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Publicada em 22 de Novembro de 2023 às 18:43

Em momento iluminado, Fafá de Belém celebra a estreia de novo espetáculo em Porto Alegre

Fafá de Belém celebra a estreia de seu novo espetáculo, cantando trilhas de novelas e hits, no Auditório Araújo Vianna, às 21h deste sábado

Fafá de Belém celebra a estreia de seu novo espetáculo, cantando trilhas de novelas e hits, no Auditório Araújo Vianna, às 21h deste sábado

BRUNA CASTANHEIRA/DIVULGAÇÃO/JC
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Bruna Tkatch
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A cantora Fafá de Belém retorna a Porto Alegre para cantar seus maiores sucessos da música popular brasileira e trilhas de novelas, depois de quatro anos longe da Capital. Seu novo espetáculo estreia neste sábado (25), às 21h, no palco do Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685). Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla, a partir de R$ 110,00.
A cantora Fafá de Belém retorna a Porto Alegre para cantar seus maiores sucessos da música popular brasileira e trilhas de novelas, depois de quatro anos longe da Capital. Seu novo espetáculo estreia neste sábado (25), às 21h, no palco do Auditório Araújo Vianna (avenida Osvaldo Aranha, 685). Os ingressos estão à venda na plataforma Sympla, a partir de R$ 110,00.
“Minha história com o Rio Grande do Sul tem muitos anos, quando eu estreei meu primeiro espetáculo, em 1976, a turnê deslanchou em Porto Alegre”, relembra Fafá, em entrevista ao Jornal do Comércio. Ela conta que tem uma relação muito forte com o povo, tanto da Capital quanto do interior, e também com artistas gaúchos. A turnê ainda passa por São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, e depois do Carnaval, outras cidades do Brasil e também Portugal, país onde tem cidadania. “Estrear em Porto Alegre vai ser um abraço, um afago e sei que vai ser lindo”, reforça a artista.
Com uma carreira consolidada há mais de 40 anos, Fafá é uma das maiores vozes da música brasileira e também foi uma das precursoras do empoderamento feminino na indústria musical. Na sua discografia há dezenas de trilhas de novelas e colaborações com outros músicos renomados. “Eu comecei em uma novela, há quase 50 anos. Uma das primeiras coisas que gravei na vida foi o teste para Gabriela, e fui aprovada”, conta Fafá.
O novo espetáculo tem a proposta de contar a vida da paraense, que começou a cantar com nove anos, em reuniões de família. Ela conta que, quando começou a sua carreira, estar em trilhas de novela era uma maneira de ganhar visibilidade. “A novela é uma exportação brasileira para o mundo. Na minha geração, era de vital importância”, ressalta a artista. Ela dá risadas contando que é noveleira e mesmo quando viaja, não perde nenhum capítulo.
Parte desse novo show já foi apresentada durante a pandemia, em formato de live. Ela relembra como foi essa época, sem poder estar nos palcos e ter a troca com os fãs a cada show. Para sua surpresa, a audiência das mais de 30 lives foi ótima, e também contou com muitos jovens, o que foge um pouco do público fiel de Fafá. Desde cedo uma pessoa engajada em lutas sociais, ela ressalta que foi uma época difícil, mesmo para artistas com sólidas décadas de carreira. “Nós artistas fomos umas das primeiras vítimas do negacionismo. Fomos debochados, fomos vilanizados”, lamenta a cantora.
“Agora a luz voltou a brilhar sobre a gente, e é muito bom falar de música brasileira, da nossa cultura”, ressalta Fafá. Ela ainda fala sobre o momento que o Brasil está, de efervescência não apenas na área da música, mas com a volta de um olhar carinhoso do povo para a cultura em geral. “A gente comemora esse novo tempo, essas novas pessoas que estão surgindo”, conta. 
Mesmo sendo ícone da música brasileira e uma referência para as cantoras mais jovens, a cantora acentua que procura não sentar nos seus louros. “Eu gosto de olhar e respeito profundamente a minha carreira, mas eu estou atrás de novas sonoridades, novas formas de cantar e coisas para serem ditas, ou novas formas de cantar o que já cantei”, afirma Fafá. Ela diz que adora conhecer gente, ama assistir aos colegas e tem muita curiosidade.
Apesar de ficar feliz por ter aberto caminhos para outras artistas que surgem na cena cultural, ela lamenta que ainda exista tanto preconceito. “O preconceito ainda existe, a xenofobia, o julgamento, o machismo estrutural, a mulher vista como peça de consumo.”
Atenta ao movimento cultural, a cantora diz estar sempre explorando os novos ritmos que surgem e artistas emergentes. Ela diz que não gosta de repetir nada, musicalmente, e quer sempre saber o que há de novo por aí. Alguns cantores observados por Fafá são Ludmilla, Luisa Sonza, João Gomes, Duda Beat, Simone Mendes, Iza, e tantos outros. “Uma hora eu ainda faço um disco de duplas, aí vou convidar, e quem aceitar… Vou ficar muito feliz”, antecipa a artista.
Sobre o show que marca seu reencontro com o público gaúcho, a risonha Fafá reforça: “Quero que as pessoas cantem comigo, porque o show é feito para isso, se emocionar, mandar recado, sorrir, gargalhar, e sair de alma lavada, como eu saio depois de cada espetáculo.”

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