O documentário Yõg Ãtak: Meu pai, Kaiowá estreia nos cinemas nacionais nesta quinta-feira (10). O filme aborda a história do indígena guarani Luiz Kaiowá, que, no início dos anos 60, foi levado embora do território tradicional de Ka'aguyrusu e forçado a viver entre os Tikm'n (Maxakali), em Minas Gerais. Dois meses depois do nascimento de sua segunda filha, Sueli, ele foi reconduzido ao Mato Grosso do Sul, e nunca pôde reencontrar sua família. Décadas depois, graças a encontros políticos e à chegada da internet nas aldeias, Sueli localizou o pai com ajuda de duas primas, e logo depois iniciou a construção do filme como forma de concretizar esse reencontro.
Além de contar a história de Kaiowá, o filme também funciona como um registro da trajetória dos povos indígenas. Falado nas línguas maxakali, kaiowá, guarani e português, o longa é atravessado pelos cantos tradicionais destes grupos, enfocando também as lutas enfrentadas por eles em defesa de seus territórios e de seus modos de vida.