Porto Alegre, sex, 11/04/25

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 28 de Julho de 2024 às 17:10

Surgida na Esquina do Jazz de São Paulo, gaúcha Carolina Zingler vai conquistando o mundo

Conhecida por tocar nas ruas de diferentes metrópoles do mundo, Carolina Zingler lançou, no último dia 12 de julho, seu novo single Transformando o Céu

Conhecida por tocar nas ruas de diferentes metrópoles do mundo, Carolina Zingler lançou, no último dia 12 de julho, seu novo single Transformando o Céu

TIAGO MENEZES/DIVULGAÇÃO/JC
Compartilhe:
Maria Eduarda Zucatti Repórter
A prática conhecida internacionalmente como busker refere-se aos artistas itinerantes que tocam suas músicas em alguma calçada, ao lado de uma caixa de som e um chapéu para gorjetas. E é assim que Carolina Zingler, natural de Santa Cruz do Sul, leva a vida. O termo busker tem origem na expressão em inglês busk, que originalmente estava associada à atividade dos piratas, navegando pelos sete mares. A gaúcha já morou em diversos estados brasileiros e hoje encanta a capital de Portugal, Lisboa, com sua voz e talento, mas sem tirar cidades como Porto Alegre e Florianópolis do dicionário casa.Carolina lançou, no último dia 12, seu novo single Transformando o Céu, o início dos trabalhos de seu quinto álbum Eu viro bicho. Com 12 faixas, sendo 11 autorais, a cantora e compositora relata que o disco pretende tocar nos sonhos, nas paixões nunca realizadas e nos objetivos ainda a serem alcançados de seus ouvintes. “Eu sinto que se as pessoas se conectassem mais com aquilo que elas têm paixão ou aptidão, teríamos um mundo mais realizado nesse sentido”. A fala, por mais que conte sobre o álbum, mostra a força que Carolina teve de fazer do mundo inteiro o seu palco e, consequentemente, seu lar.Essa força e paixão pela música já se manifestavam desde os tempos em que estudava farmácia em Porto Alegre. Carol se juntou a uma prima e as duas criaram um duo, de voz e violão, para preencher os bares da sua cidade natal. Essa possibilidade de vida criava raízes no coração da estudante, que ainda não queria desistir da indústria farmacêutica ”Por mais que eu amasse a música, queria finalizar o curso, que estava quase acabando”, recorda. Foi no dia de sua formatura que a realidade mudou para valer. Carolina recebeu duas oportunidades de emprego: administrar a rede de farmácias em que fazia estágio, ou cantar e tocar em um hotel no Rio de Janeiro. “Foi muito louco isso, porque em nenhum momento eu tive alguma dúvida sobre o que escolher: eu só parti para o Rio”.A decisão de partir para o Rio de Janeiro marcou o início de uma nova jornada para Carolina. A compositora, cada vez mais apaixonada pela profissão e pela arte de fazer o que ama em frente a uma plateia, decidiu fazer aulas de canto para se tornar por completo Carolina Zingler. Dessa forma, ela compunha, tocava e cantava suas obras. Ela então encontrou morada em Santa Catarina, no próprio Rio de Janeiro e em São Paulo. Estudou Produção Fonográfica no Rio e mais tarde Engenharia de Áudio em São Paulo, se especializando em Produção Musical, Trilhas Sonoras e Engenharia de Áudio. Na capital paulista, Carolina é sócia do Gerência Records, que produz discos e trilhas para filmes.Em 2015, depois de lançar seu segundo álbum Birds Flying High, dedicado a standards do jazz como Billie Holiday, Joni Mitchell e Nina Simone, Carolina alçou voo. A jovem decidiu cantar seu disco na esquina entre a Avenida Paulista e a Peixoto Gomide, espalhando sua música aos quatro ventos. Seu movimento, de tão popular, ganhou um nome: Esquina do Jazz. “Eu montei ali os meus aparelhos, fiz um cenário, e toquei. Para a minha surpresa, as pessoas paravam para ouvir e eu vendi um monte de CD. E aí pensei ‘caramba, isso é um caminho’.”A Esquina do Jazz se tornou ponto de encontro de artistas de rua, de sons e vozes diversas. Posteriormente, a tal esquina se mostrou móvel, podendo fazer morada em qualquer cruzamento de ruas do mundo. E foi isso que Zingler fez. Em 2019, depois de ter lançado o terceiro disco, Mantras da Mata (2018), a artista decidiu fazer uma turnê pelo continente europeu, apresentando seu som aos bares nas ruas sinuosas de Lisboa e em países vizinhos.Os tugas, como carinhosamente são chamados, se apaixonaram pela voz e pelas melodias da zuca, que a cada lugar que passa encanta turistas e nativos. Carolina conta que sua setlist nunca é fechada, e que a ordem das canções é montada no momento em que chega no local de apresentação. “É muito mais fácil, depois que eu sinto a vibe do lugar e das pessoas, cantar de acordo com o que estou sentindo”. Mas uma coisa é certa: seus conterrâneos, o samba e a bossa, sempre estarão presentes.
A prática conhecida internacionalmente como busker refere-se aos artistas itinerantes que tocam suas músicas em alguma calçada, ao lado de uma caixa de som e um chapéu para gorjetas. E é assim que Carolina Zingler, natural de Santa Cruz do Sul, leva a vida. O termo busker tem origem na expressão em inglês busk, que originalmente estava associada à atividade dos piratas, navegando pelos sete mares. A gaúcha já morou em diversos estados brasileiros e hoje encanta a capital de Portugal, Lisboa, com sua voz e talento, mas sem tirar cidades como Porto Alegre e Florianópolis do dicionário casa.

Carolina lançou, no último dia 12, seu novo single Transformando o Céu, o início dos trabalhos de seu quinto álbum Eu viro bicho. Com 12 faixas, sendo 11 autorais, a cantora e compositora relata que o disco pretende tocar nos sonhos, nas paixões nunca realizadas e nos objetivos ainda a serem alcançados de seus ouvintes. “Eu sinto que se as pessoas se conectassem mais com aquilo que elas têm paixão ou aptidão, teríamos um mundo mais realizado nesse sentido”. A fala, por mais que conte sobre o álbum, mostra a força que Carolina teve de fazer do mundo inteiro o seu palco e, consequentemente, seu lar.

Essa força e paixão pela música já se manifestavam desde os tempos em que estudava farmácia em Porto Alegre. Carol se juntou a uma prima e as duas criaram um duo, de voz e violão, para preencher os bares da sua cidade natal. Essa possibilidade de vida criava raízes no coração da estudante, que ainda não queria desistir da indústria farmacêutica ”Por mais que eu amasse a música, queria finalizar o curso, que estava quase acabando”, recorda. Foi no dia de sua formatura que a realidade mudou para valer. Carolina recebeu duas oportunidades de emprego: administrar a rede de farmácias em que fazia estágio, ou cantar e tocar em um hotel no Rio de Janeiro. “Foi muito louco isso, porque em nenhum momento eu tive alguma dúvida sobre o que escolher: eu só parti para o Rio”.

A decisão de partir para o Rio de Janeiro marcou o início de uma nova jornada para Carolina. A compositora, cada vez mais apaixonada pela profissão e pela arte de fazer o que ama em frente a uma plateia, decidiu fazer aulas de canto para se tornar por completo Carolina Zingler. Dessa forma, ela compunha, tocava e cantava suas obras. Ela então encontrou morada em Santa Catarina, no próprio Rio de Janeiro e em São Paulo. Estudou Produção Fonográfica no Rio e mais tarde Engenharia de Áudio em São Paulo, se especializando em Produção Musical, Trilhas Sonoras e Engenharia de Áudio. Na capital paulista, Carolina é sócia do Gerência Records, que produz discos e trilhas para filmes.

Em 2015, depois de lançar seu segundo álbum Birds Flying High, dedicado a standards do jazz como Billie Holiday, Joni Mitchell e Nina Simone, Carolina alçou voo. A jovem decidiu cantar seu disco na esquina entre a Avenida Paulista e a Peixoto Gomide, espalhando sua música aos quatro ventos. Seu movimento, de tão popular, ganhou um nome: Esquina do Jazz. “Eu montei ali os meus aparelhos, fiz um cenário, e toquei. Para a minha surpresa, as pessoas paravam para ouvir e eu vendi um monte de CD. E aí pensei ‘caramba, isso é um caminho’.”

A Esquina do Jazz se tornou ponto de encontro de artistas de rua, de sons e vozes diversas. Posteriormente, a tal esquina se mostrou móvel, podendo fazer morada em qualquer cruzamento de ruas do mundo. E foi isso que Zingler fez. Em 2019, depois de ter lançado o terceiro disco, Mantras da Mata (2018), a artista decidiu fazer uma turnê pelo continente europeu, apresentando seu som aos bares nas ruas sinuosas de Lisboa e em países vizinhos.

Os tugas, como carinhosamente são chamados, se apaixonaram pela voz e pelas melodias da zuca, que a cada lugar que passa encanta turistas e nativos. Carolina conta que sua setlist nunca é fechada, e que a ordem das canções é montada no momento em que chega no local de apresentação. “É muito mais fácil, depois que eu sinto a vibe do lugar e das pessoas, cantar de acordo com o que estou sentindo”. Mas uma coisa é certa: seus conterrâneos, o samba e a bossa, sempre estarão presentes.

Notícias relacionadas

Comentários

0 comentários