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Publicada em 06 de Dezembro de 2023 às 19:03

Diogo Nogueira explora tudo que há de sagrado no samba em novo disco e show em Porto Alegre

Sambista carioca Diogo Nogueira celebra seus 15 anos de carreira e o novo álbum, Sagrado, Vol. 1, neste sábado, no Auditório Araújo Vianna

Sambista carioca Diogo Nogueira celebra seus 15 anos de carreira e o novo álbum, Sagrado, Vol. 1, neste sábado, no Auditório Araújo Vianna

LEO AVERSA/DIVULGAÇÃO/JC
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Bruna Tkatch
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O sambista carioca Diogo Nogueira volta a Porto Alegre para um show de celebração de 15 anos de carreira e também do novo álbum, Sagrado, Vol. 1, disponível nas plataformas de streaming desde o dia 1º deste mês. O encontro de Diogo com o público gaúcho acontece no Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685) neste sábado, às 21h. Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla, por valores a partir de R$ 100,00.
O sambista carioca Diogo Nogueira volta a Porto Alegre para um show de celebração de 15 anos de carreira e também do novo álbum, Sagrado, Vol. 1, disponível nas plataformas de streaming desde o dia 1º deste mês. O encontro de Diogo com o público gaúcho acontece no Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685) neste sábado, às 21h. Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla, por valores a partir de R$ 100,00.
Nascido em berço de samba, seu falecido pai, João Nogueira, sempre foi uma inspiração para Diogo. O flamenguista do coração cresceu rodeado por rodas de samba, com a presença de ícones, como Beth Carvalho e Martinho da Vila, no quintal da casa da família. Apesar da musicalidade, o sonho do jovem, assim como milhares de brasileiros, era ser jogador de futebol. A carreira foi frustrada aos 23 anos, quando se lesionou e abandonou os gramados.
Quando voltou ao Rio de Janeiro, depois de tentar a carreira como boleiro fora do Estado, recebeu convites para participar de encontros musicais e iniciou uma nova profissão. Em 2005, participou da gravação de Do Fundo do Nosso Quintal: Ao Vivo, com diversos outros artistas, como Arlindo Cruz, Teresa Cristina, Zeca Pagodinho, Leci Brandão e Jorge Aragão. A partir de 2007, iniciou a bem sucedida carreira solo. Mas o espírito da bola segue em torno dele: depois de anos acompanhando o esporte como espectador e, ocasionalmente, em uma partida de lazer, o cantor foi convidado para regravar o Samba Rubro-Negro, originalmente de seu pai, em 2021. Na nova edição do clássico, ele trocou a menção aos jogadores Zico, Adílio e Adão, feita em 1979, por Gabigol, Bruno Henrique e Arão.
Ao longo de 15 anos de carreira, Diogo lançou alguns álbuns ao vivo, em diversos locais, inclusive em Cuba, e também na Capital gaúcha. Com o disco Tô Fazendo a Minha Parte, ele ganhou um Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, em 2010. Além disso, também já divulgou oito álbuns de estúdio, sendo o mais recente disponibilizado no primeiro dia deste mês de dezembro - o nostálgico, mas alegre, Sagrado, Vol.1.
"Esse álbum fala de tudo que é sagrado para mim: o samba, a religião, as memórias afetivas, a família, os amigos", explica Diogo. A capa do novo disco foi realizada com auxílio de inteligência artificial. Foram inseridas em um programa dezenas de palavras que reúnem memórias afetivas da sua infância, que a tecnologia transformou em imagem. Na peça, um menino joga bolinha de gude; ao fundo, é possível ver um varal com roupas, um violão apoiado em uma grande árvore e, do outro lado, uma roda de samba, além de vários outros detalhes, perceptíveis aos olhos atentos.
Já as músicas são todas inéditas, e há uma colaboração especial na última faixa, Meu Samba Anda Por Aí. A canção foi feita por seu pai e João Valdez, esquecida por muito tempo em um baú de um amigo, encontrada recentemente e agora, gravada por Diogo. As outras músicas do novo disco são fruto de um resgate das origens e dos subúrbios do Rio de Janeiro. "Eu procurei fazer uma visita ao povo, ao que realmente acontece no cotidiano da pessoa que vive no subúrbio. A ideia de cada canção foi pensada nesse público, nesse lugar", avalia Diogo.
Para o novo show em Porto Alegre, ele promete muita diversão, samba, alegria e músicas inéditas. Hits como Alma Boêmia, Pé na Areia, Clareou, Sou Eu, Fé em Deus e Lua de um Poeta são presenças confirmadas, além de faixas do novo álbum. Diogo ainda vai interpretar outros sucessos da música nacional, de nomes como Chico Buarque, Tim Maia, Zeca Pagodinho e Gilberto Gil. Uma homenagem para Arlindo Cruz, sambista e compositor que sofreu um AVC em 2017, também fará parte da apresentação na Capital. "O público gaúcho sempre me recebeu com muito carinho e eu procuro retribuir da mesma forma em cima do palco", garante Diogo.
 

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