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Publicada em 26 de Outubro de 2025 às 21:20

Turá reúne milhares no Anfiteatro Pôr do Sol neste final de semana

Alcione foi um dos grandes destaques da primeira noite do Festival Turá

Alcione foi um dos grandes destaques da primeira noite do Festival Turá

@rollingwithjohnny/Divulgação/JC
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Ana Stobbe e Amanda Flora
Ana Stobbe e Amanda Flora
A previsão de chuva e o céu nublado não impediram milhares de pessoas de acompanhar o Festival Turá, neste sábado (25), em Porto Alegre. O evento, que reuniu uma verdadeira mistura de ritmos musicais brasileiros, aconteceu no Anfiteatro Pôr do Sol e marcou o retorno de Porto Alegre ao mapa dos festivais
O Turá seria realizado em maio de 2024. Entretanto, as enchentes adiaram os planos da organização. Ficou para este ano. E, dessa vez, ao lado do Guaíba, o clima era de um Estado que se reconstrói. Além do calor que chegou perto dos 30 graus.
A garoa surgiu durante o show de Armandinho, que subiu ao palco pouco após as 16h30min com seu inconfundível estilo de fim de tarde. Foi com esse clima que ele se despediu, inclusive. Quando a banda Fresno entoava seus hits, um arco-íris surgiu no céu e coloriu o festival que exalava alegria. A banda se apresentou ao pôr do sol, o que tornou tudo ainda mais simbólico.
Foi nesse clima que o jornalista Fernando Ramires, de 23 anos, acompanhou os shows. “Essa foi minha primeira edição do Turá e fiquei muito feliz. É interessante estarem retomando os eventos culturais depois da enchente. Passamos por uma fase difícil no ano passado em que muitos eventos foram suspensos e a cena cultural morreu junto com muitas histórias na enchente. E estamos retomando aos poucos, com um festival que é uma grande mistura de culturas”, avaliou Ramires. 
Nesse espírito, ele curtiu a maioria dos shows após chegar cedo ao evento. “Gostei da Alcione, por mais que seja um show em que ela fica sentada, ele te motiva e te cativa. Também adorei o BaianaSystem, estava ansioso para ver eles”, acrescentou o jornalista. 
De uma maneira geral, Ramires considerou que o evento estava organizado. Como pontos positivos, destacou a ausência de filas demoradas para acessar os principais serviços e a pontualidade dos artistas. Entretanto, ele acredita que poderia haver mais pontos de hidratação e distribuição de água. 
Ainda sobre a questão da água, ao final do último show da noite, com a banda BaianaSystem, a distribuição de água foi suspensa, o que gerou um descontentamento do público. A produtora multimídia, Marina Paes, curtiu a apresentação do grupo baiano do início ao fim e quando quis se reidratar, não havia mais a distribuição.
“O show do Baiana foi incrível, nós pulamos muito, foi o mais agitado assim! Quando acabou eu estava exausta e a galera estava sedenta por água, só que não estavam mais distribuindo nas tendas. Achei muito ruim”, reclamou.
Embora tenha conseguido acessar o local e curtir os shows, o jornalista Fernando Ramires havia, inicialmente, comprado um ingresso inválido, ao ser vítima de um golpe praticado por um cambista nas redes sociais. “Esses ingressos, que não são nominados, são muito perigosos, porque qualquer um pode vender e, inclusive, comercializar para mais de uma pessoa o mesmo tíquete. A transferência do ingresso para outras pessoas poderia ser nominal pela plataforma oficial de vendas do evento”, avaliou.
Outro ponto de descontentamento do público foi o sistema de pagamentos do evento. Para consumir na área do Festival, era preciso carregar um cartão exclusivo do evento e pagar R$ 7,00 de taxa. Algo que poderia ser mais prático e econômico, com o uso de pulseiras recarregáveis aderidas em outros eventos deste porte.
O primeiro dia do Turá contou com um set no intervalo entre apresentações dos DJs Jhonny 420, Gilzerax, Joelma Terto e JP Florence. A abertura foi com os gaúchos da banda Ultramen, após, teve fanfarra do bloco local Não Mexe Comigo que Eu não Ando Só, show dos cariocas do R&B Os Garotin e da sambista Alcione
A estudante de história de 24 anos, Ana Carolina Golombiewski, estava ansiosa para o show da Alcione e, segundo ela, as expectativas foram superadas. “Eu achei incrível ouvir ela, mas também sentir toda a atmosfera do show. Ela é um ícone, uma rainha, uma loba. E todas as pessoas que estavam ao redor se entregaram muito para as músicas”, conta.
O segundo e último dia do Festival Turá acontece neste domingo (25), a partir das 13h, com show da banda Dingo, bloco de carnaval da Turucutá, apresentação de rock gaúcho da Cachorro Grande, Nando Reis, Mano Brown, Silva e a apresentação mais aguardada da noite, com Ney Matogrosso. 

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