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Indústria

- Publicada em 13 de Janeiro de 2010 às 00:00

Perdigão de Porto Alegre fecha as portas na sexta-feira


João Mattos/JC
Jornal do Comércio
A planta de abate de frangos da Perdigão no bairro Cavalhada, em Porto Alegre, deve encerrar as atividades às 18h da próxima sexta-feira. A informação foi confirmada no final da tarde de ontem em nota divulgada pela Brasil Foods, controladora da Perdigão, que não indicou a data do fechamento. A empresa argumenta que o bairro se tornou central, prejudicando o funcionamento da fábrica. As operações serão transferidas para a planta de Lajeado, que foi ampliada recentemente. A capacidade de abates de frango passou de 320 mil cabeças/dia para 470 cabeças/dia, enquanto a de suínos saiu de 2 mil cabeças/dia para 4,8 mil cabeças/dia.

A planta de abate de frangos da Perdigão no bairro Cavalhada, em Porto Alegre, deve encerrar as atividades às 18h da próxima sexta-feira. A informação foi confirmada no final da tarde de ontem em nota divulgada pela Brasil Foods, controladora da Perdigão, que não indicou a data do fechamento. A empresa argumenta que o bairro se tornou central, prejudicando o funcionamento da fábrica. As operações serão transferidas para a planta de Lajeado, que foi ampliada recentemente. A capacidade de abates de frango passou de 320 mil cabeças/dia para 470 cabeças/dia, enquanto a de suínos saiu de 2 mil cabeças/dia para 4,8 mil cabeças/dia.

O Sindicato dos Trabalhadores na Alimentação de Porto Alegre marcou para hoje uma última assembleia entre funcionários e representantes da Brasil Foods para discutir benefícios nas dispensas. Entre as compensações, está o pagamento de dois a seis salários extras conforme o tempo de serviço e a possibilidade de um emprego na planta de Lajeado. A Brasil Foods é a maior empregadora do Rio Grande do Sul, contando atualmente com mais de 13 mil funcionários.

Hoje, são cerca de 500 funcionários trabalhando em apenas um turno na fábrica de Porto Alegre, conforme o presidente do sindicato, Renato de Oliveira Borges. Em fevereiro passado, a planta paralisou as atividades por 60 dias, sob a justificativa da crise mundial e da escassez de demanda.

Em nota, a companhia comenta que a localização da planta foi decisiva para o encerramento das atividades.

"Essa localização tem causado diversas dificuldades operacionais, que vão desde o transporte de animais vivos ao longo de avenidas daquela área urbana, bastante movimentada, até questões ambientais da própria unidade, cujas instalações são antigas. Tais dificuldades foram decisivas para a transferência das operações", informa o documento da Brasil Foods. Segundo o presidente do sindicato, a companhia foi pressionada por órgãos governamentais. "Em reunião conosco, os representantes da empresa disseram que o encerramento das atividades aconteceu por pressão do Ministério da Agricultura e da prefeitura de Porto Alegre, que sequer liberou novo alvará para o funcionamento da fábrica", diz Borges.

O secretário da Indústria e Comércio da Capital, Idenir Cecchim, afirma que não foi notificado da decisão da empresa e que a prefeitura não teve participação na decisão. "A informação que tenho é que a empresa tem problemas logísticos para operar na Capital. As aves, que vinham de uma unidade de produção na zona Sul de Porto Alegre, hoje desativada, agora têm de ser transportadas do Vale do Taquari", comenta.

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