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Publicada em 30 de Outubro de 2023 às 18:32

Exaltando a cultura hip-hop, Rap In Cena reúne 50 mil pessoas no Parque Harmonia

Referência do rap nacional, Racionais MC's fecham o festival Rap In Cena, que reuniu 50 mil pessoas no Parque Harmonia

Referência do rap nacional, Racionais MC's fecham o festival Rap In Cena, que reuniu 50 mil pessoas no Parque Harmonia

Everton Bento/Reprodução/JC
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Bruna Tkatch
O Rap In Cena Budweiser, o maior festival de hip hop do Brasil, aconteceu no último final de semana (28 e 29) e reuniu mais de 70 atrações no Parque Harmonia (avenida Loureiro da Silva, 255). O evento foi marcado pelo retorno de grandes nomes que participaram da edição anterior, além de novos artistas no palco principal pela primeira vez, além de trocas no cronograma dos dois dias, devido a imprevistos com os artistas. A expectativa de público estipulada pela organização, formada pelo Grupo Austral e Olimpo Produções, foi atendida: cerca de 50 mil pessoas compareceram ao festival no final de semana. 
O Rap In Cena Budweiser, o maior festival de hip hop do Brasil, aconteceu no último final de semana (28 e 29) e reuniu mais de 70 atrações no Parque Harmonia (avenida Loureiro da Silva, 255). O evento foi marcado pelo retorno de grandes nomes que participaram da edição anterior, além de novos artistas no palco principal pela primeira vez, além de trocas no cronograma dos dois dias, devido a imprevistos com os artistas. A expectativa de público estipulada pela organização, formada pelo Grupo Austral e Olimpo Produções, foi atendida: cerca de 50 mil pessoas compareceram ao festival no final de semana. 
No sábado, alguns dos nomes mais aguardados eram BK, Cristal, Djonga, Hungria, Major RD, Veigh, além de Kayblack, Orochi, Poze do Rodo e L7nnon, nesta ordem, como últimos shows da noite. Contudo, o cantor Orochi sofreu com problemas no seu voo e a ordem das apresentações foi alterada, sem aviso ao público. O novo cronograma foi: Poze, L7nnon, Kayblack e Orochi, para fechar.
Durante a tarde de sábado, a gaúcha Cristal se apresentou no palco World Budweiser. "Foi muito gratificante estar no palco principal e é legal por tudo que o evento representa, essa mistura dos artistas locais com os de fora do estado", disse a cantora. Um pouco depois, Djonga retornou ao festival e agradeceu aos fãs. “Quando a gente tem torcida, a gente está sempre jogando em casa, graças a Deus minha torcida tem sido muito grande durante minha carreira”, celebra o rapper.
Em seguida, estreante no festival, o paulista Veigh reuniu os fãs para ouvir seus mais recentes sucessos. “Estou muito feliz de poder estar no palco no meio desse mar de gente, estou anestesiado”, celebrou o artista. Do Rio de Janeiro, L7nnon retornou ao festival. “Estou cantando no Rap In Cena desde o início da minha carreira. Este é quarto ano que compareço neste lugar, que abriu muitas portas pra mim e tem uma grande importância na minha trajetória”, disse o artista.
Mas o sábado acabou de uma maneira inusitada. O rapper Orochi entrou no palco faltando menos de 20min para o encerramento do festival e cantou apenas três músicas completas. Quando estava na metade de Carro Forte, o som foi totalmente cortado, por causa do horário de encerramento, e o cantor saiu do palco indignado. Ele chegou a entrar na sua van para ir embora, mas outros artistas o convenceram a se despedir do público, que gritava por seu nome. Djonga, L7nnon, Poze do Rodo e Major RD subiram ao palco, ainda sem som, para, junto de Orochi, se despedirem do público, que em certo momento entoou ofensas para a organização do festival.
Apesar do término inesperado, a estudante de jornalismo Paula Fabrício conta que teve uma experiência muito legal, junto com seus amigos, assim como em 2022. “É muito bom poder vivenciar tantos shows legais e incríveis em um dia só”. Um ponto negativo, segundo ela, foi a falta de comunicação com o público, que não foi avisado das mudanças na ordem das apresentações previamente.
Já o domingo terminou com o show mais aguardado por boa parte dos fãs. A maior referência viva do rap nacional, composta por Mano Brown, Ice Blue, KL Jay e Edi Rock, os Racionais MC’s realizaram, mais uma vez, não apenas um show, mas uma performance artística. O grupo cantou seus clássicos, como Capítulo 4, versículo 3 e Eu sou 157, além de outros trabalhos mais recentes. Eles ainda convidaram para o show os paulistas Thaíde e Dexter.
O fluminense Filipe Ret subiu ao palco com show eletrizante acompanhado de banda, além de fogos de artifício e outros efeitos. “Foi incrível, rapaziada de Porto Alegre representa sempre. Tenho, graças a Deus, uma caminhada longa e uma equipe por trás que faz tudo acontecer de uma forma bacana", relatou o artista. Antes dele, o cearense Wiu fez sua apresentação com um elemento surpresa, Ryan SP, que teve um problema de saúde e não conseguiu chegar a tempo do seu show, que seria realizado às 17h.
Ainda cantaram no domingo, Mc Daniel, Negra Li, Hariel, Cabelinho, Marcelo D2 e Sain. O rapper Tz da Coronel, que subiria ao palco às 12h55min, não compareceu ao festival. Para fortalecer o histórico gaúcho no rap, o grupo porto-alegrense Da Guedes abriu a noite de domingo no palco principal.
Dentre as milhares de pessoas que foram ao local para curtir os shows, está o social media Eduardo Lumertz, que classifica a sua experiência como completamente diferente no sábado e no domingo. No primeiro dia ele foi de pista, e se sentiu “completamente de fora do show”, pela área ser muito mais longe do que no ano anterior, e ter uma grande cabine de filmagem e iluminação impedindo a visão de certos ângulos. Então, para curtir o show dos seus ídolos Racionais mais de perto, ele comprou o ingresso vip para o domingo.
“Por ser gaúcho fico feliz em prestigiar um evento assim no Rio Grande do Sul, além de assistir vários artistas do nosso estado participando de shows”, disse o estudante de educação física Gabriel Amaral.
(Colaborou Arthur Reckziegel)

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