A cantora Nana Caymmi, uma das vozes mais emblemáticas da música brasileira, morreu nesta quinta-feira (1º de maio), segundo notícia do jornal O Globo. Nana, com 84 anos, estava internada. Nessa quarta-feira (30), o irmão da cantora, Danilo Caymmi, chegou a contar que ela estaria bem e lúcida. Nesta quinta, ele confirmou a morte da irmã.
"O que acontecem são pequenos defeitos e tudo em consequência da obesidade. Mas está lúcida, está tudo certo. Por conta do peso, ela passou por uma osteomielite (infecção óssea) que agora já está curada", disse Danilo, ainda na quarta-feira.
A cantora foi um dos grandes nomes da Música Popular Brasileira (MPB), conhecida pela voz grave, intensa e interpretativa.
Nana estava internada havia nove meses na UTI da Casa de Saúde São José, no Rio de Janeiro. Ela se submeteu, em 2024, a um cateterismo cardíaco e passou também, em dezembro, por uma traqueostomia, a fim de melhorar seu quadro respiratório.
"A gente está torcendo para que ela saia de lá, porque é muito chato você ficar nove meses dentro de uma UTI em um ambiente hospitalar", comentou o irmão.
A cantora nasceu Dinahir Tostes Caymmi, no Rio, em 1941. Era filha mais velha da cantora Stella Maris e do cantor e compositor Dorival Caymmi, autor de sucessos como Maracangalha, Samba da Minha Terra e O Que Que a Baiana Tem?.
A carreira começou nos anos de 1960 e foi marcada por interpretações emocionantes e sofisticadas, com destaque para canções românticas, boleros e sambas-canção. Em 1966, ela venceu a fase brasileira do Festival Internacional da Canção com Saveiros, composição de seu irmão Dori Caymmi e Nelson Motta.
Ela lançou álbuns aclamados, como Bolero (1993) e Resposta ao Tempo (1998), que teve a última faixa usada como tema da minissérie Hilda Furacão. Mesmo sendo considerada por muitos como uma intérprete “à margem” do mainstream da MPB, conquistou respeito e admiração tanto do público quanto da crítica.
Com agência Folhapress