Em cartaz no Museu de Arte do Paço/Mapa (Praça Montevidéu, 10), a exposição Sobre águas, assinada pela artista visual Vera Reichert, convida o público a uma experiência que aborda as múltiplas camadas simbólicas, estéticas e ambientais da água. Atuando como uma retrospectiva de mais de três décadas de carreira da artista, a mostra tem curadoria do gestor cultural André Venzon, e ocupa três salas do Museu, podendo ser visitada gratuitamente até o dia 19 de dezembro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h.
Presença constante na obra de Vera, a água é utilizada na narrativa da Mostra para abordar temáticas relacionadas ao meio ambiente, à poluição, à conservação e à preservação dos rios, com um caráter provocativo, lúdico e conceitual. A artista destaca que nutre uma profunda ligação com o elemento, marcada pela atividade do mergulho (que exerce desde longa data em rios, lagos e lagoas ao redor do mundo) e que sua jornada artística é diretamente ligada a essa conexão com os ambientes aquáticos, inspirando-se nas nuances e na beleza dos oceanos. "Minha linha de pesquisa com esse recurso natural tão importante para a vida vem sendo desenvolvida desde o início de minha carreira como artista visual. A água sempre foi minha poética", pontua.
Apresentando um conjunto de mais de 100 obras em diversas mídias, a exposição em cartaz no Mapa inclui desenhos, pinturas, fotografias, vídeos, instalações e esculturas. Entre os destaques, encontram-se as instalações que conectam a natureza e a mitologia: escotilhas de 58 cm de diâmetro contêm fotografias do fundo do mar e imagens espelhadas, e se posicionam em frente a uma lua iluminada de 1,5m. "Essas escotilhas, eu encontrei durante meus mergulhos. São restos de navios que sofreram naufrágios e fazem alusão à figura grega de Pleione, a deusa da água doce na Terra, casada com o deus Oceano", ilustra Vera.
Outras obras capturam a água em diferentes estados: fotografias de floração de algas nas superfícies de lagoas do Rio Grande do Sul são apresentadas em formato de gotas e pérolas de acrílico. Já a instalação Colunas d’água exibe quatro colunas de diferentes alturas com imagens das enchentes, simbolizando a extensão dos rios que desaguam no Guaíba, e traz a frase "Um rio de portas a dentro", do poeta Mario Quintana. Além disso, uma instalação com perfis de torneiras e gotas de cristal busca gerar um alerta de poluição: uma das peças exibe uma imagem da água da enchente com óleo, provocando a reflexão sobre o que a artista define como a possibilidade de a água poluída sair pelas torneiras.
Outro material utilizado para as obras é o elastômero termoplástico (TPE) de reuso, transformado pela artista em esculturas que representam o branqueamento dos corais devido ao aumento da temperatura do mar. A mostra é complementada por um curta-metragem de cerca de 14 minutos, aceito pelo Canal Arte 1, e por um jogo da memória com 40 peças em formato de gotas de acrílico, que permite a interação lúdica dos públicos infantil e adulto.
Apresentando um conjunto de mais de 100 obras em diversas mídias, a exposição em cartaz no Mapa inclui desenhos, pinturas, fotografias, vídeos, instalações e esculturas. Entre os destaques, encontram-se as instalações que conectam a natureza e a mitologia: escotilhas de 58 cm de diâmetro contêm fotografias do fundo do mar e imagens espelhadas, e se posicionam em frente a uma lua iluminada de 1,5m. "Essas escotilhas, eu encontrei durante meus mergulhos. São restos de navios que sofreram naufrágios e fazem alusão à figura grega de Pleione, a deusa da água doce na Terra, casada com o deus Oceano", ilustra Vera.
Outras obras capturam a água em diferentes estados: fotografias de floração de algas nas superfícies de lagoas do Rio Grande do Sul são apresentadas em formato de gotas e pérolas de acrílico. Já a instalação Colunas d’água exibe quatro colunas de diferentes alturas com imagens das enchentes, simbolizando a extensão dos rios que desaguam no Guaíba, e traz a frase "Um rio de portas a dentro", do poeta Mario Quintana. Além disso, uma instalação com perfis de torneiras e gotas de cristal busca gerar um alerta de poluição: uma das peças exibe uma imagem da água da enchente com óleo, provocando a reflexão sobre o que a artista define como a possibilidade de a água poluída sair pelas torneiras.
Outro material utilizado para as obras é o elastômero termoplástico (TPE) de reuso, transformado pela artista em esculturas que representam o branqueamento dos corais devido ao aumento da temperatura do mar. A mostra é complementada por um curta-metragem de cerca de 14 minutos, aceito pelo Canal Arte 1, e por um jogo da memória com 40 peças em formato de gotas de acrílico, que permite a interação lúdica dos públicos infantil e adulto.
Além das obras já conhecidas de Vera Reichert, serão expostas criações inéditas, especialmente concebidas para esta exposição. Por meio de sua pesquisa visual, a artista pretende lembrar o público da "fragilidade e da beleza" desse recurso hídrico, instigando as pessoas a pensarem sobre a relação do homem com a natureza e as futuras gerações. "Há uma imensa falta de informação sobre o que ocorre com a água no mundo. Por meio do meu olhar, quero provocar reflexão, incentivar a pesquisa e chamar atenção para o que ainda não foi percebido", salienta.
Vera emenda que seu objetivo como artista é transmitir uma mensagem de urgência: "Eu procuro, com meu trabalho, conscientizar as pessoas, porque todos somos responsáveis e temos que repensar nossos hábitos em relação à natureza", sinaliza. Ela alerta para a escassez do recurso no globo, ressaltando que "o que resta de água doce potável no Planeta é assustador: menos de 1%". A artista visual ainda lembra que a água é "a metáfora do fluxo da vida, do que se transforma e renasce", e diz que deseja que o público consiga "mergulhar" não somente em sua obra, mas nesta questão vital para a sobrevivência humana.
Vera emenda que seu objetivo como artista é transmitir uma mensagem de urgência: "Eu procuro, com meu trabalho, conscientizar as pessoas, porque todos somos responsáveis e temos que repensar nossos hábitos em relação à natureza", sinaliza. Ela alerta para a escassez do recurso no globo, ressaltando que "o que resta de água doce potável no Planeta é assustador: menos de 1%". A artista visual ainda lembra que a água é "a metáfora do fluxo da vida, do que se transforma e renasce", e diz que deseja que o público consiga "mergulhar" não somente em sua obra, mas nesta questão vital para a sobrevivência humana.