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Turismo

- Publicada em 14 de Março de 2011 às 00:00

Aruba: Um oásis de segurança e tranquilidade


LUIZ GUIMARÃES/JC
Jornal do Comércio
Aruba não chega a ser um santuário de belezas naturais se comparada a algumas praias brasileiras. Duas são as praias mais famosas: Palm Beach e Eagle Beach. Mas a pequena ilha caribenha de 30 quilômetros de extensão por 10 de largura tem atributos que raramente se encontram nas praias brasileiras. O primeiro deles é a segurança, valor inestimável para os norte-americanos, por exemplo, que lotam a rede hoteleira. Os recantos são seguros mesmo não sendo ostensivo o policiamento. Ocorre que a população nativa tem um poder aquisitivo de alto para médio padrão e a imigração é rigorosamente controlada.
Aruba não chega a ser um santuário de belezas naturais se comparada a algumas praias brasileiras. Duas são as praias mais famosas: Palm Beach e Eagle Beach. Mas a pequena ilha caribenha de 30 quilômetros de extensão por 10 de largura tem atributos que raramente se encontram nas praias brasileiras. O primeiro deles é a segurança, valor inestimável para os norte-americanos, por exemplo, que lotam a rede hoteleira. Os recantos são seguros mesmo não sendo ostensivo o policiamento. Ocorre que a população nativa tem um poder aquisitivo de alto para médio padrão e a imigração é rigorosamente controlada.
Não há miséria na ilha, não há pedintes nas ruas e praias. Nem ambulantes perturbando o descanso de quem desfruta do mar ou caminha pelas ruas da capital Oranjestad. Aruba modelou uma estrutura de serviço ao turista que impressiona. No táxi, no ônibus ou em qualquer estabelecimento comercial, a comunicação é possível em pelo menos três línguas: inglês, espanhol e holandês. E uma quarta, só falada pela população local: o papiamento.
Por fim, o clima desértico e agradável oferece as condições para veranear a uma temperatura média de 30°C. Há quem reclame do vento permanente, mas é bem provável que, se não soprasse, a ilha seria algo muito próximo a um caldeirão. A paisagem acompanha o clima árido. A vegetação é formada por cactos, palmeiras, plantas rasteiras e árvores adaptadas aos longos períodos sem chuvas. Não faltam as iguanas para lembrar o deserto. De cores e formas variadas, estão presentes em todo o lugar, sempre fugindo apressadas à aproximação do homem. Em tudo a ilha inspira conforto, segurança e vasta oferta de lazer, com variadas modalidades de esportes náuticos, tours, centros de compras e uma quantidade respeitável de restaurantes. Uma infinidade de cruzeiros atraca no porto de Oranjestad o ano todo para compras, recheando de dólares o caixa do comércio local.  
Palm Beach é a praia mais famosa - ou, pelo menos, a praia dos famosos. Ao longo de sua orla estão os grandes hotéis e resorts. Os preços ali são salgados, variam de US$ 200,00 a US$ 500,00 dólares a diária por casal. A avenida que passa por trás do paredão hoteleiro é a passarela dos desfiles noturnos. Lá estão os cassinos e a maioria dos restaurantes, quase todos adaptados ao gosto dos americanos. Mas há também oferta de culinária de outros rincões. O gaúcho não sentirá falta do churrasco. Pelo menos duas churrascarias servem carne em rodízio ao estilo brasileiro.
Eagle Beach não pulsa como Palm Beach, mas é mais acolhedora e bela. A faixa de areias brancas é ampla. As águas, de um azul-turquesa, são quentes, calmas, cristalinas. Eagle Beach também concentra hotéis à beira-mar, mas oferece pousadas como opção mais barata. Muitas destas pousadas estão no bairro de Noord, onde o ponto negativo é a baixa densidade de restaurantes, o que deve mudar em seguida. Em frente a uma das mais aconchegantes pousadas de Aruba, a Sasaki Apartments, começa a ser construído ainda este ano um shopping com variada oferta de restaurantes. De acordo com Danilo Sabater, gerente da pousada, o shopping vai mudar a face de Eagle Beach. “Aliás, a lotação da rede hoteleira em geral já melhorou nos últimos meses, em comparação ao período 2008/2009, quando a crise afastou o turista”, comemora.
Norte-americanos são maioria em Aruba. Estima-se que mais de 60% dos turistas sejam filhos de Tio Sam. A segunda leva é de holandeses, dada a condição histórica da ilha, uma ex-colônia do Reino da Holanda. Venezuelanos formam a terceira categoria de visitantes, em razão da proximidade com a ilha, distante não mais do que 30 quilômetros da República Bolivariana de Hugo Chávez. “Já foi mais fácil viajar para cá, mas agora Chávez impôs cotas em dólar para saídas ao exterior”, conta o turista da Venezuela Juan Aguirre.
Predominam entre os frequentadores das praias arubanas casais de média idade e da terceira idade em férias ou aposentados, quase sempre mais cobertos do que o razoável para banhos de mar. Maiôs comportados com saiotinhos pudicos que lembram décadas passadas são os preferidos das norte-americanas, algo impensável no Brasil e que surpreenderia quem frequenta, por exemplo, Copacabana. Daí, fica difícil a comparação com as praias brasileiras. Se bem que, com um pouco de atenção, sempre será possível observar um topless aqui ou ali - de uma jovem mulher, claro.              

O papiamento

O papiamento é uma língua arraigada no chamado ABC Holandês (Aruba, Bonaire e Curaçao). Mesmo falando outros idiomas com o turista, o nativo daquela região caribenha preserva sua cultura linguística, prefere o papiamento como manifestação oral. A língua é formada por uma soma de palavras e expressões importadas, entre elas do português arcaico trazido pelos escravos africanos. Somaram-se expressões dos colonizadores holandeses, do espanhol e do inglês e o papiamento virou uma babel de difícil compreensão. Tentar entender o que dizem os nativos com seu linguajar em ritmo de metralhadora será perda de tempo. Para quem só fala português, o melhor mesmo é exercitar o “portunhol” para a comunicação fluir.

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