No ano do centenário de B.B. King, a Capital recebe a segunda edição do Barra Blues, preview oficial do 16º Mississippi Delta Blues Festival (MDBF), considerado um dos maiores eventos do gênero da América Latina. Entre as atrações estão a cantora norte-americana Claudette King, filha do lendário guitarrista, acompanhada da banda gaúcha Hard Blues Trio juntamente com a tecladista Mari Kerber (RS); o cantor Lorenzo Thompson (Chicago - EUA) acompanhado do guitarrista Bruno Marques (BH); e o aclamado baixista norte-americano Bobby Vega (ex-integrante da extinta Sly & The Family Stone), tocando com a Prado Brothers Band (SP). Outros artistas nacionais e locais completam a programação.
Os shows do Barra Blues acontecem nesta sexta-feira (12) e no sábado (13) no Multiplan Hall do Barra Shopping Sul (av. Diário de Notícias, 300), com ingressos à venda pelo aplicativo Multi (@meumulti). Em 2025, o MDBF terá como tema a Windy City Edition, uma celebração à importância de Chicago para o estilo musical. "Neste preview, o público poderá sentir essa atmosfera da 16ª edição do Festival, (que acontece em Caxias do Sul, nos dias 20, 21 e 22 de novembro) e ainda homenagear os 100 anos de B.B. King, um dos nomes do blues mundial", destaca o empresário e idealizador do evento, Toyo Bagoso. Ele emenda que o evento itinerante que antecede o MDBF chega à sua segunda edição em Porto Alegre com a estrutura ampliada.
"Para esta edição, o Barra Shopping Sul nos ofereceu um espaço bem maior que no ano passado, possibilitando incrementar a programação que este ano conta com três atrações internacionais, além das nacionais", detalha Bagoso. O empresário pontua que em sua primeira edição, ocorrida em 2024, o Barra Blues levou quatro shows (dois do exterior) a um público de 400 pessoas. "Agora, a expectativa é de que o evento receba 1 mil pessoas por noite", compara.
O preview na Capital ainda terá shows de artistas nacionais que ajudam a consolidar a cena brasileira do Blues, como o gaitista Flávio Guimarães (RJ) e a cantora Nanda Moura (RJ), que tanto na sexta-feira como no sábado irá apresentar seu solo acústico acompanhada por sua banda oficial. Em ambas as datas, após os espetáculos, o público ainda poderá aproveitar o "after" ao ritmo de blues, a partir das 21h, na área gastronômica Baixo Barra, onde, segundo Bagoso, "muito provavelmente" ocorram jam sessions com a presença dos artistas do evento, que estarão jantando em uma das 12 operações do local. "Para recepcionar as pessoas que forem para os restaurantes após o preview, no lobby haverá uma banda tocando, o que torna propício esses encontros inusitados", afirma o empresário.
A programação do evento no Barra Shopping Sul inicia na sexta-feira, às 18h, com a chegada do público. Em seguida, Lorenzo Thompson e Bruno Marques fazem show às 19h e Nanda Moura sobe ao palco às 20h15min. No sábado, o Barra Blues começa a receber a plateia às 15h. Novamente a artista carioca apresenta seu solo, seguida por Flavio Guimarães e sua banda, com participação do artista gaúcho Ale Ravanello, às 17h. A noite continua com Claudette King acompanhada da Hard Blues Trio e Mari Kerber, às 18h15min, e se encerra com Bobby Vega e Prado Brothers Band às 19h30min.
Bagoso explica que a escolha do tema Windy City Edition também está relacionada à presença de Thompson e Claudette no evento, uma vez que ambos cresceram na cidade considerada berço do blues moderno. "Na entrada do Multiplan Hall haverá uma galeria com painéis e informações sobre o tema; também a cenografia será baseada nessa temática", observa.
Como não poderia deixar de ser, a presença de Claudette King para homenagear os 100 anos de seu pai (nascido Las Vegas, em 16 de setembro de 1925) é um dos pontos altos do evento. Bagoso explica que o MDBF já tinha uma conexão com a família do músico. "Na edição de 2023, a temática do festival era em parceria com o Museu do B.B. King, em Indianola. Trouxemos artistas que tocaram com ele e acabamos fazendo contato com ela, que também se apresentou em Caxias na edição oficial do MDBF daquele ano. O show da Claudette é maravilhoso, e leva o legado de B.B.King a frente." Ainda de acordo com Bagoso, este ano o festival oficial, em Caxias do Sul, também terá artistas de destaque como o baixista, cantor e compositor de blues estadounidense Bob Stroger, que completa 95 anos em 2025.
Como não poderia deixar de ser, a presença de Claudette King para homenagear os 100 anos de seu pai (nascido Las Vegas, em 16 de setembro de 1925) é um dos pontos altos do evento. Bagoso explica que o MDBF já tinha uma conexão com a família do músico. "Na edição de 2023, a temática do festival era em parceria com o Museu do B.B. King, em Indianola. Trouxemos artistas que tocaram com ele e acabamos fazendo contato com ela, que também se apresentou em Caxias na edição oficial do MDBF daquele ano. O show da Claudette é maravilhoso, e leva o legado de B.B.King a frente." Ainda de acordo com Bagoso, este ano o festival oficial, em Caxias do Sul, também terá artistas de destaque como o baixista, cantor e compositor de blues estadounidense Bob Stroger, que completa 95 anos em 2025.
O Mississippi Delta Blues Festival começou em 2008, de forma "despretensiosa", e foi crescendo. Toyo Bagoso relata que tudo teve início com a abertura do Mississippi Delta Blues Bar, em 2006, do qual foi proprietário em Caxias do Sul. "Eu conheci o Mississippi, quando viajei por um tempo pelos EUA e desde então tinha esse sonho (de um bar com essa temática)", comenta. Após implementar o negócio, Bagoso e o sócio à época viajaram para Chicago em 2008 e, na volta, trouxeram a ideia de realizar um festival no entorno do bar. A primeira edição ocorreu no mesmo ano, em pequeno formato. No ano seguinte, o festival atraiu 4,5 mil pessoas por noite.
Com a pandemia de Covid-19, a primeira sede do Mississippi Delta Blues Bar (que hoje tem apenas uma operação no Rio de Janeiro) fechou, e a partir dali o festival tornou-se itinerante, com público limitado a 2 mil pessoas por noite. Nos últimos anos, o evento passou pelos pavilhões da Festa da Uva e por outros locais do centro de Caxias do Sul. Este ano, será realizado no Complexo Fabbrica daquele município gaúcho. "A história de migração da comunidade negra do sul dos EUA para o norte é uma das inspirações do festival", comenta Bagoso. Ele avalia que o tema se "conecta em outras proporções e contexto" com a história da migração de italianos para a região de Caxias do Sul. "São histórias que dialogam no sentido de que, em ambos os casos, esses povos estavam em usca de melhores condições de vida", opina.
Bagoso destaca que tanto no preview quanto no evento fieal, o público tem sido diverso: "Abrange quatro gerações, com menores de 12 anos entrando de graça". Ele ressalta inclusive que, ao contrário dos festivais de blues nos EUA, o público brasileiro fã deste estilo musical "é mais jovem".
Com a pandemia de Covid-19, a primeira sede do Mississippi Delta Blues Bar (que hoje tem apenas uma operação no Rio de Janeiro) fechou, e a partir dali o festival tornou-se itinerante, com público limitado a 2 mil pessoas por noite. Nos últimos anos, o evento passou pelos pavilhões da Festa da Uva e por outros locais do centro de Caxias do Sul. Este ano, será realizado no Complexo Fabbrica daquele município gaúcho. "A história de migração da comunidade negra do sul dos EUA para o norte é uma das inspirações do festival", comenta Bagoso. Ele avalia que o tema se "conecta em outras proporções e contexto" com a história da migração de italianos para a região de Caxias do Sul. "São histórias que dialogam no sentido de que, em ambos os casos, esses povos estavam em usca de melhores condições de vida", opina.
Bagoso destaca que tanto no preview quanto no evento fieal, o público tem sido diverso: "Abrange quatro gerações, com menores de 12 anos entrando de graça". Ele ressalta inclusive que, ao contrário dos festivais de blues nos EUA, o público brasileiro fã deste estilo musical "é mais jovem".