O livro Esta Não Era Pra Tocar No Rádio, assinado pelo músico e radialista Jimi Joe e pela jornalista Cristiane Marçal será lançado nesta quinta-feira (3), às 21h, na nova edição do projeto Ocidente Acústico. Além da tradicional sessão de autógrafos, o evento no Bar Ocidente (av. Osvaldo Aranha, 960) vai contar com uma série de pocket shows, dos artistas Nelson Coelho de Castro, Nei Lisboa, Wander Wildner e Replicante Apaixonado. Os ingressos estão disponíveis a partir de R$ 35,00 no Sympla.
Concebido inicialmente como o projeto de TCC de Cristiane, Esta Não Era Pra Tocar No Rádio surgiu a partir de uma colaboração entre a pesquisadora e o jornalista Jimi Joe, no período em que ela atuou como estagiária da Rádio da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). A autora, que já tinha a ideia de trabalhar com as rádios Continental e Ipanema, perguntou se o professor poderia dar uma última revisada no seu trabalho. “Eu falei pra ela: ‘Vou te dar uma ideia. Acho que isso pode muito bem virar um livro, porque isso aí interessa muito para pessoas que curtem rádio, música e especialmente rock na Grande Sul”, conta Joe.
Dito e feito. Dezesseis anos depois, em 2024, o projeto enfim se concretizou, com a atualização de entrevistas e adição de observações contemporâneas, obtidas a partir de novas pesquisas. Em sua obra, os jornalistas procuraram realizar um mergulho aprofundado na trajetória das rádios Continental 1120 e Ipanema FM, que deixaram sua marca no cenário musical gaúcho do final do século XX. Pioneira no lançamento e divulgação de grupos independentes, a Continental desempenhou um papel muito importante em um período em que a tecnologia de gravação e reprodução de áudio era muito limitada, disponibilizando espaço e equipamento para que as bandas pudessem gravar seus trabalhos. De forma semelhante, a Ipanema deu continuidade a esse trabalho nos anos 80, tornando-se referência em uma programação musical flexível e diversificada.
De acordo com Joe, para ilustrar esse papel e transformar Esta Não Era Pra Tocar No Rádio em uma obra documental, foi reunida uma coletânea de depoimentos de artistas que estiveram presentes diretamente neste processo, como Júlio Fürst, Mauro Borba, Nilton Fernando e outros. “Todo mundo tem alguma história com a Continental nos anos 70. Pra mim mesmo, foi o lugar onde fiz minha primeira gravação de estúdio. Uma amiga minha que pediu se poderia gravar algumas músicas minhas no programa do Mr. Lee, que era conhecido por dar espaço para produções locais, e perguntou se eu gostaria de participar”, relembra o radialista.
O objetivo maior do livro, segundo ele, foi de preservar o legado significativo deixado pelas duas rádios. Apesar de já existirem livros e trabalhos que documentam parte dessa história, a ideia foi de produzir uma obra que funcionasse como um atestado do vanguardismo dessas instituições na comunicação alternativa e da significância desses espaços para a construção do cenário cultural porto-alegrense.
Da mesma forma, o evento de lançamento nesta quinta-feira também pretende transportar parte dessa história para os dias atuais. Para os autores, como Esta Não Era Pra Tocar No Rádio é permeado pela atmosfera da música ao vivo, nada mais justo que fazer uma homenagem ao livro e promover um encontro que também celebra a música gaúcha dos anos 70 e 80. “A gente quis chamar artistas que ou foram lançados por alguma dessas rádios, ou que tem influência da Continental no trabalho deles, por exemplo. Eu tive essa ideia, de fazer uma série com vários pocket shows que pudessem demonstrar um pedacinho do trabalho de cada um, e logo mandei mensagem pro Ney, pro Nelson, pro Vander e pro Gerbase”, conta o cantor.
Além dos grandes nomes da música gaúcha se apresentando, a noite também será comandada por Mauro Borba, o MC, outra figura ilustre que se destacou no rádio do Rio Grande do Sul. E, depois da sessão de autógrafos, pode ser que Joe ainda dê uma palhinha de seu som mecânico para encerrar a noite.
Concebido inicialmente como o projeto de TCC de Cristiane, Esta Não Era Pra Tocar No Rádio surgiu a partir de uma colaboração entre a pesquisadora e o jornalista Jimi Joe, no período em que ela atuou como estagiária da Rádio da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). A autora, que já tinha a ideia de trabalhar com as rádios Continental e Ipanema, perguntou se o professor poderia dar uma última revisada no seu trabalho. “Eu falei pra ela: ‘Vou te dar uma ideia. Acho que isso pode muito bem virar um livro, porque isso aí interessa muito para pessoas que curtem rádio, música e especialmente rock na Grande Sul”, conta Joe.
Dito e feito. Dezesseis anos depois, em 2024, o projeto enfim se concretizou, com a atualização de entrevistas e adição de observações contemporâneas, obtidas a partir de novas pesquisas. Em sua obra, os jornalistas procuraram realizar um mergulho aprofundado na trajetória das rádios Continental 1120 e Ipanema FM, que deixaram sua marca no cenário musical gaúcho do final do século XX. Pioneira no lançamento e divulgação de grupos independentes, a Continental desempenhou um papel muito importante em um período em que a tecnologia de gravação e reprodução de áudio era muito limitada, disponibilizando espaço e equipamento para que as bandas pudessem gravar seus trabalhos. De forma semelhante, a Ipanema deu continuidade a esse trabalho nos anos 80, tornando-se referência em uma programação musical flexível e diversificada.
De acordo com Joe, para ilustrar esse papel e transformar Esta Não Era Pra Tocar No Rádio em uma obra documental, foi reunida uma coletânea de depoimentos de artistas que estiveram presentes diretamente neste processo, como Júlio Fürst, Mauro Borba, Nilton Fernando e outros. “Todo mundo tem alguma história com a Continental nos anos 70. Pra mim mesmo, foi o lugar onde fiz minha primeira gravação de estúdio. Uma amiga minha que pediu se poderia gravar algumas músicas minhas no programa do Mr. Lee, que era conhecido por dar espaço para produções locais, e perguntou se eu gostaria de participar”, relembra o radialista.
O objetivo maior do livro, segundo ele, foi de preservar o legado significativo deixado pelas duas rádios. Apesar de já existirem livros e trabalhos que documentam parte dessa história, a ideia foi de produzir uma obra que funcionasse como um atestado do vanguardismo dessas instituições na comunicação alternativa e da significância desses espaços para a construção do cenário cultural porto-alegrense.
Da mesma forma, o evento de lançamento nesta quinta-feira também pretende transportar parte dessa história para os dias atuais. Para os autores, como Esta Não Era Pra Tocar No Rádio é permeado pela atmosfera da música ao vivo, nada mais justo que fazer uma homenagem ao livro e promover um encontro que também celebra a música gaúcha dos anos 70 e 80. “A gente quis chamar artistas que ou foram lançados por alguma dessas rádios, ou que tem influência da Continental no trabalho deles, por exemplo. Eu tive essa ideia, de fazer uma série com vários pocket shows que pudessem demonstrar um pedacinho do trabalho de cada um, e logo mandei mensagem pro Ney, pro Nelson, pro Vander e pro Gerbase”, conta o cantor.
Além dos grandes nomes da música gaúcha se apresentando, a noite também será comandada por Mauro Borba, o MC, outra figura ilustre que se destacou no rádio do Rio Grande do Sul. E, depois da sessão de autógrafos, pode ser que Joe ainda dê uma palhinha de seu som mecânico para encerrar a noite.