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Publicada em 06 de Dezembro de 2024 às 00:40

Exposição da 35ª Bienal de São Paulo faz morada na Fundação Iberê Camargo

Os trabalhos do projeto 'Coreografias do Impossível' refletem diálogos sobre ancestralidade, memória e as relações entre corpos, territórios e resistência

Os trabalhos do projeto 'Coreografias do Impossível' refletem diálogos sobre ancestralidade, memória e as relações entre corpos, territórios e resistência

AURORA CURSINO DOS SANTOS/DIVULGAÇÃO/JC
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Porto Alegre se torna palco de um momento especial no circuito artístico nacional ao receber a última etapa da itinerância da 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível. A exposição, que estará aberta ao público na Fundação Iberê Camargo (av. Padre Cacique, 2000) até 9 de março de 2025, marca o encerramento de um ciclo iniciado em 2023, quando a Bienal foi apresentada no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Realizada pela Fundação Iberê e pela Fundação Bienal de São Paulo, a mostra percorreu, ao longo de 2024, dez cidades brasileiras e três internacionais, incluindo Buenos Aires (Argentina), La Paz (Bolívia) e Luanda (Angola). Os trabalhos expostos podem ser conferidos de quinta a domingo, das 14h às 18h.
Porto Alegre se torna palco de um momento especial no circuito artístico nacional ao receber a última etapa da itinerância da 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível. A exposição, que estará aberta ao público na Fundação Iberê Camargo (av. Padre Cacique, 2000) até 9 de março de 2025, marca o encerramento de um ciclo iniciado em 2023, quando a Bienal foi apresentada no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Realizada pela Fundação Iberê e pela Fundação Bienal de São Paulo, a mostra percorreu, ao longo de 2024, dez cidades brasileiras e três internacionais, incluindo Buenos Aires (Argentina), La Paz (Bolívia) e Luanda (Angola). Os trabalhos expostos podem ser conferidos de quinta a domingo, das 14h às 18h.
Com curadoria de Diane Lima, Grada Kilomba, Hélio Menezes e Manuel Borja-Villel, a etapa gaúcha reforça o compromisso da Bienal em expandir suas narrativas e seus artistas para além dos limites da capital paulista, aproximando diferentes públicos das questões propostas. Criada em 1962, a Fundação Bienal de São Paulo atua sem fins lucrativos, com ações que visam democratizar o acesso à cultura e estimular o interesse pela criação artística. 
A instituição é guardiã de dois patrimônios artísticos e culturais da América Latina: o Arquivo Histórico Wanda Svevo, de arte moderna e contemporânea, e referência na América Latina, e o Pavilhão Ciccillo Matarazzo (sede da Fundação), projetado por Oscar Niemeyer e tombado pelo Patrimônio Histórico. Também é responsabilidade da Fundação Bienal de São Paulo a tarefa de idealizar e produzir as representações brasileiras nas Bienais de Veneza de arte e arquitetura, prerrogativa que lhe foi conferida há décadas pelo Governo Federal em reconhecimento à excelência de suas contribuições à cultura do Brasil.
Nesta 35ª edição do evento, considerado a maior exposição do Hemisfério Sul, são abordados temas urgentes e complexos, como ancestralidade, memória, resistências sociais e as relações entre corpos e territórios. Dos 121 artistas participantes do atual projeto, sete deles estão presentes com suas obras na Fundação Iberê: Aurora Cursino dos Santos, Katherine Dunham, Mahku (Movimento dos Artistas Huni Kuin), Nontsikelelo Mutiti, Rosana Paulino, a dupla Simone Leigh e Madeleine Hunt-Ehrlich e Ubirajara Ferreira Braga. Suas criações, cuidadosamente selecionadas para a itinerância, carregam potentes reflexões sobre a ancestralidade e suas conexões com o presente, destacando o papel da arte como mediadora de memórias e narrativas coletivas.
A 35ª Bienal de São Paulo não se limita a ser apenas uma grande exposição de arte: se propõe como plataforma de resistência e questionamento, que utiliza a arte como ferramenta para enfrentar desafios contemporâneos. A metáfora das coreografias do impossível sugere movimentos e trajetórias que rompem barreiras e constroem novos imaginários. A curadoria busca tensionar os espaços entre o possível e o impossível, o visível e o invisível, dando voz a diversas questões e perspectivas de maneira poética.
Para os curadores, a itinerância é parte essencial desse processo. Para eles, levar a Bienal para outras cidades amplia as oportunidades de diálogo e garante que as temáticas abordadas atinjam públicos diversos, muitas vezes distantes dos grandes centros culturais. Nesse contexto, a parceria com a Fundação Iberê ganha ainda mais relevância. A exposição promete provocar os visitantes, ao apresentar obras que convidam a repensar narrativas hegemônicas e a valorizar perspectivas plurais. Assim, a 35ª Bienal de São Paulo - Coreografias do Impossível convida o público a explorar o universo da criação artística como um espaço de resistência e reinvenção. Para os expectadores, é uma oportunidade para experimentar a arte em sua dimensão mais transformadora, reafirmando seu papel central em tempos de mudança e reconstrução. 
 

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