Governo entrega à Agergs a minuta da ERS-010 nesta sexta-feira

A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) recebe hoje, às 10h, a minuta final do edital da Parceria Público-Privada (PPP) para a construção da Rodovia do Progresso (ERS-010). O documento será entregue por representantes do governo do Estado.

Cumprida essa etapa, o material será analisado pelos técnicos da entidade e posteriormente encaminhado para aprovação do conselho. Depois da análise, a minuta retornará para o governo que, assim, poderá publicar o edital. Não existe um prazo determinado para que isso aconteça, mas a expectativa da Agergs é de que o documento seja devolvido ao Executivo ainda esse ano.

No início de setembro, a Agergs já havia recebido uma versão da minuta, porém, o material foi devolvido para a Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) e para a Secretaria da Infraestrutura e Logística (Seinfra) para que algumas alterações fossem feitas.

A versão que será recebida hoje deve ser a final e estará apta para ser aprovada. "Foram muitas as conversas e ajustes feitos a partir das sugestões da Agergs, então, estamos com uma expectativa positiva", afirma o assessor técnico da Seinfra, Wilson Ghignatti. Otimista, o assessor espera que a publicação do edital ocorra ainda em outubro.

A ERS-010 ligará Sapiranga a Porto Alegre, em uma rota alternativa à direta da BR-116 no sentido Capital-Interior. A rodovia terá início na BR-290 (freeway), imediações de Cachoeirinha, e prosseguirá em sentido Norte até a RS-239, entre Campo Bom e Sapiranga. Também será feita uma conexão com a BR-386 e com a RS-118 e a RS-240.

A via deve trazer novas possibilidades de desenvolvimento à Região Metropolitana de Porto Alegre, além de reduzir o alto volume de tráfego na BR-116. A previsão é de que a rodovia esteja finalizada em sete anos após o início das obras.

O custo da geração de energia térmica em 2010 já atinge a marca de R$ 730 milhões ante R$ 580 milhões em todo o ano passado, disse o consultor da PSR Energia, Mario Veiga, após participar do Enase 2010. O aumento no custo se deve a um maior acionamento das térmicas para poupar a água dos reservatórios de hidrelétricas com a forte estiagem que atinge a região Sudeste. Segundo ele, há uma perspectiva de que as tarifas de energia elétrica no Brasil aumentem em cerca de 30% dentro dos próximos cinco anos, principalmente por conta do aumento da geração térmica. "As térmicas vão operar mais do que o esperado", disse Veiga, lembrando que o atual modelo privilegia a reserva de energia das hidrelétricas para diminuir o risco de racionamento.