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Publicada em 14 de Julho de 2025 às 00:25

Peça de teatro 'Agora é que são elas!' estreia no Bourbon Country nesta semana

Compilado de esquetes e cenas cômicas escritas por Fábio Porchat, Agora é que são elas! estreia no Teatro da Bourbon Country nesta quarta e quinta-feira

Compilado de esquetes e cenas cômicas escritas por Fábio Porchat, Agora é que são elas! estreia no Teatro da Bourbon Country nesta quarta e quinta-feira

/YAN CARPENTER/DIVULGAÇÃO/JC
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Luiza Weiler
O espetáculo Agora é que são elas!, escrito e dirigido pelo humorista Fábio Porchat, chega ao Teatro do Bourbon Country (av. Túlio de Rose, 80) com duas apresentações, nesta quarta e quinta-feira, às 21h. Protagonizada por Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco, a montagem é um compilado de nove esquetes, peças curtas e cômicas, caracterizadas por diálogos rápidos e dinâmicos. Os ingressos estão disponíveis em uhuu.com e na bilheteria do teatro, a partir de R$ 105,00.
O espetáculo Agora é que são elas!, escrito e dirigido pelo humorista Fábio Porchat, chega ao Teatro do Bourbon Country (av. Túlio de Rose, 80) com duas apresentações, nesta quarta e quinta-feira, às 21h. Protagonizada por Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco, a montagem é um compilado de nove esquetes, peças curtas e cômicas, caracterizadas por diálogos rápidos e dinâmicos. Os ingressos estão disponíveis em uhuu.com e na bilheteria do teatro, a partir de R$ 105,00.
Apesar da produção ter iniciado em 2024, a ideia da peça começou a surgir duas décadas antes. Mesmo integrando textos mais recentes, criados e adaptados por Porchat para o momento contemporâneo, um terço dos esquetes que compõem o trabalho datam do início dos anos 2000, quando o comediante era estudante da Casa de Artes de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Na época, ele tinha produzido o material ao lado de seu colega Paulo Gustavo, artista que, posteriormente, acabou se tornando um dos maiores nomes da arte brasileira de todos os tempos. "O Paulo é uma referência para a nossa comédia. Ele era muito engraçado, e criou uma linguagem muito marcante, um estilo próprio dele. Eu fico honrada de estar fazendo uma peça que um dia ele já fez. Agora, nós encaramos o desafio de manter a qualidade", afirma Priscila, uma das atrizes que protagonizam o espetáculo.
De acordo com ela, tanto a ideia de revisitar a obra quanto o processo de montagem ocorreram de modo muito rápido e espontâneo. O conceito da peça foi elaborado no final de 2023, e, no início do ano seguinte, Agora é que são elas! estreou no Festival de Curitiba. Após uma primeira temporada de sucesso no Teatro dos Quatro, em Niterói, a montagem retornou aos palcos para uma turnê maior pelo país.
Assim como a direção e o roteiro da montagem levam a assinatura de Porchat desde o início, a seleção das atrizes principais também se manteve inalterada. Além de fazerem parte de gerações distintas, as três protagonistas também ficaram conhecidas através de trabalhos em linguagens diferentes. Enquanto Júlia Rabello estourou na internet como destaque do time do Porta dos Fundos na metade da década de 2010, Maria Clara foi apresentada ao grande público por seu trabalho no programa Zorra Total, no início do século. Priscila, por sua vez, conquistou reconhecimento através do stand-up comedy, especialmente com seu mais recente show solo Tô Quase Lá.
Todas essas diferenças, porém, são imediatamente deixadas de lado quando sobem ao palco juntas. Ao executar o texto repetidas vezes, elas cumprem com um mesmo compromisso nunca verbalizado mas entendido por todas as partes: de fazer jus ao legado da obra e, especialmente, de transmitir a magia do teatro para o público. "As pessoas falam muito da nossa química no palco, do quanto a gente está entrosada. E realmente isso, especialmente na comédia, é sempre uma grande preocupação. Mas eu tive sorte de encontrar duas das pessoas mais maravilhosas e generosas que eu já conheci. Nós nos tornamos verdadeiras amigas para a vida com essa produção", conta Priscila.
Através da transformação em mais de 20 personagens diferentes, as artistas são forçadas a se reinventar constantemente ao longo da noite. Pela passagem rápida entre um esquete e outro, elas não utilizam nenhum tipo de maquiagem ou figurino especial que caracterize cada uma das histórias. As interpretações nascem apenas de uma roupa base, criada pela figurinista Gilda Midani, e da incrementação de algum acessório como uma luva, um lenço ou um chapéu, para marcar a diferença entre uma cena e outra.
Segundo Priscila, é justamente nesse ponto onde reside o brilho da montagem. A peça se sustenta através da possibilidade de brincar com a imagem e com o corpo. Para ela, o próprio texto, que se renova e se mostra mais atual a cada sessão, permite que elas possam utilizar novas abordagens para explorar as ações das personagens, a reação da plateia e a própria virada em cena em apresentações diferentes.
Cada um dos esquetes produzidos é baseado em alguma situação cotidiana, que entra em contato com sentimentos universais. Temáticas como superstições, encontros constrangedores e desafios da vida familiar são colocadas sob a lente do humor, o que produz, simultaneamente, identificação e entretenimento. "A maioria das histórias são baseadas em situações da vida real. Nós usamos figuras míticas em algumas, mas elas contribuem para esse surrealismo produzido em cima da própria realidade. A essência da peça está no absurdo do dia a dia, da vivência humana", atesta Priscila.
 

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