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DANÇA

- Publicada em 24 de Outubro de 2023 às 18:57

Celebração dos 30 anos da Cadica Companhia de Dança propõe fusão artística entre Brasil e Espanha

Espetáculo que celebra os 30 anos da Cadica Companhia de Dança leva ao Theatro São Pedro série de coreografias que reúnem flamenco, samba, forró e outros estilos

Espetáculo que celebra os 30 anos da Cadica Companhia de Dança leva ao Theatro São Pedro série de coreografias que reúnem flamenco, samba, forró e outros estilos


RAFAEL COSTA /DIVULGAÇÃO/JC
Um grupo composto por aproximadamente 70 pessoas passará pelo palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°) nesta quarta-feira, a partir das 20h. Na ocasião, será comemorada a trajetória de três décadas da Cadica Companhia de Dança, com um espetáculo de cerca de 1h30min, onde serão executadas 30 coreografias selecionadas de um universo de mais de 300 criações já apresentadas anteriormente. 
Um grupo composto por aproximadamente 70 pessoas passará pelo palco do Theatro São Pedro (Praça Marechal Deodoro, s/n°) nesta quarta-feira, a partir das 20h. Na ocasião, será comemorada a trajetória de três décadas da Cadica Companhia de Dança, com um espetáculo de cerca de 1h30min, onde serão executadas 30 coreografias selecionadas de um universo de mais de 300 criações já apresentadas anteriormente. 
Sob a direção da fundadora, Cadica Costa, e da diretora artística da companhia, Emily Borghetti, 60 bailarinas e bailarinos de diferentes gerações - todos alunos ou ex-alunos da escola Cadica Danças e Ritmos - dividirão a cena com artistas convidados, a exemplo da bailaora Ana Medeiros, da Cia. de Arte La Negra. Ainda haverá participação de ex-alunos que moram no exterior. Neste caso, as performances serão apresentadas em telão e, para que a integração ocorra durante toda a celebração, todo o espetáculo será transmitido também de forma online. Ingressos, entre R$ 60,00 e R$ 90,00, à venda no site do complexo cultural.
O ponto de partida da Cadica Cia de Dança ocorreu em 1993, então sob o nome de Paixão Flamenca. Dez anos depois, a empresária, professora e bailarina Cláudia (Cadica) Pereira da Costa passou a pesquisar a fusão de danças gaúchas com o flamenco, com o objetivo de criar espetáculos que misturavam música, dança, sapateado, bombos legueros, castanholas, com os clássicos do repertório do músico instrumentista e gaiteiro Renato Borghetti. Antes mesmo desta união nos palcos, que resultou em apresentações nos mais renomados teatros do Rio Grande do Sul e do Brasil, além de diversos outros países, nasceu Emily. Filha de Cadica e Borghetti, a bailarina integra a companhia desde seus três anos de idade.
"Ela participou da primeira apresentação do Paixão Flamenca e desde então esteve sempre presente na trajetória da companhia e da escola de dança", destaca Cadica, contando que foi em 2003 que a companhia e escola mudou de nome e em 2017 que Emily se juntou a ela na direção de ambos os projetos. 
"Ao celebrar 30 anos de história, a companhia comemora três décadas de dança, arte e conexões emocionantes. Acabamos viajando o mundo com danças brasileiras", orgulha-se Cadica. Com coreografias que fundem flamenco com samba, forró, maracatu e danças gaúchas, a iniciativa passou a representar a cultura brasileira em diversos festivais de folclore.
Desta forma, ao lado de grandes elencos, mãe e filha dançaram juntas para além do território nacional (passando pela Espanha, Coreia do Sul, Portugal, Chile, China, Rússia e Turquia) e participaram de eventos marcantes, como a reinauguração do Estádio Beira Rio, no FIFA Fan Fest - Copa do Mundo 2014, e do Natal dos Pampas no Natal Luz de Gramado. Além delas, a companhia e a escola reúnem, atualmente, mais de 100 bailarinos.
"Muitas pessoas que não puderam ensaiar para essa apresentação comemorativa irão estar na plateia", pontua Cadica. "Ao final do espetáculo, elas vão subir no palco, acompanhadas de seus filhos - porque muitos casamentos nasceram dentro da companhia, e esses filhos fazem parte desta história", emenda. "No total, cerca de 20 crianças devem subir no palco, fazendo uma participação livre, embaladas por música flamenca."
Cadica conta que deu os primeiros passos na dança por meio do ballet clássico e das danças gaúchas nos CTGs. "Uma noite, em 1989, saímos de uma apresentação e fomos assistir um filme, como era costume. O título era Carmen, de Carlos Saura. Foi como a abertura de um portal: quando vi Maria Magdalena dando uma aula de flamenco, fiquei impactada. Mais tarde, eu, de fato, fiz aulas com ela", conta. Antes de ir até a Espanha para se apropriar da cultura que hoje leva aos palcos, Cadica iniciou sua trajetória no flamenco em Porto Alegre, tendo passado, entre outros, pelo Grupo Andaluz, fundado pelo carioca Robinson Tales Marsiglia Gambarra.