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Turismo

- Publicada em 02 de Agosto de 2010 às 00:00

Princesa do Sul completa 198 anos e volta a reinar


LAUREANO BITTENCOURT/DIVULGAÇÃO/JC
Jornal do Comércio
De longe, na saturada e tetrapedagiada rodovia BR-116 que liga Porto Alegre a Pelotas, a silhueta da cidade já pode ser observada. Por décadas, Pelotas foi mais lembrada como a Princesa do Sul. Por ali faziam escala famosos grupos de teatro e espetáculos a caminho de Buenos Aires. Mansões e prédios centenários evocam a imagem da opulência econômica e cultural que a pecuária e as charqueadas proporcionaram no passado. Os filhos das famílias abastadas estudavam na Europa, trazendo hábitos e gostos requintados, fazendo da cidade um polo não apenas econômico, mas artístico e cultural. Ali a população convivia com o que havia de melhor na Europa. Cristais, talheres, lustres e tecidos. Um dos exemplares do comércio da época de ouro era o Bule Monstro, uma espécie de bazar, onde a princesa Isabel fez compras. No entanto, em que lugar do passado ficou Pelotas? Uma cidade que foi, antes de tudo, a mais culta do Rio Grande do Sul. Pelotas foi pioneira em muitas áreas e deu ao Estado políticos, artistas e empresários como Joaquim Oliveira e o pioneirismo nos supermercados. Dia 7 de julho de 2010 Pelotas completou 198 anos. Nesse dia, em 1812, foi elevada à condição de Freguesia de São Francisco de Paula. Em 2012, nos 200 anos, muitos festejos estão programados. A Princesa do Sul, hoje com 350 mil habitantes, merece. Pelotas quer voltar a seus dias de reinado de cultura e liderança política e econômica.

De longe, na saturada e tetrapedagiada rodovia BR-116 que liga Porto Alegre a Pelotas, a silhueta da cidade já pode ser observada. Por décadas, Pelotas foi mais lembrada como a Princesa do Sul. Por ali faziam escala famosos grupos de teatro e espetáculos a caminho de Buenos Aires. Mansões e prédios centenários evocam a imagem da opulência econômica e cultural que a pecuária e as charqueadas proporcionaram no passado. Os filhos das famílias abastadas estudavam na Europa, trazendo hábitos e gostos requintados, fazendo da cidade um polo não apenas econômico, mas artístico e cultural. Ali a população convivia com o que havia de melhor na Europa. Cristais, talheres, lustres e tecidos. Um dos exemplares do comércio da época de ouro era o Bule Monstro, uma espécie de bazar, onde a princesa Isabel fez compras. No entanto, em que lugar do passado ficou Pelotas? Uma cidade que foi, antes de tudo, a mais culta do Rio Grande do Sul. Pelotas foi pioneira em muitas áreas e deu ao Estado políticos, artistas e empresários como Joaquim Oliveira e o pioneirismo nos supermercados. Dia 7 de julho de 2010 Pelotas completou 198 anos. Nesse dia, em 1812, foi elevada à condição de Freguesia de São Francisco de Paula. Em 2012, nos 200 anos, muitos festejos estão programados. A Princesa do Sul, hoje com 350 mil habitantes, merece. Pelotas quer voltar a seus dias de reinado de cultura e liderança política e econômica.

Patrimônio histórico é o que não falta em Pelotas. A recuperação do belíssimo prédio do Grande Hotel custará R$ 1,5 milhão. Com quatro pavimentos, ele tem 68 quartos, quatro apartamentos, duas suítes, salão de chá e vestíbulo coberto por uma claraboia de vidros coloridos. A renovação histórica permitirá o funcionamento de um hotel quatro estrelas, com uma Escola de Gastronomia e uma Escola de Hotelaria no subsolo do prédio. No entanto, quem vai a Pelotas não deixa de se encantar com a caixa d'água da Piratinino de Almeida, com 150 metros de circunferência. A caixa é sustentada por 45 colunas de oito metros de altura, e o conjunto está sendo restaurado através do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Outra parada obrigatória é no Museu da Baronesa, que teve a visita de 12 mil pessoas em 2009. A cidade ainda tem o Theatro Guarany, o Museu da Presença Francesa em Pelotas e o Theatro Sete de Abril. A famosa praia do Laranjal é ponto de encontro no verão, e a Festa Nacional do Doce, (Fenadoce) um marco da cultura pelotense. Os doces de Pelotas têm fama nacional, com receitas que passam de geração em geração.

Prefeitura investe em obras pensando no bicentenário

"A recuperação socioeconômica de Pelotas marca uma arrancada rumo ao bicentenário e remete à convicção de que já fizemos e estamos fazendo bastante, embora tenhamos humildade para reconhecer que ainda falta muito por fazer", diz o entusiasmado prefeito Adolfo Antonio Fetter Junior. "Nas comemorações dos 200 anos de criação do município, em 7 de julho de 2012, teremos uma cidade moderna, desenvolvida e mais agradável ainda de se viver". Fetter Júnior salientou o parque tecnológico, a duplicação da avenida Ferreira Viana, a pavimentação da avenida Ulisses Guimarães, no bairro Dunas, a construção de praças em vários outros bairros e a implantação de 35 quilômetros de rede coletora de esgoto no Laranjal. "Em fase de conclusão está o centro de beneficiamento de produtos agrícolas na zona rural, além da construção de mil novas moradias e a unidade de reciclagem de lixo do Dunas.
As obras continuam no Mercado Público e na Unidade Básica de Atendimento Imediato do bairro Navegantes, que está praticamente concluída", segundo o prefeito. Ele citou igualmente a requalificação do calçadão central e do calçadão do Laranjal, a construção do shopping popular (camelódromo), a requalificação da avenida Fernando Osório, a duplicação da avenida Salgado Filho e a pavimentação das avenidas Leopoldo Brod e 25 de Julho.

Carnaval é motivo de orgulho

Pelotas ganhou fama também por ter o melhor Carnaval do Rio Grande do Sul. Tanto nos clubes, como Brilhantes e Diamantino, quanto na passarela. Blocos famosos desfilam em quarteirões bem delineados. Na cidade, pessoas e veículos circulam por ruas paralelas e transversais quase todas se cruzando simetricamente. Sair dos bailes de Carnaval e fazer uma volta na quadra é uma tradição que alguns mantêm.
Muitos gaúchos de outras cidades lembram até hoje com saudades dos carnavais passados em Pelotas. Mas, tudo indica que a falta de indústrias, tirando as de compotas de frutas e conservas de legumes, e o fim das charqueadas, bem antes, levaram a um lento declínio da atividade econômica.
Com isso, as oportunidades para os jovens encolheram. Ficou a fama dos cursos universitários, como a escola de agronomia Eliseu Maciel, famosa pela qualidade do seu ensino e dos profissionais que forma. Para quem visita Pelotas, a hotelaria tem como ótimo representante o Curi Palace Hotel, com nove andares e salão de convenções, localizado na rua General Neto, na área central e próximo ao calçadão da rua Andrade Neves, a principal da cidade. O empresário Samir Curi Hallal, economista e hoteleiro, dirige o hotel e é um entusiasta de Pelotas e suas atrações.
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