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Publicada em 03 de Abril de 2024 às 18:14

Grupo O Terno vivencia retornos e renovações em turnê que passa por Porto Alegre

Trio paulistano O Terno celebra álbum mais recente e os desdobramentos da carreira em show no Auditório Araújo Vianna, nesta sexta-feira

Trio paulistano O Terno celebra álbum mais recente e os desdobramentos da carreira em show no Auditório Araújo Vianna, nesta sexta-feira

Pedro Paulo Maciel/Divulgação/JC
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Bruna Tkatch
Bruna Tkatch
O trio paulistano O Terno apresenta, após cinco anos do lançamento do disco homônimo, a turnê . Tim Bernardes, no vocal e guitarra, Guilherme d’Almeida, no baixo e Biel Basile na bateria, voltam à Capital e sobem ao palco do Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685), às 21h. Com carreira desde 2009, quatro álbuns lançados, além de alguns singles, os músicos se reencontram com os fãs mais antigos e recebem o novo público gaúcho, que conheceu o som deles durante a pandemia, e agora, pode ouvir as canções ao vivo pela primeira vez. Restam pouquíssimos ingressos disponíveis, na plataforma Sympla, a partir de R$ 55,00. 
O trio paulistano O Terno apresenta, após cinco anos do lançamento do disco homônimo, a turnê <atrás/além>. Tim Bernardes, no vocal e guitarra, Guilherme d’Almeida, no baixo e Biel Basile na bateria, voltam à Capital e sobem ao palco do Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685), às 21h. Com carreira desde 2009, quatro álbuns lançados, além de alguns singles, os músicos se reencontram com os fãs mais antigos e recebem o novo público gaúcho, que conheceu o som deles durante a pandemia, e agora, pode ouvir as canções ao vivo pela primeira vez. Restam pouquíssimos ingressos disponíveis, na plataforma Sympla, a partir de R$ 55,00. 
Em entrevista ao Jornal do Comércio, o trio disse que sobe ao palco, acima de tudo, para se divertir ao tocar suas músicas - mas que a perspectiva de encontrar os gaúchos pela primeira vez em um grande espaço dá ao momento uma qualidade especial. “Tem uma sensação diferente juntar mil pessoas ou quatro mil pessoas. O público vira uma massa mais catártica, e vai ser a primeira vez que conseguimos isso em Porto Alegre”, comenta Tim. 
A ideia d’O Terno surgiu ainda na escola, quando Tim e Guilherme tinham 13 anos e se reuniram para tocar despretensiosamente. Logo eles começaram a querer se transformar em um trio, para ter mais sonoridades, inspirados nas influências dos anos 1960. Em 2009 entrou o primeiro baterista, Victor Chaves, que participou dos dois primeiros álbuns, 66 (2012) e O Terno (2014). Já em 2015, entrou Biel, que até ganhou uma música em sua homenagem, Bielzinho / Bielzinho, e participou de Melhor do Que Parece (2016) e <atrás/além> (2019).
A vontade era, antes de tudo, fazer música do jeito que gostavam. “O rádio era meio saturado ali nos anos 2000 então a gente garimpava coisas na internet, caçava sons de outras épocas”, comenta o vocalista. Já o baixista cita Os Mutantes, e explica: “não só musicalmente mas na questão de atitude mesmo, na postura de ser consolidado, mas não se levar tão a sério. E fazer música com a nossa cara, mas em português também era um pilar fundamental”.
Com músicas que, em grande parte, trazem sentimentos como amor, melancolia e esperança, não é surpresa que O Terno mexa de forma especial com o emocional de quem os escuta. Biel concorda, e diz que “a intenção acaba sendo o que a gente gosta de sentir. Tentamos nos colocar um pouco no lugar do ouvinte quando a gente vai criar. Nem sempre sai como planejamos, mas essa surpresa pode ser boa também”. Em relação ao álbum <atrás/além>, as composições, escritas pelo vocalista, vieram após o lançamento de seu primeiro disco solo, Recomeçar (2017). Ele comenta que, pela primeira vez na carreira, ficou sem músicas no seu baú, e chegou a questionar se ainda conseguiria escrever.
“Esse álbum surge desse período de vazio e de enfrentar finais de ciclos, é uma avaliação emocional do que foi vivido. Talvez seja a reflexão de um jovem que reparou que não é tão jovem assim… É a chegada da vida adulta e reparar coisas sendo deixadas para trás”, reflete Tim. Depois de prontas, o desafio foi encontrar as harmonias sonoras, um jeito de tocá-las que ficasse natural para os três. O baterista comenta que, diferentemente dos outros discos, em que Tim apresentava as músicas aos poucos e depois eles juntavam as ideias, neste, já veio o conjunto.
No final do ano, todos eles viajaram para lugares diferentes, e surgiu a “tarefa” de ouvir as músicas de pontos de vista diferentes para pensar em como juntar os vocais e os instrumentos. Depois eles partiram para a gravação de estúdio. Outro diferencial é o uso de elementos de orquestra, que já estava sendo estudado desde o último álbum, quando eles passaram a ter mais contato com artistas que tocassem esses instrumentos clássicos. E a ideia também vem das inspirações da banda, como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Beatles.
Tocar ao vivo músicas lançadas há cinco anos, pela primeira vez com um público diante da banda, traz também ao grupo uma sensação de novidade e renovação. “A gente traz a bagagem do que foi feito nesses anos sem O Terno, e eu sinto a gente se divertindo mais ao tocar”, avalia Biel. Por sua vez, Guilherme ressalta que a turnê também resgata outras canções d’O Terno, sendo a chance não só de escutar o disco ao vivo, mas também de revisitar outros sucessos da banda.
Curiosamente, o encerramento da turnê não acontece no Brasil, mas em Los Angeles, com duas datas, uma delas sold out. A oportunidade surgiu devido às conexões do vocalista, que já estava fazendo mais shows solo no país. “E também faz sentido porque essa turnê é uma celebração, nós buscamos fazer shows em locais maiores, nos divertir e mostrar a trajetória da banda”, diz Tim. “A gente não sabe quando vai tocar de novo, todo mundo tem os seus projetos pessoais, então a ideia agora é se divertir”, ressalta Biel.

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