Em cartaz na Delphus Galeria de Arte e Molduras (av. Cristóvão Colombo, 1501), a 52ª exposição individual de Carlos Carrion de Britto Velho apresenta 19 obras inéditas do renomado artista visual, produzidas em acrílico sobre tela. A mostra fica em cartaz até 3 de outubro e pode ser visitada gratuitamente, de segundas a sextas-feiras, das 9h às 18h45min, e aos sábados, das 9h às 13h.
Aos 79 anos de idade e 60 anos de carreira, Britto Velho tem em seu currículo mais de 400 exposições coletivas, tendo participado de 150 salões de arte e eventos como a Bienal de São Paulo e a Bienal do Mercosul, além de mostras em espaços como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), entre outros no exterior. Seus recentes trabalhos em exposição na Delphus foram produzidos a partir de dezembro do ano passado e são resultado de sua contínua produção em seu novo ateliê, localizado no bairro Moinhos de Vento. "Essa mostra foi montada especialmente para a galeria", detalha o artista, que além de pintor e desenhista, é gravador e escultor.
As obras da mostra, em diferentes tamanhos, refletem uma técnica característica de Britto Velho, que se utiliza especialmente da tinta acrílica desde a juventude. Nascido em Porto Alegre, o artista começou a pintar na infância, aos 9 anos, quando morava em Buenos Aires. Aos 19, já de volta ao Brasil, iniciou sua carreira pintando telas com têmpera e óleo, mas não demorou para optar pelo uso expressivo da tinta acrílica, que ele define com "a força motriz" de sua obra. "Logo que surgiu no mercado, eu comecei a testar o acrílico sobre tela, sobre papel, sobre madeira e também no MDF. Me apaixonei pela capacidade da cor ser vibrante", destaca Britto Velho. Essa característica, que pode ser um desafio para alguns, para ele se tornou um diferencial. "A secagem do acrílico é rápida, o que permite o trabalho em camadas e a produção de forma mais ágil (em cerca de 15 dias), ao contrário da lentidão da secagem do óleo, que pode levar meses", emenda.
Aos 79 anos de idade e 60 anos de carreira, Britto Velho tem em seu currículo mais de 400 exposições coletivas, tendo participado de 150 salões de arte e eventos como a Bienal de São Paulo e a Bienal do Mercosul, além de mostras em espaços como o Museu de Arte de São Paulo (MASP), entre outros no exterior. Seus recentes trabalhos em exposição na Delphus foram produzidos a partir de dezembro do ano passado e são resultado de sua contínua produção em seu novo ateliê, localizado no bairro Moinhos de Vento. "Essa mostra foi montada especialmente para a galeria", detalha o artista, que além de pintor e desenhista, é gravador e escultor.
As obras da mostra, em diferentes tamanhos, refletem uma técnica característica de Britto Velho, que se utiliza especialmente da tinta acrílica desde a juventude. Nascido em Porto Alegre, o artista começou a pintar na infância, aos 9 anos, quando morava em Buenos Aires. Aos 19, já de volta ao Brasil, iniciou sua carreira pintando telas com têmpera e óleo, mas não demorou para optar pelo uso expressivo da tinta acrílica, que ele define com "a força motriz" de sua obra. "Logo que surgiu no mercado, eu comecei a testar o acrílico sobre tela, sobre papel, sobre madeira e também no MDF. Me apaixonei pela capacidade da cor ser vibrante", destaca Britto Velho. Essa característica, que pode ser um desafio para alguns, para ele se tornou um diferencial. "A secagem do acrílico é rápida, o que permite o trabalho em camadas e a produção de forma mais ágil (em cerca de 15 dias), ao contrário da lentidão da secagem do óleo, que pode levar meses", emenda.
De acordo com o artista, seus desenhos iniciais servem apenas como um mapa para a explosão de tons vibrantes que se seguem. Essa abordagem resulta em telas que misturam figuras humanas, animais e formas abstratas. "Eu estou sempre desenhando, fazendo croquis (...) Dali passo o desenho para a tela, mas desenho só a linha, que é o terreno onde vou andar com a cor: a figura", relata. O artista, que às vezes usa até 14 tons em uma única obra, descreve seu estilo como "meio surrealista latino-americano". Ele diz que "o prazer da cor" é, para ele, talvez maior que o do desenho. "Me divirto muito com cores", confessa o pintor, cuja trajetória inclui anos vividos em Buenos Aires, Paris e São Paulo.
Outra característica de Britto Velho é permitir que o público interprete livremente a sua arte, "criando um conteúdo próprio", o que explica a ausência de títulos em suas obras e exposições. "Eu acho que o nome direciona muito a forma da pessoa olhar para o que está sendo apresentado", afirma, destacando que "a obra só ganha vida e se recria quando o público a interpreta". Britto Velho pondera que só abriu uma exceção para essa regra na época da ditadura, quando intitulou uma de suas mostras de Reflexões e variações sobre a América Latina.
Outra característica de Britto Velho é permitir que o público interprete livremente a sua arte, "criando um conteúdo próprio", o que explica a ausência de títulos em suas obras e exposições. "Eu acho que o nome direciona muito a forma da pessoa olhar para o que está sendo apresentado", afirma, destacando que "a obra só ganha vida e se recria quando o público a interpreta". Britto Velho pondera que só abriu uma exceção para essa regra na época da ditadura, quando intitulou uma de suas mostras de Reflexões e variações sobre a América Latina.
Além de seu trabalho como artista, Britto Velho lecionou por 48 anos. Sua experiência em sala de aula se reflete em conselhos que ele considera essenciais para qualquer artista: "tentar não se preocupar tanto com o sucesso, mas sim em 'ser' artista". "Se for se preocupar em ser artista de sucesso começa mal, tem que se preocupar em fazer sua obra", pontua. Ele enfatiza a importância de ter um "conteúdo pessoal" e de "buscar ser autêntico", sem tentar copiar ou se inspirar em outros artistas.
O pintor gaúcho, que parou de lecionar na pandemia, ainda comenta que mantém uma rotina de trabalho intensa em seu ateliê. "Eu trabalho muitas horas por dia, pois acordo cedo", relata. Apesar do cansaço físico resultante do esforço dedicado à pintura (às vezes, em pé), ele garante que "o resultado emocional de realização é muito forte", e adianta que pretende continuar trabalhando e produzindo muito pelos próximos anos.
O pintor gaúcho, que parou de lecionar na pandemia, ainda comenta que mantém uma rotina de trabalho intensa em seu ateliê. "Eu trabalho muitas horas por dia, pois acordo cedo", relata. Apesar do cansaço físico resultante do esforço dedicado à pintura (às vezes, em pé), ele garante que "o resultado emocional de realização é muito forte", e adianta que pretende continuar trabalhando e produzindo muito pelos próximos anos.