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Publicada em 20 de Novembro de 2023 às 15:45

Emicida exalta a cultura brasileira e fecha o primeiro dia do Festival Turá

Emicida avalia que o Brasil está vivendo um momento cultural efervescente com coisas geniais sendo criadas

Emicida avalia que o Brasil está vivendo um momento cultural efervescente com coisas geniais sendo criadas

Bruna Tkatch/Especial/JC
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Bruna Tkatch
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No final da tarde deste sábado (18), centenas de pessoas caminhavam velozmente em direção ao Anfiteatro Pôr do Sol. Ao fundo, tinham a voz alegre de Alceu Valença, que tinha começado seu show. O pernambucano foi uma das atrações do primeiro dia do Festival Turá, pela primeira vez em Porto Alegre. Segundo a organização, 20 mil pessoas estiveram presentes nos dois dias de evento.
No final da tarde deste sábado (18), centenas de pessoas caminhavam velozmente em direção ao Anfiteatro Pôr do Sol. Ao fundo, tinham a voz alegre de Alceu Valença, que tinha começado seu show. O pernambucano foi uma das atrações do primeiro dia do Festival Turá, pela primeira vez em Porto Alegre. Segundo a organização, 20 mil pessoas estiveram presentes nos dois dias de evento.
Com o sol se pondo de cenário, o público cantou em coro os maiores sucessos, como La belle de jour, Morena tropicana e Anunciação. No início da tarde havia chovido, mas na apresentação de reunião da banda Papas da Língua, o tempo já estava firme. Sabendo do clima, Alceu comentou que ficou se perguntando se durante o seu show o tempo estaria feio, e disse “onde tem chuva eu peço sol e onde tem muito sol eu peço um pouquinho de chuva”.
Já de noite, a banda Fresno, natural de Porto Alegre mas radicada em São Paulo, voltou à terra natal. O vocalista, Lucas Silveira falou com a reportagem do Jornal do Comércio na semana anterior e disse que a banda estava muito empolgada com a programação. “A cidade sempre teve uma carência de festivais, então acho muito legal a vinda do Turá, com essa proposta bem variada”, disse Lucas.
Hits como Vou ter que me virar e Natureza caos já eram aguardados pelos fãs e a grande surpresa foi a aparição de Emicida, o que provocou gritos de entusiasmo, para a faixa Manifesto. Além do trio, estava prevista a participação da Pitty, que é considerada uma ídola e referência para a Fresno. Juntos cantaram Casa assombrada, da banda, e outras músicas de autoria da cantora, como Na Sua Estante, Máscara e Me Adora.
O público estava no aguardo de Emicida, para o último show da noite. As movimentações da banda e um pequeno vaso de arruda instalado no canto do palco mostravam que o show, sempre colorido, estava próximo. O cantor entra no palco de camisa e calça claras, boné, colar de pérolas, óculos escuro redondo e o tradicional ramo de arruda posicionado atrás da orelha esquerda. Na plateia, os gritos de empolgação. Na mão de Emicida, a flauta que ele usa para tocar a introdução da música A ordem natural das coisas. Emocionado com as boas vindas, ele dá boa noite ao público e segue com os sucessos Quem tem um amigo tem tudo, Pequenas alegrias da vida adulta e outros.
Pitty sobe ao palco novamente para cantar a colaboração da dupla, Hoje cedo. Ele também apresenta a sua banda e dá ênfase para a percussionista Silvanny Sivuca, que estava de aniversário. Emicida fala que estava emotivo por poder reencontrar os amigos da Fresno e a Pitty. “Quando eu vi o primeiro anúncio desse show, eu achei que a rapaziada tinha mandado por engano, eu pensei que a gente já tinha tocado nesse festival, mas dessa vez era a edição de Porto Alegre e fiquei especialmente feliz”. E ressalta, “Obrigado por essa iniciativa e vida longa ao Festival Turá edição de Porto Alegre”, ocasionando gritos de alegria do público.
Emicida continua conversando com o público e conta que passou a tarde assistindo à Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, regida pela maestra Alba Bomfim. “Poder assistir a única orquestra do Brasil que toca há 73 anos ininterruptos sendo regida por uma mulher negra foi extremamente emocionante”. O artista fala sempre de maneira encantadora, com uma voz leve e carregada de poesia. Ele ressalta como é importante dar protagonismo à música brasileira e exaltar a cultura local. Emicida avalia que o Brasil está vivendo um momento cultural efervescente com coisas geniais sendo criadas. “Os gringos têm dinheiro, nós tem coração, no final das contas é isso que faz a diferença“.

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