Porto Alegre retorna ao mapa dos festivais neste final de semana com a segunda edição do Festival Turá. Em 2023, na primeira edição, o Festival reuniu mais de 20 mil pessoas e trouxe shows de grandes nomes da música popular brasileira, misturado a atrações locais da cidade. O sucesso foi tamanho que uma segunda edição foi marcada para maio de 2024. Entretanto, em razão das enchentes daquele ano, o evento foi adiado.
Segundo Maitê Quartucci, Head de shows nacionais da T4F, empresa idealizadora do festival, a mudança de data complicou a conciliação da agenda dos artistas. Em razão disso, o line-up teve que ser adaptado. “Além de toda a tristeza que vivemos naquele momento, todo mundo junto. O grande desafio da produção foi manter o maior número de shows confirmados. E conseguimos manter 70% dos artistas do line-up original”, explica.
O Festival acontece neste sábado e domingo (25 e 26), no Anfiteatro Por do Sol (Edvaldo Pereira Paiva, 1.888), com mais de 20 atrações e promete misturar os ritmos da música nacional. Ingressos podem ser adquiridos a partir de R$ 288,00 via Tickets For Fun. No palco, o local se mistura ao nacional, o novo e o velho remontam a cultura brasileira, o pequeno e o mainstream democratizam o acesso a mesma estrutura e prestígio do público. “É um festival de brasilidade, então tentamos trabalhar com o maior número de gêneros da música brasileira possível. Na grade desse ano, tem do pop, MPB, hip hop, samba, artistas regionais, DJs de festas da cidade e os Blocos de Carnaval. Além de ser um espaço para novos artistas em ascensão, a gente faz uma grande mistura”, afirma Maitê.
Falando em regional, entre as mais de 20 atrações, a banda Fresno volta para casa para uma apresentação iluminada pelo descer do sol na Orla. O grupo toca no sábado, às 18h10min, e o Jornal do Comércio conversou com Lucas Silveira, vocalista da Banda, sobre as expectativas para este retorno. Segundo ele, fazer show no Anfiteatro Por do Sol sempre carrega uma energia diferente. “Porto Alegre, por ser a nossa casa, nos conhece de uma maneira ainda mais profunda, nós temos experiências fantásticas vividas no Anfiteatro Por do Sol. Em 2023 (primeira edição do Turá), tocamos com a Pitty. E, putz, ali tem uma vibe muito boa. É um lugar de Porto Alegre que deveríamos usar mais”, relembra o vocalista.
O grupo gaúcho fará um show baseado na turnê homônima ao último lançamento, o álbum Eu Nunca Fui Embora, porém, Lucas garante que será um show especial ao público local. “Procuramos montar um show para festival, que tem menos tempo que o normal. Tem ainda a particularidade de ser em Porto Alegre. Acaba sendo ‘o filé do filé’ de um show nosso. O desafio é acertar um setlist que consiga falar sobre a nossa fase atual, citar coisas que marcaram a nossa história e cantar coisas que são muito clássicas na boca de quem é de Porto Alegre”, explica.
Durante o período das enchentes, a banda se mobilizou para apoiar o Estado como pôde, através de shows com lucro revertido aos atingidos pela crise climática. “Procuramos usar todas as ferramentas que tínhamos, o nosso público e todo o engajamento para ajudar o máximo de gente possível”, e agora, a cada retorno ao Estado, Lucas percebe que é diferente. “Tudo que aconteceu naquele momento e a maneira com que a gente se envolveu foi tão avassalador. Ver Porto Alegre renascendo de novo é muito massa. Eu tô bem animado”, conclui. Além da Fresno, os gaúchos poderão matar as saudades dos sons da Ultramen, do Armandinho e da Cachorro Grande.
Os blocos Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só e Turucutá transformarão o palco numa verdadeira fanfarra fora de época, e os DJs que tocam nas festas mais icônicas da cidade embalarão os intervalos entre shows. Joelma Terto traz o setlist da festa brasileira Tieta, Johnny 420 vem com o som do Espartano, Gilzerax com o do Cortex, Nanni Rios com o som da tradicional Cadê Tereza?, entre outros nomes da cena.
No sábado (25), Alcione retorna com o show comemorativo aos seus 50 anos de carreira, recheado de sambas inesquecíveis, num show de fim de tarde. Já Armandinho, traz os hits que todo gaúcho conhece, como a faixa que canta o imaginário do porto-alegrense, Reagge das Tramanda, onde o cantor entoa “Quem nunca imaginou, pegar onda no Guaíba”. A banda de AfroRock, BaianaSystem, será a última atração do dia, acabando com um jejum de sete anos sem se apresentar na Capital.
O último dia do Turá, no domingo (26), tem como grande atração o inigualável Ney Matogrosso, que encerra o Festival com o show da turnê Bloco na Rua. E Nando Reis traz uma atmosfera saudosista, resgatando canções de seus 40 anos de carreira junto de seu filho, Sebastião Reis. No mesmo dia, Mano Brown faz um show com os sucessos do grupo de Rap Racionais MC’s e seus sucessos solos.
Além da música, o Festival disponibiliza uma praça de alimentação com diversas atrações da gastronômica brasileira. Entretanto, nesta edição, a venda de bebidas destiladas foram suspensas para prevenir qualquer problema relacionado a crise do metanol. A organização garante pontos de hidratação com oferta de água gratuita para o público. “A ideia é que o público possa chegar cedo para poder curtir todas as atrações. Lá tem infraestrutura para atender todo mundo das 13h da tarde até às 22h da noite. Então dá para curtir toda a diversidade da música brasileira que o Turá oferece”, finaliza Maitê.
FESTIVAL TURÁ 2025
Sábado, 25 de outubro:
13h35min - Ultramen
14h25min - Bloco Não Mexe Comigo Que Eu Não Ando Só
15h - Os Garotin
16h - Espartano por Johnny 420
16h35min - Armandinho
17h35min - Cortex por Gilzerax
18h10min - Fresno
19h10min - Tieta por Joelma Terto
19h45min - Alcione
20h45min - Neue por JP Florence
21h30min - BaianaSystem
Domingo, 26 de outubro
13h35min - Dingo
14h35min - Bloco Turucutá
15h10min - Cachorro Grande
16h10min - Beco por Schutz & Akeem
16h45min - Nando Reis
17h45min - BoomRap por Milkshake
18h20min - Mano Brown
19h25min - Blow Up por Claus Pupp & Mely Paredes
20h - Silva
21h10min - Cadê Tereza? por Nanni Rios
21h45min - Ney Matogrosso