O espetáculo Uma dança para a morte, do Grupo de Danças Populares Andanças, estreia nesta terça-feira (17), com duas sessões (às 18h30min e às 20h) no Teatro Bruno Kiefer da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736). Na quarta-feira (18), a montagem estará na Sala Álvaro Moreyra do Centro Municipal de Cultura (av. Erico Verissimo, 307), com sessão única, às 20h.
O espetáculo convida o público a refletir sobre a inevitabilidade da morte e a celebrar a vida. Do Tibet (onde os corpos retornam à natureza) a Gana (com seus caixões artisticamente esculpidos); de Madagascar (onde os vivos dançam com os corpos dos mortos) às águas sagradas do Ganges (Índia); dos cerimoniais de canto e dança dos povos indígenas brasileiros às consagradas festas dos mortos nos cemitérios do México, o novo espetáculo do Grupo Andanças destaca a beleza dos rituais e a diversidade dos corpos, e resgata culturas ancestrais que são a identidade de cada povo.
Com direção e coreografia de Cláudia Dutra e Clóvis Rocha, e iluminação de Karrah, a montagem lança um olhar sobre este último ato como uma possibilidade de resistência, procurando a beleza nos ciclos, ainda que permaneça o mistério. Criado em Porto Alegre em 1999 como um projeto de extensão da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o Andanças traz a importância do folclore, "das coisas regionais e descentralizadas", relegadas a segundo plano numa sociedade cada dia mais globalizada.