Já no primeiro dia de gravações de Em Defesa do Meio Ambiente, a equipe responsável pela produção da série passou por uma situação inusitada. Prestes a discutir a importância e as estratégias de preservação do meio ambiente na sociedade, pesquisadores e jornalistas tiveram seu trabalho interrompido por um ciclone, que atingia as paredes da Usina do Gasômetro. O diretor do programa, Guilherme Castro, parecia não acreditar na cena: mais que um desastre diante dos seus olhos, o episódio era um atestado de tudo aquilo que vinha sendo trabalhado por eles na produção da nova obra.
Com roteiro assinado por Castro em parceria com o ecojornalista João Batista Santafé Aguiar, o documentário Em Defesa do Meio Ambiente está com lançamento agendado para meados do ano de 2026. A série, que visa investigar as causas e consequências do desequilíbrio ambiental observado no planeta Terra durante os últimos anos, surgiu de uma ideia que já pairava sobre a mente do jornalista e cineasta há bastante tempo. “Eu tenho, desde os anos 1990, a urgência de produzir um material como esse. Um dos primeiros documentários que eu fiz, no fim dos anos 1980, era sobre a poluição do Rio Guaíba, abordava o movimento ecológico. A partir disso, esse conceito de ecologia permeou toda a minha trajetória”.
Em 2020, finalmente, esse pensamento pôde ser levado à superfície dos pensamentos do cineasta. A partir do encontro com Aguiar, a proposta deixou o mundo das ideias e passou à fase de pré-produção: eles iniciaram um trabalho minucioso de apuração jornalística, em busca das as pautas mais relevantes e das pessoas que possuiriam as ferramentas necessárias para falar sobre cada um dos assuntos.
O cineasta pontua que a escolha das fontes oficiais se deu a partir de um conhecimento formulado antes da produção da série. Herança que ele atribui à tradição ambientalista desenvolvida no Rio Grande do Sul, a ideia central foi de tentar amplificar a voz dos pesquisadores gaúchos, que, desde sempre, preveem os desastres que ocorrem no estado. “A obra vêm de um caldo de formação, influência e militância muito forte com a questão ecológica. Queremos trazer à tona a história de ambientalistas antigos do movimento ecológico, sobretudo da intensa atuação que se deu aqui com o (José) Lutzenberger, com a Agapan e outras entidades nos anos 1970”.
Além disso, o projeto também procurou contar a história de pessoas que vivenciam o dia a dia da terra. De acordo com o diretor, não há fundamento em falar sobre meio ambiente no Rio Grande do Sul sem ouvir os discursos de indígenas, ou retratar cenas entre pescadores. Para ele, o saber ancestral concentra-se na experiência das figuras que já praticam esse respeito com o planeta.
A partir dessas discussões, a série pretende abordar questões mais detalhadas acerca da temática ambiental. Não basta mais apenas falar no conceito de ambientalismo: é preciso abordar a verdadeira ecologia profunda, visão que procura alavancar as discussões já trabalhadas. “Tematicamente, o objetivo é aprofundar os debates, e o documentário é uma linguagem que permite isso. Eu também faço ficção, mas o documentário dispõe de muitas possibilidades, ele é muito diverso - oferece metodologia, disponibiliza maneiras de narrar e de aprofundar os assuntos”, explica Castro.
Similarmente, Em Defesa do Meio Ambiente também assume como um objetivo desmistificar conceitos de ecologia para a população geral, que muitas vezes são tratados com alta complexidade ou tecnicismo. Apesar de reconhecer que existem questões ambientais irreversíveis, a série faz uma aposta na possibilidade de mudança obtida por meio da mobilização social que deriva da democratização da informação, como atesta o cineasta.
“A crise climática não tem mais como voltar a ser o que era, mas queremos mostrar que, para todas essas questões, existe solução. A ciência tem solução, tem conhecimento. Queremos fazer essa transição de algo extremamente realista e pessimista para uma visão mais sistêmica, que supera um pouco o olhar catastrófico. Para a percepção do planeta como um ente vivo que também vai se regenerando e que é possível atuar sobre isso, porque há conhecimento, há tecnologia e há ciência para isso.”
Com roteiro assinado por Castro em parceria com o ecojornalista João Batista Santafé Aguiar, o documentário Em Defesa do Meio Ambiente está com lançamento agendado para meados do ano de 2026. A série, que visa investigar as causas e consequências do desequilíbrio ambiental observado no planeta Terra durante os últimos anos, surgiu de uma ideia que já pairava sobre a mente do jornalista e cineasta há bastante tempo. “Eu tenho, desde os anos 1990, a urgência de produzir um material como esse. Um dos primeiros documentários que eu fiz, no fim dos anos 1980, era sobre a poluição do Rio Guaíba, abordava o movimento ecológico. A partir disso, esse conceito de ecologia permeou toda a minha trajetória”.
Em 2020, finalmente, esse pensamento pôde ser levado à superfície dos pensamentos do cineasta. A partir do encontro com Aguiar, a proposta deixou o mundo das ideias e passou à fase de pré-produção: eles iniciaram um trabalho minucioso de apuração jornalística, em busca das as pautas mais relevantes e das pessoas que possuiriam as ferramentas necessárias para falar sobre cada um dos assuntos.
O cineasta pontua que a escolha das fontes oficiais se deu a partir de um conhecimento formulado antes da produção da série. Herança que ele atribui à tradição ambientalista desenvolvida no Rio Grande do Sul, a ideia central foi de tentar amplificar a voz dos pesquisadores gaúchos, que, desde sempre, preveem os desastres que ocorrem no estado. “A obra vêm de um caldo de formação, influência e militância muito forte com a questão ecológica. Queremos trazer à tona a história de ambientalistas antigos do movimento ecológico, sobretudo da intensa atuação que se deu aqui com o (José) Lutzenberger, com a Agapan e outras entidades nos anos 1970”.
Além disso, o projeto também procurou contar a história de pessoas que vivenciam o dia a dia da terra. De acordo com o diretor, não há fundamento em falar sobre meio ambiente no Rio Grande do Sul sem ouvir os discursos de indígenas, ou retratar cenas entre pescadores. Para ele, o saber ancestral concentra-se na experiência das figuras que já praticam esse respeito com o planeta.
A partir dessas discussões, a série pretende abordar questões mais detalhadas acerca da temática ambiental. Não basta mais apenas falar no conceito de ambientalismo: é preciso abordar a verdadeira ecologia profunda, visão que procura alavancar as discussões já trabalhadas. “Tematicamente, o objetivo é aprofundar os debates, e o documentário é uma linguagem que permite isso. Eu também faço ficção, mas o documentário dispõe de muitas possibilidades, ele é muito diverso - oferece metodologia, disponibiliza maneiras de narrar e de aprofundar os assuntos”, explica Castro.
Similarmente, Em Defesa do Meio Ambiente também assume como um objetivo desmistificar conceitos de ecologia para a população geral, que muitas vezes são tratados com alta complexidade ou tecnicismo. Apesar de reconhecer que existem questões ambientais irreversíveis, a série faz uma aposta na possibilidade de mudança obtida por meio da mobilização social que deriva da democratização da informação, como atesta o cineasta.
“A crise climática não tem mais como voltar a ser o que era, mas queremos mostrar que, para todas essas questões, existe solução. A ciência tem solução, tem conhecimento. Queremos fazer essa transição de algo extremamente realista e pessimista para uma visão mais sistêmica, que supera um pouco o olhar catastrófico. Para a percepção do planeta como um ente vivo que também vai se regenerando e que é possível atuar sobre isso, porque há conhecimento, há tecnologia e há ciência para isso.”