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Publicada em 15 de Agosto de 2024 às 01:25

Leandro Zen promove uma busca audiovisual pela paz interior em 'Dunas de algodão'

Músico e compositor Leandro Zen transforma faixas de álbum Dunas de Algodão em documentário musical

Músico e compositor Leandro Zen transforma faixas de álbum Dunas de Algodão em documentário musical

/Thaís Sobrinho/Divulgação/JC
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Adriana Lampert
Adriana Lampert Repórter
Natural de Carlos Barbosa (RS), o músico, compositor e escritor Leandro Debenetti (ou Leandro Zen) produziu uma experiência audiovisual estruturada nas 13 canções de seu mais recente álbum, Dunas de algodão (2023). Disponível no canal do artista no Youtube, o documentário musical Dunas de algodão: ser ou não ser, eis a canção (25 min) tem como objetivo transmitir ao público o valor do que ele chama de 'Cultura Zen' - sendo a arte e a meditação um caminho para ela - fazendo uma provocação existencial ao expectador através das letras poéticas das músicas e de animações feitas a partir das ilustrações criadas pela artista colagista paranaense Thaís Sobrinho.
Natural de Carlos Barbosa (RS), o músico, compositor e escritor Leandro Debenetti (ou Leandro Zen) produziu uma experiência audiovisual estruturada nas 13 canções de seu mais recente álbum, Dunas de algodão (2023). Disponível no canal do artista no Youtube, o documentário musical Dunas de algodão: ser ou não ser, eis a canção (25 min) tem como objetivo transmitir ao público o valor do que ele chama de 'Cultura Zen' - sendo a arte e a meditação um caminho para ela - fazendo uma provocação existencial ao expectador através das letras poéticas das músicas e de animações feitas a partir das ilustrações criadas pela artista colagista paranaense Thaís Sobrinho.
Dirigida e roteirizada pelo compositor, a obra foi realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar n° 195/2022), do governo federal. As filmagens ocorreram entre maio e julho deste ano, com a maioria das imagens gravadas na cidade do artista. Outra parte, composta por alguns depoimentos, foi registrada no Teatro Nilton Filho, em Porto Alegre. Além de Debenetti e Thaís, as falas incluem relatos do produtor musical Nenê Fragata, e do próprio Nilton Filho (diretor do espaço cultural que serviu de estúdio), além do ativista cultural José Carlos Ribeiro. A produção é da Mantra Cultural e a captação de imagens é assinada pela Lactato Movies.
"Dias depois que gravamos lá, o Teatro Nilton Filho foi atingido pelas inundações", destaca o compositor, sinalizando que o local será palco para o show de lançamento (em Porto Alegre) deste que é seu terceiro disco em 20 anos de trajetória. "Tenho outros dois álbuns, que foram feitos de forma independente, mas considero Dunas de algodão como meu primeiro álbum profissional: a 'pedra lapidada', resultado do amadurecimento de um processo de anos de trabalho", comenta. No último dia 7, ele (voz e piano) lançou o projeto musical acompanhado do produtor musical do álbum, Nenê Fragata (baixo), e de Luciano Freitas (bateria), em um espetáculo realizado no Centro Educacional Ivo Tramontina, em Carlos Barbosa, onde reside.
Segundo Debenetti, a filosofia por traz das letras das canções do disco (que conduzem o roteiro do filme) trazem à tona a busca do ser humano pelo autoconhecimento. "Tanto os participantes convidados, quanto o personagem que aparece ocasionalmente no meio das músicas, representam essa jornada rumo à paz interior", pontua. "O documentário te convida a perceber a tua própria vida como um todo, te convida a te acalmar, tranquilizar, curtir a vida com alegria; faz um convite a sair do estresse do cotidiano e se transformar."
Apesar de ser classificado como documentário musical, Dunas de algodão: ser ou não ser, eis a canção é, ao mesmo tempo, "uma história sendo contada", segundo o artista, afirmando que o personagem do filme basicamente se questiona sobre seu papel no mundo. "Acho que todos vão se identificar com ele, pois é uma questão essencialmente humana", avalia.
Praticante de meditação e amante da filosofia oriental, Leandro Zen afirma que a serenidade e a tranquilidade são características pessoais e musicais que cultiva desde jovem. O músico, que trabalha no próprio estúdio em sua casa, ressalta que toda sua vida está vinculada à prática meditativa. "Pela minha arte, toco na grandeza e na urgência do autoconhecimento para uma mudança interior que é necessária se quisermos realizar transformações tão importantes para o mundo de hoje", resume.
A realização do projeto audiovisual, segundo o artista, acontece como evolução do álbum Dunas de algodão. "A música puxa para a imagem, e essa obra vai muito além das canções", reflete. Para Debenetti, a imagem é coprotagonista do documentário musical tanto nas diversas cenas gravadas na cidade do interior onde ele vive (em referência a uma das canções do álbum, Cidadezinha do interior, e também ao "interior" de cada indivíduo) quanto nas animações de ilustrações feitas para o projeto, "que instigam a imaginação e complementam a experiência e o mergulho" na proposta da obra.
 

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