Vencedor dos prêmios de melhor direção e melhor montagem no Festival do Rio, o documentário Uma Baía registra, em oito fábulas visuais, trabalhadores em suas jornadas pela sobrevivência na Baía de Guanabara. Na visão do diretor Murilo Salles, a baía é talvez o maior símbolo das contradições do Rio de Janeiro, ao mesmo tempo acolhedora e violenta, bela e assustadora, rica e pobre.
Qual a diferença entre um Tupinamba que carregava madeira para as caravelas e um estivador que arcaicamente enche navios com limalha de ferro para a China? Entre o catador de caranguejos hoje, e 500 anos atras? Da vida que agora levam os quilombolas, e a que levavam seus antepassados? São questões como essas que animam Uma Baía, observação sobre a Baía de Guanabara no que tem de mais bela, e naquilo que ela oculta.