Dando prosseguimento a uma temporada bem-sucedida durante a Bienal do Mercosul, a Fundação Iberê (av. Padre Cacique, 2.000) inaugura, neste sábado (14), três novas exposições, que terão foco nas técnicas de gravura e na trajetória do artista gaúcho Iberê Camargo.
A primeira das mostras, Iberê Camargo: estruturas do gesto contempla 58 trabalhos realizados em formato de desenhos, gravuras e pinturas, entre 1940 e 1994 pelo artista. Analisadas pelo time de curadores da Bienal - Raphael Fonseca, Tiago Sant’Ana e Yina Jiménez Suriel - as obras selecionadas abordam as temáticas de movimento e deslocamento, presentes na exposição tanto de forma metafórica como estratégica.
“As obras elencadas na exposição nos levam por um caminho para sentir que a riqueza das obras de Iberê Camargo reside justamente na maneira como a sua memória e o seu traço sustentam, sem remorsos, estruturas que fazem uma ode ao gesto e que capturam, sem aprisionar, um determinado momento”, explica Fonseca, “Essas obras dão a ver que é no deslocamento e na fugacidade que residem os reveses do viver”.
Somados aos desenhos de crânios e gatos, que participaram da última edição da Bienal, outro destaque entre as obras da exposição é um estudo feito pelo artista para um painel da Organização Mundial da Saúde. Ao longo de quatro meses de trabalho, Iberê desenvolveu uma pintura de 49 metros quadrados que misturava técnicas de pastel seco, guache e grafite sobre papel, para ilustrar as paredes da recém-criada sede da instituição. Atualmente, alguns dos esboços produzidos por ele no processo de criação da obra estão sob cuidados da fundação, e integram a mais nova mostra Estruturas do gesto.
Já a segunda exposição, intitulada A gravura de Iberê Camargo: Uma retrospectiva, leva a curadoria de Carlos Martins, um dos grandes gravadores brasileiros do cenário contemporâneo. Tendo passado pela capital gaúcha na década de 1990, a exposição constitui uma das mais célebres seleções da produção do artista.
Com a intenção de oferecer uma visão panorâmica de sua trajetória, a retrospectiva inclui 120 obras de Camargo compostas por gravuras em metal, esculturas, um ambiente e um vídeo inédito, que datam desde o início da década de 1970, até uma instalação concebida em 2023.
Por fim, o trabalho Gravura - Experiência matriz contempla obras de 43 pessoas que vivenciaram a técnica na prensa que pertenceu a Iberê. A exposição traz um recorte da coleção com obras de gravura em metal, produzidas por artistas provenientes de diferentes matrizes. Conceitualmente, ela pode ser dividida em sete módulos temáticos: matéria da memória em P&B, abstrações, figuras, riscados, paisagens, grafismos e cartografias.
A primeira das mostras, Iberê Camargo: estruturas do gesto contempla 58 trabalhos realizados em formato de desenhos, gravuras e pinturas, entre 1940 e 1994 pelo artista. Analisadas pelo time de curadores da Bienal - Raphael Fonseca, Tiago Sant’Ana e Yina Jiménez Suriel - as obras selecionadas abordam as temáticas de movimento e deslocamento, presentes na exposição tanto de forma metafórica como estratégica.
“As obras elencadas na exposição nos levam por um caminho para sentir que a riqueza das obras de Iberê Camargo reside justamente na maneira como a sua memória e o seu traço sustentam, sem remorsos, estruturas que fazem uma ode ao gesto e que capturam, sem aprisionar, um determinado momento”, explica Fonseca, “Essas obras dão a ver que é no deslocamento e na fugacidade que residem os reveses do viver”.
Somados aos desenhos de crânios e gatos, que participaram da última edição da Bienal, outro destaque entre as obras da exposição é um estudo feito pelo artista para um painel da Organização Mundial da Saúde. Ao longo de quatro meses de trabalho, Iberê desenvolveu uma pintura de 49 metros quadrados que misturava técnicas de pastel seco, guache e grafite sobre papel, para ilustrar as paredes da recém-criada sede da instituição. Atualmente, alguns dos esboços produzidos por ele no processo de criação da obra estão sob cuidados da fundação, e integram a mais nova mostra Estruturas do gesto.
Já a segunda exposição, intitulada A gravura de Iberê Camargo: Uma retrospectiva, leva a curadoria de Carlos Martins, um dos grandes gravadores brasileiros do cenário contemporâneo. Tendo passado pela capital gaúcha na década de 1990, a exposição constitui uma das mais célebres seleções da produção do artista.
Com a intenção de oferecer uma visão panorâmica de sua trajetória, a retrospectiva inclui 120 obras de Camargo compostas por gravuras em metal, esculturas, um ambiente e um vídeo inédito, que datam desde o início da década de 1970, até uma instalação concebida em 2023.
Por fim, o trabalho Gravura - Experiência matriz contempla obras de 43 pessoas que vivenciaram a técnica na prensa que pertenceu a Iberê. A exposição traz um recorte da coleção com obras de gravura em metal, produzidas por artistas provenientes de diferentes matrizes. Conceitualmente, ela pode ser dividida em sete módulos temáticos: matéria da memória em P&B, abstrações, figuras, riscados, paisagens, grafismos e cartografias.
A mostra provém do Projeto Artista Convidado, programa da Fundação Iberê que oferecia residência artística sob a coordenação do assistente e impressor de Camargo, Eduardo Haesbaert. Durante a experiência, os artistas selecionados experimentaram a gravura, muitos pela primeira vez, e produziram obras inéditas criadas a partir de suas poéticas.
O Ateliê de Gravura conserva a prensa e as ferramentas utilizadas por Camargo que, desde os anos 1940, realizou a prática da gravura simultaneamente ao seu ofício de pintor. "Estabelecemos uma profícua troca a partir de pesquisas, conceitos e pensamentos de cada residente. Suas expressões são reveladas em obras gráficas e posteriormente multiplicadas, tornando-as parte do acervo do artista e da Fundação", pontua Haesbaert.