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Museu

- Publicada em 01 de Outubro de 2023 às 10:58

Exposição do MuseCom conta a história do periódico Tição, marco da imprensa negra do RS

Periódico chegou a outros estados brasileiros e a países da América Latina e da Europa

Periódico chegou a outros estados brasileiros e a países da América Latina e da Europa


Rafael Varela/Ascom Sedac/ Divulgação/ JC
O Museu da Comunicação Hipólito José da Costa (MuseCom), instituição vinculada à Secretaria da Cultura (Sedac), inaugurou, na última quarta-feira (27), uma nova exposição, intitulada Tição: Existência e Resistência. A mostra conta com exemplares e histórias do periódico negro Tição, considerado um marco na imprensa gaúcha. Lançada em 1978, a publicação foi um instrumento de luta, resistência, contestação e autoafirmação de um grupo de pessoas que viam a necessidade de propor um meio de comunicação feito por negros e para negros.Em seus exemplares, o periódico trazia anseios e reivindicações que demonstravam a insatisfação com a forma como a história da população negra era representada, e também com a representação dela própria naquele momento em outras publicações e mídias. Em sua primeira edição, o editorial explica: “Tição pretende falar com a comunidade negra não só de Porto Alegre, através de uma linguagem simples e buscando um trabalho de conscientização racial, social e cultural”.E Tição ultrapassou mesmo fronteiras, chegando a outros estados brasileiros e a países da América Latina e da Europa. Sua última edição foi publicada em 1980.
O Museu da Comunicação Hipólito José da Costa (MuseCom), instituição vinculada à Secretaria da Cultura (Sedac), inaugurou, na última quarta-feira (27), uma nova exposição, intitulada Tição: Existência e Resistência. A mostra conta com exemplares e histórias do periódico negro Tição, considerado um marco na imprensa gaúcha. Lançada em 1978, a publicação foi um instrumento de luta, resistência, contestação e autoafirmação de um grupo de pessoas que viam a necessidade de propor um meio de comunicação feito por negros e para negros.

Em seus exemplares, o periódico trazia anseios e reivindicações que demonstravam a insatisfação com a forma como a história da população negra era representada, e também com a representação dela própria naquele momento em outras publicações e mídias. Em sua primeira edição, o editorial explica: “Tição pretende falar com a comunidade negra não só de Porto Alegre, através de uma linguagem simples e buscando um trabalho de conscientização racial, social e cultural”.

E Tição ultrapassou mesmo fronteiras, chegando a outros estados brasileiros e a países da América Latina e da Europa. Sua última edição foi publicada em 1980.
“A exposição congrega pilares fundamentais para o museu, como a valorização da imprensa (especialmente a produzida no Estado) e a promoção da diversidade e da livre comunicação”, avalia o diretor do MuseCom, Welington Silva.
“O Tição sempre será uma referência fundamental ao tratarmos da imprensa negra em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e no Brasil. Um exemplo ao pensarmos em alternativas de comunicação, coletividade e tudo que os meios de comunicação podem agregar na existência e resistência dos mais diversos grupos sociais.”

Tição: Existência e Resistência vai até 27 de janeiro de 2024 e tem entrada gratuita. A exposição é uma parceria entre o MuseCom e o Museu da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e conta com o apoio do Instituto Oliveira Silveira; da Escola de Comunicação, Artes e Design da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Famecos/PUCRS); do Memória FACED/UFRGS; e da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). O patrocínio é do Banrisul e da Rio Grande Seguros.

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