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Publicada em 06 de Março de 2024 às 19:20

Bala Desejo se despede dos palcos e anuncia surpresa para os fãs

Resultado da reunião de artistas da nova geração da MPB, o grupo Bala Desejo traz sua turnê de despedida ao Opinião nesta sexta-feira

Resultado da reunião de artistas da nova geração da MPB, o grupo Bala Desejo traz sua turnê de despedida ao Opinião nesta sexta-feira

Elisa Maciel/Divulgação/JC
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Bruna Tkatch
Bruna Tkatch
Formada por quatro amigos de longa data, a banda carioca Bala Desejo faz sua turnê de despedida, com shows em sete cidades, e encerramento no berço, Rio de Janeiro. Os artistas Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra já tinham suas carreiras solo e, durante o início da pandemia, se juntaram para uma imersão musical. A experiência naturalmente se transformou no grupo, que estreou sua formação em lives da cantora Teresa Cristina.
Formada por quatro amigos de longa data, a banda carioca Bala Desejo faz sua turnê de despedida, com shows em sete cidades, e encerramento no berço, Rio de Janeiro. Os artistas Dora Morelenbaum, Julia Mestre, Lucas Nunes e Zé Ibarra já tinham suas carreiras solo e, durante o início da pandemia, se juntaram para uma imersão musical. A experiência naturalmente se transformou no grupo, que estreou sua formação em lives da cantora Teresa Cristina.
Agora, após quase três anos de produção em estúdio e também pé na estrada, e em festivais de música, o grupo faz uma última turnê, de despedida do quarteto, para que os músicos retomem o foco em suas carreiras solo e outros projetos. Em Porto Alegre, o Bala Desejo se apresenta no Opinião (rua José do Patrocínio, 834) nesta sexta-feira (8), às 23h, com ingressos a partir de R$ 85,00, na plataforma Sympla
“Sempre participamos dos projetos um do outro, seja na composição, tocando ou na produção. Mas aí começou a pandemia, e até por uma questão de saúde mental, eu convidei eles pra virem morar comigo e assim nasceu o Bala”, conta Julia, em entrevista ao Jornal do Comércio, junto com os amigos Dora e Zé. “A princípio a gente ia seguir só com os projetos individuais, mas focamos no coletivo justamente para ser o oposto de isolamento”, completa Dora. Para o nome do grupo, os artistas contam que surgiu como um ponto de encontro de várias intenções.
“Foi um projeto que revolucionou nossas vidas de uma maneira muito forte. Mas a gente sabia que era uma reunião, um momento da trajetória, e agora estamos no momento de voltar para o caminho natural”, diz Zé. Durante o tempo deles juntos como banda, o álbum Sim Sim Sim foi lançado, em abril de 2022. A obra, com coprodução de Ana Frango Elétrico e supervisão de Marcus Preto, ganhou um Grammy Latino de melhor álbum pop em português.
As 14 faixas do álbum reúnem uma mistura de MPB, reggae, salsa, rock e frevo, com uma estética que remete a uma das décadas de ouro da música popular brasileira, 1970. “As nossas composições sempre ocuparam esse lugar do belo, do sublime. E com esse disco nós estendemos que falamos de encontro, um lugar mais vivo, pra dançar”, ressalta Dora. Já Zé conta sobre a intenção inicial ao criar as músicas, era fazer canções que não falassem apenas sobre coisas profundas e metafísicas, como Deus e amor, mas provocar reações físicas. “E também buscamos encontrar melodias que provocam uma abertura de almas”. A última faixa do álbum traz a ficha técnica de maneira criativa, e pra entender, é preciso escutar.
Segundo Julia, “o Bala também é como um liquidificador, onde você coloca os trabalhos individuais de cada um de nós e pode entender de onde vêm as referências, além das que a gente bebe”. Ela ainda conta que no show desta sexta, a banda estará completa, com os artistas que tocaram na gravação do álbum. O quarteto também celebra o sucesso de jovem carreira. “É uma coisa meio absurda, começou há dois anos e já acumula muitas viagens, quase 200 shows e situações muito inesperadas para uma trajetória tão breve”, comenta Dora.
“Somos como um patinho fora do bando, porque a carreira do Bala foi a partir de um álbum, só uma produção fonográfica, diferente do que o mercado pede hoje em dia, com clipes e tudo mais”, analisa Zé. Para a turnê de encerramento, eles preparam um último presente como quarteto para os fãs: os shows serão gravados e posteriormente, um álbum ao vivo será lançado nas plataformas de áudio.
Empolgados, a banda conta que a turnê é de despedida, mas sem clima triste. Pelo contrário, eles querem dançar pelas cidades. “Na primeira vez já fomos recebidos com sold out, e foi muito legal poder pegar a estrada fora do eixo Rio-São Paulo. Porto Alegre é uma cidade que nos recebe com muito carinho, e desta vez já chegamos emocionados”, compartilha Julia.
Pensando no futuro, os integrantes do Bala Desejo já tem seus projetos prontos, ou ainda no forno, esperando a finalização. Além das carreiras solo, Zé e Lucas ainda tem uma banda juntos, a Dônica, com Tom Veloso, André Almeida e Miguel Guimarães. “Por mais que não seja um adeus do Bala, é a despedida de uma situação que virou rotina para a gente”, diz Dora. Os amigos ainda ressaltam que continuarão colaborando juntos, como sempre fizeram.

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