-RS, Vitor Augusto Koch, que apresentou o programa no Seminário Oportunidades para 2014 ontem, destaca a gastronomia, garagens e imobiliárias.
Além da gestão, o gerente setorial do Comércio e Serviços do Sebrae-RS, Rodrigo Farina Mello, lembra que a área jurídica também será trabalhada, tendo em vista o excesso de regramentos da Fifa. Por isso, uma das prioridades é o mapeamento do chamado corredor da Copa, que se estende do aeroporto até os estádios, com a finalidade de orientar os empresários quanto às peculiaridades que o momento exige, como a adaptação ou a retirada das fachadas de logomarcas concorrentes às patrocinadoras do evento. As exigências, no entanto, não devem impedir a abertura do mercado para as empresas locais. Fora do corredor, Mello espera que sejam desenvolvidos setores produtivos locais.
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