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AGRONEGÓCIOS

- Publicada em 22 de Setembro de 2009 às 00:00

Redução da área com milho pode chegar a 35%


Jornal do Comércio
O plantio de milho para a safra 2009/2010 deve apresentar uma redução de até 35% no Rio Grande do Sul. Pelos cálculos da Farsul, esta é a tendência para o cereal. O desestímulo que pode levar à substituição de 500 mil hectares para a soja está diretamente ligado à questão preço. Atualmente o produtor recebe pela saca de 60 quilos de milho cerca de R$ 17,00, enquanto pela saca de soja a cotação é de R$ 40,00. A queda dos preços do milho, que na safra 2008/2009 oscilavam entre R$ 20,00 e R$ 22,00, é atribuída à crise econômica, que fez despencar as exportações de aves e suínos, dois dos principais setores consumidores do produto.

O plantio de milho para a safra 2009/2010 deve apresentar uma redução de até 35% no Rio Grande do Sul. Pelos cálculos da Farsul, esta é a tendência para o cereal. O desestímulo que pode levar à substituição de 500 mil hectares para a soja está diretamente ligado à questão preço. Atualmente o produtor recebe pela saca de 60 quilos de milho cerca de R$ 17,00, enquanto pela saca de soja a cotação é de R$ 40,00. A queda dos preços do milho, que na safra 2008/2009 oscilavam entre R$ 20,00 e R$ 22,00, é atribuída à crise econômica, que fez despencar as exportações de aves e suínos, dois dos principais setores consumidores do produto.

Os custos de produção para a implantação e manutenção das culturas também apontam maior vantagem para a oleaginosa, cujo desembolso chega a ser 30% menor em relação ao milho. “Com esses preços, os produtores não estão conseguindo nem cobrir os custos de produção, que chegam a R$ 20,00 por saca”, acrescentou o presidente da Comissão de Grãos da Farsul, Jorge Rodrigues. Além dos fatores de mercado, os produtores ainda amargaram ainda uma quebra de cerca de 15% na safra de milho passada. As previsões da Farsul dão conta de que serão cultivados 800 mil hectares de milho, ante os 1,35 milhão da safra passada. Para a soja, a previsão é saltar de 3,8 milhões de hectares para 4 milhões, conforme Rodrigues. Embora seja cedo para dimensionar a safra, ele estima que a produção gaúcha de milho deverá ficar em 3,7 milhões de toneladas, contra 9 milhões de toneladas de soja.

De acordo com o informe conjuntural da Emater, as chuvas dos últimos dias prejudicaram as lavouras de milho, que em algumas regiões precisaram ser replantadas. A semana não foi muito propícia ao plantio, avançando apenas oito pontos percentuais em relação à semana passada e alcançando somente 28% da área prevista para este ano. A maior movimentação de plantio está prevista para a segunda metade de outubro.

Na comercialização, os preços seguem deprimidos, com a cotação média para o produtor sofrendo nova desvalorização, que nesta semana foi de 0,12%. A saca de 60 quilos, quando negociada, ficou em R$ 16,95. O período de semeadura da soja se inicia em meados de outubro.

No caso do arroz, as chuvas dos últimos dias ajudaram na recuperação do volume hídrico dos mananciais, fazendo reverter as previsões de queda de área plantada para a próxima safra. O consultor de mercado do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga), Tiago Barata, acredita na possibilidade de repetição da área plantada na safra 2008/2009, quando foram cultivados 1,106 milhão de hectares. Mesmo com o cenário favorável para o plantio, ainda persiste a preocupação com os baixos preços oferecidos ao produto, levando muitos orizicultores a manterem o arroz estocado. “Com preço em torno de R$ 27,00 a saca de 50 quilos, fica inviável comercializar. Em função disso, cerca de 50% da safra passada ainda não foi negociada”, alerta. Mesmo com a redução dos valores dos custos de produção, especialmente dos fertilizantes, Barata afirma que, caso os preços se mantenham nos patamares atuais, a rentabilidade dos produtores não deve ser muito elevada. “No ano passado, os preços da saca chegaram a R$ 32,00 e hoje não passam de R$ 27,00. A esperança é de que haja aumento ainda durante o segundo semestre.”

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