No mês de novembro estreia o projeto Girafa Da Cerquinha, que consiste no reconto de uma história entoada originalmente pela mestra griô Sirley Amaro. A peça será apresentada por Richard Serraria, artista porto-alegrense com 30 anos de trajetória musical e poética, Doutor em Literatura Brasileira e com trabalho reconhecido também na dimensão da performance com sopapo.
A temporada de estreia terá seis apresentações que contarão com medidas de acessibilidade, como intérprete de Libras e audiodescrição, além de bate-papo e debate para professores e extensionistas universitários. As primeiras datas serão voltadas às comunidades escolares da E.E.E.F. Luiz Gama na terça (12) e da Escola Especial para Surdos Frei Pacífico na quarta (13), e ao público da Biblioteca Mestra Griô Sirley Amaro/ Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo (av. Capivari, 602) na quinta (14). Já no sábado (16), serão realizadas duas apresentações abertas na Casa de Espetáculos (rua Visconde do Rio Branco, 691), às 15h e às 16h, com retirada de ingressos gratuitos pelo Sympla.
Conta a fábula da girafa que teria vindo da África num navio e aportando em Pelotas – mais especificamente no bairro da Cerquinha, onde havia um carnaval burlesco com nomes de bichos. Uma contação de história infantil com o tambor sopapo sendo tocado de maneira continuada envolvendo a criançada numa vivência lúdica com as batidas características do grande tambor negro gaúcho. Cada batida negra sonoriza um nome de bicho, personagens da narrativa.
Com direção cênica de Leandro Silva, a montagem envolve, ainda, Tuti Rodrigues e Angelo Primon na assessoria técnico musical e Paola Kirst e Indira Castro na preparação vocal. O espetáculo contará com cenografia de Anderson Gonçalves e figurino de Mari Falcão.
O projeto, financiado pela Lei Paulo Gustavo através do Edital Criação Artística da SEDAC RS, também pretende contribuir para que professores e alunos se sensibilizem para a importância das temáticas negras na sala de aula. Por isso, serão realizados três bate-papos após as apresentações da obra, destinados especialmente ao público de professores e alunos de escolas públicas, com debate acerca da obra e da importância das leis que tornam obrigatório o ensino da História e cultura africana, afro-brasileira e de cultura indígena no currículo escolar com ênfase nas disciplinas de História, Arte e Literatura, objetivando a educação para as relações étnico-raciais.
Sirley da Silva Amaro nasceu em Pelotas em 12 de janeiro de 1936 e faleceu na mesma cidade em 28 de outubro de 2020. Filha de um pai cozinheiro e folião e de uma mãe que inventava pomadas e unguentos com ervas e temperos, teve uma infância muito rica e viveu intensamente os conhecimentos tradicionais transmitidos em família. Mestra griô reconhecida pelo Ministério da Cultura dentro do Programa Cultura Viva, Dona Sirley foi homenageada pelo Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo em Porto Alegre nomeando a Biblioteca comunitária do local, já que sempre que visitava esse espaço era ali que a mestra griô preferia ficar, no território sagrado da contação de histórias.
A temporada de estreia terá seis apresentações que contarão com medidas de acessibilidade, como intérprete de Libras e audiodescrição, além de bate-papo e debate para professores e extensionistas universitários. As primeiras datas serão voltadas às comunidades escolares da E.E.E.F. Luiz Gama na terça (12) e da Escola Especial para Surdos Frei Pacífico na quarta (13), e ao público da Biblioteca Mestra Griô Sirley Amaro/ Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo (av. Capivari, 602) na quinta (14). Já no sábado (16), serão realizadas duas apresentações abertas na Casa de Espetáculos (rua Visconde do Rio Branco, 691), às 15h e às 16h, com retirada de ingressos gratuitos pelo Sympla.
Conta a fábula da girafa que teria vindo da África num navio e aportando em Pelotas – mais especificamente no bairro da Cerquinha, onde havia um carnaval burlesco com nomes de bichos. Uma contação de história infantil com o tambor sopapo sendo tocado de maneira continuada envolvendo a criançada numa vivência lúdica com as batidas características do grande tambor negro gaúcho. Cada batida negra sonoriza um nome de bicho, personagens da narrativa.
Com direção cênica de Leandro Silva, a montagem envolve, ainda, Tuti Rodrigues e Angelo Primon na assessoria técnico musical e Paola Kirst e Indira Castro na preparação vocal. O espetáculo contará com cenografia de Anderson Gonçalves e figurino de Mari Falcão.
O projeto, financiado pela Lei Paulo Gustavo através do Edital Criação Artística da SEDAC RS, também pretende contribuir para que professores e alunos se sensibilizem para a importância das temáticas negras na sala de aula. Por isso, serão realizados três bate-papos após as apresentações da obra, destinados especialmente ao público de professores e alunos de escolas públicas, com debate acerca da obra e da importância das leis que tornam obrigatório o ensino da História e cultura africana, afro-brasileira e de cultura indígena no currículo escolar com ênfase nas disciplinas de História, Arte e Literatura, objetivando a educação para as relações étnico-raciais.
Sirley da Silva Amaro nasceu em Pelotas em 12 de janeiro de 1936 e faleceu na mesma cidade em 28 de outubro de 2020. Filha de um pai cozinheiro e folião e de uma mãe que inventava pomadas e unguentos com ervas e temperos, teve uma infância muito rica e viveu intensamente os conhecimentos tradicionais transmitidos em família. Mestra griô reconhecida pelo Ministério da Cultura dentro do Programa Cultura Viva, Dona Sirley foi homenageada pelo Ponto de Cultura Quilombo do Sopapo em Porto Alegre nomeando a Biblioteca comunitária do local, já que sempre que visitava esse espaço era ali que a mestra griô preferia ficar, no território sagrado da contação de histórias.