O baixista Paulo Mello, um dos fundadores da banda Taranatiriça, sobe ao palco do Bar Ocidente (av. Osvaldo Aranha, 960) às 21h desta quinta-feira (18) para apresentar seu show solo, dentro da programação do projeto Ocidente Acústico. Esta será a primeira vez que o público terá acesso a um lado pouco conhecido do artista: o de cantor e compositor. Intitulado Paulo Mello e Todomundu, o espetáculo conta com Gabriel Guedes (guitarra), João Maldonado (teclados), Bruno Neves (bateria) e Caio Mello (baixo), que formam o grupo instrumental que também dá nome ao show. Os ingressos custam entre R$ 30,00 e R$ 60,00 e estão à venda pela plataforma Sympla.
Conhecido por sua atuação no rock gaúcho, Mello é autor de muitas das canções do Taranatiriça – grupo criado por ele em 1979, ao lado de Alemão Ronaldo (vocal), Marcelo Truda (guitarra) e Cau Hafner (bateria), falecido em 1999. "Eu sempre gostei de compor, desde pequeno", conta o artista, que também teve músicas suas gravadas pelos Replicantes, Alemão Ronaldo, Fanzine e, mais recentemente, pelo Quarteto do Rio, para o disco de bossa nova de João Maldonado – que deu o nome da música Todas as canções ao álbum lançado em 2024.
Subir no palco do Ocidente para apresentar seu trabalho em um formato diferente, focado em suas composições é a "realização de um sonho", segundo Mello. Ele explica que o show é uma oportunidade de mostrar um lado mais introspectivo e pessoal de suas músicas. "É rock também, mas tem baladas, falo de coisas da minha experiência, da minha vivência", comenta. "Eu já apresentei algumas destas canções em formato voz e violão, mas essa é a primeira vez que vou fazer um show cantando minhas músicas acompanhado de uma banda", emenda.
Mello pontua que outro fator que se soma à emoção de estar no palco com seu projeto solo é poder contar com o filho, Caio (que junto com Neves integra a banda de música brasileira Frescoboys) no projeto. "É muito legal poder tocar com meu filho: desta vez, ele é quem vai fazer o baixo, enquanto eu canto. Estou curtindo muito essa ideia." O artista acrescenta que Caio Mello e os demais instrumentistas que formam a banda Todomundu foram "fundamentais" para o desenvolvimento dos arranjos das músicas inéditas que serão apresentadas.
"Eu costumo pensar as composições de maneira simples e crua, contando que vou tocar com alguém e aquilo vai crescer e vai tomar outra forma. No caso do repertório que estou ensaiando com a Todomundu, os instrumentistas colaboraram muito. Isso é muito gratificante para um compositor", destaca Mello. "Na música Colors, por exemplo, o João Maldonado trouxe ideias ótimas de teclado", sinaliza, se referindo a uma das faixas do primeiro EP de sua carreira solo que será apresentada em primeira mão no espetáculo desta quinta-feira. "Assim como Colors, também a música O mundo hoje será lançada ainda neste semestre em todas as plataformas digitais", adianta o compositor.
A sonoridade da Todomundu é diferente do Taranatiriça, que Mello descreve como mais pesada, "de muita guitarra, baixo e bateria soando junto, como um trem que vem". Já em seu projeto solo, ele busca uma interação mais sutil entre os instrumentos. "Neste novo projeto, os instrumentos conversam mais, com um toque aqui, outro ali; é menos pesado, e, ao contrário do power trio que formamos na Tara, a Todomundu tem um quarto elemento que é o teclado", avalia, ressaltando também a importância de Marcelo Truda no EP que está sendo produzido. "Ele gravou as guitarras dos dois singles que serão lançados."
O show que chega ao Ocidente Acústico terá 18 músicas no set list, revela Mello. Segundo o compositor, as letras das canções de seu novo projeto abordam, entre outras coisas, questões sociais, mas de forma poética. "Eu me considero um humanista e acho que está muito complicado viver no Planeta. Falo que o mundo pode ser melhor", afirma. O nome da banda, Todomundu, também traduz essa filosofia, avalia o artista. "'Todo mundo precisa entender que todo mundo quer um mundo melhor para todo mundo', é um trecho de uma das letras. Eu cresci vendo a contracultura e o movimento hippie, que sempre me sugeriu coisas boas. Paz e amor sintetizam muito do que eu penso", completa. O compositor pondera que a maioria das músicas inéditas revelam sua personalidade. "São minhas verdades, minhas coisas, minha vida, quem sou eu, o momento que estou passando", observa.
O show que chega ao Ocidente Acústico terá 18 músicas no set list, revela Mello. Segundo o compositor, as letras das canções de seu novo projeto abordam, entre outras coisas, questões sociais, mas de forma poética. "Eu me considero um humanista e acho que está muito complicado viver no Planeta. Falo que o mundo pode ser melhor", afirma. O nome da banda, Todomundu, também traduz essa filosofia, avalia o artista. "'Todo mundo precisa entender que todo mundo quer um mundo melhor para todo mundo', é um trecho de uma das letras. Eu cresci vendo a contracultura e o movimento hippie, que sempre me sugeriu coisas boas. Paz e amor sintetizam muito do que eu penso", completa. O compositor pondera que a maioria das músicas inéditas revelam sua personalidade. "São minhas verdades, minhas coisas, minha vida, quem sou eu, o momento que estou passando", observa.
Além de músicas autorais e alguns clássicos do Taranatiriça (como Fazê um bolo) que levará ao Ocidente com a Todomundo, Mello também deve apresentar releituras de canções de seus ídolos em um momento solo no show, onde contará apenas com sua voz e o violão. "Devo tocar sozinho uma do The Who, em versão minha para o português; uma do Bob Dylan, e outra do Alceu Valença. Estou pensando também em apresentar alguma coisa do que eu ouvia com meu pai, que era do Piauí. Esse momento me pede para trazer um pouco dessa bagagem do Nordeste... mais ou menos por aí, mas pode pintar também um James Taylor, um Paul McCartney..."
Ao olhar para a história do Taranatiriça, Paulo Mello afirma que o principal legado da banda, que "segue viva e fazendo shows", é a amizade entre os integrantes. "Foi ali que minha carreira explodiu como baixista; eu já era músico, mas foi com a Tara que pude tocar em diversos lugares, viajar pelo País, e até me apresentar em programa de televisão (Cassino do Chacrinha) na década de 1980", relembra.
Ao olhar para a história do Taranatiriça, Paulo Mello afirma que o principal legado da banda, que "segue viva e fazendo shows", é a amizade entre os integrantes. "Foi ali que minha carreira explodiu como baixista; eu já era músico, mas foi com a Tara que pude tocar em diversos lugares, viajar pelo País, e até me apresentar em programa de televisão (Cassino do Chacrinha) na década de 1980", relembra.
Mello ainda ressalta que o show desta quinta-feira representa uma retomada de sua carreira musical, que ficou em segundo plano por um tempo enquanto ele trabalhava como engenheiro de sistemas para dar segurança financeira à família. "Agora que larguei essa profissão, e estou atuando só na Música (desde 2023), é a hora de fazer aquilo que ficou em suspenso. Essa volta me faz ficar próximo da cena musical, assim como quando me envolvi com muitas bandas e outros artistas nos anos 80, na época do Taranatiriça", conclui.