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Energia

- Publicada em 26 de Julho de 2010 às 00:00

Preço para PCHs em leilões divide entidades


LEE CELANO/AFP/JC
Jornal do Comércio
Os preços-teto estipulados para os leilões de energia de reserva e de fontes renováveis, previstos para ocorrer nos dias 25 e 26 de agosto, dividiram opiniões. Enquanto a Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE) considerou insatisfatórios os valores para a geração de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) aponta como razoáveis os preços para a produção a partir da força dos ventos.
Os preços-teto estipulados para os leilões de energia de reserva e de fontes renováveis, previstos para ocorrer nos dias 25 e 26 de agosto, dividiram opiniões. Enquanto a Associação dos Pequenos e Médios Produtores de Energia Elétrica (APMPE) considerou insatisfatórios os valores para a geração de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica) aponta como razoáveis os preços para a produção a partir da força dos ventos.
O leilão de fontes alternativas tem como objetivo contratar energia para atender à demanda das distribuidoras a partir de 2013. Nessa concorrência, biomassa e eólica disputam entre elas, e as Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) entre si. Já no certame de reserva, que tem como meta contratar um volume de energia além do que as concessionárias solicitam, a concorrência é totalmente separada. O preço-teto inicial aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para submissão de lances no leilão de reserva foi de R$ 156,00/MWh para biomassa, R$ 167,00/MWh para eólicas e de R$ 155,00/MWh para PCHs. No de fontes alternativas, o preço inicial determinado para a eólica e a biomassa foi de R$ 167,00/MWh. Nessa disputa o preço inicial para PCHs será como no de reserva: R$ 155,00/MWh.
O presidente da APMPE, Ricardo Pigatto, considera inexplicável o valor estipulado para as PCHs. Ele argumenta que esses empreendimentos não contam com vantagens como as grandes hidrelétricas que, por exemplo, têm mais facilidade na questão do financiamento. Pigatto defendia uma isonomia de preços com as usinas de biomassa e lembra que, enquanto esses complexos tiveram uma melhora no preço-teto de venda em relação a leilões anteriores, os valores aplicados para as PCHs ficaram estáveis.
O dirigente relata que a expectativa de que fosse determinado um baixo preço pelo MWh de PCHs fez com que poucos complexos fossem inscritos no leilão (24 que somam 390 MW de potência).  Pigatto não descarta a possibilidade de que todos os 390 MW de PCHs sejam comercializados. Ele lembra que cada MW dessa fonte instalado absorve um investimento de cerca de R$ 6 milhões. Em abril, um empreendimento gaúcho, de 29 MW de potência, estava cadastrado para participar da disputa.
Se a oferta de energia de PCHs será limitada no leilão, as eólicas colocarão 11.214 MW no certame. “Acho que o preço estipulado para a eólica não é o melhor, mas não é o pior, é razoável”, afirma o diretor da ABEEólica, Pedro Perrelli. Para ele, os valores viabilizam a continuidade do aumento da geração eólica no País. Perrelli tem a expectativa de que possam ser comercializados no leilão de 2 mil MW a 2,5 mil MW dessa fonte alternativa.
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