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Música

- Publicada em 19 de Setembro de 2023 às 18:37

Simone e Madalena Rasslan cantam sobre o lar e o tempo no espetáculo 'Casa'

Show de Simone e Madalena Rasslan, 'Casa' estreia nos teatros da Capital, com três apresentações na Sala Álvaro Moreyra

Show de Simone e Madalena Rasslan, 'Casa' estreia nos teatros da Capital, com três apresentações na Sala Álvaro Moreyra


Lígia Lasevícius/Divulgação/JC
Juntas pela primeira vez em um espetáculo musical, as cantoras Simone e Madalena Rasslan estreiam seu show Casa nos teatros da Capital, com três apresentações na Sala Álvaro Moreyra (avenida Érico Veríssimo, 307). As sessões acontecem nesta sexta-feira (22) e no sábado (23), às 20h; e no domingo (24), às 19h. Os ingressos custam R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada) e estão à venda pela plataforma Sympla.
Juntas pela primeira vez em um espetáculo musical, as cantoras Simone e Madalena Rasslan estreiam seu show Casa nos teatros da Capital, com três apresentações na Sala Álvaro Moreyra (avenida Érico Veríssimo, 307). As sessões acontecem nesta sexta-feira (22) e no sábado (23), às 20h; e no domingo (24), às 19h. Os ingressos custam R$ 50,00 (inteira) e R$ 25,00 (meia-entrada) e estão à venda pela plataforma Sympla.
Em cena, mãe e filha constroem uma narrativa através de 18 canções da música brasileira que tratam sobre a noção de lar e tempo, entremeadas com textos de Machado de Assis, que falam  de modos de existência muito particulares do Brasil. Assim, a dupla busca ampliar a ideia por trás da palavra casa, para além do espaço físico.
Cantando e tocando para uma plateia disposta em formato de arena, elas prometem manter em uma relação direta com o público durante o espetáculo. "É para ser um show intimista, até porque estamos falando de casa, algo bem específico", explica Simone. Ela conta que a temática surgiu depois de ter ficado um ano sem poder ver a filha pessoalmente, por conta do isolamento social durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19. Quando foi possível voltar a conviver juntas, as artistas criaram o show em mais ou menos seis meses de trabalho em casa.
Depois de definir repertório, textos, figurinos e cenário, criar arranjos novos para as músicas e ensaiar, em 2022 elas fizeram duas apresentações em projetos musicais (Mistura Fina, no Theatro São Pedro, e Sarau do Solar, no Solar dos Câmara). "Todas as músicas falam de casa, algumas sobre solidão, outras sobre a loucura de morar com outras pessoas", destaca Simone, que, além de cantora e compositora, é instrumentista e educadora musical.
A artista revela que ela e Madalena - compositora e musicista formada em Música Popular na Ufrgs - recriaram as obras de outros autores, misturando trechos, como por exemplo, das letras de Debaixo dos caracóis dos seus cabelos (Roberto Carlos) e Desenredo (Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro). "Grudamos as estrofes, que ficaram complementares como se fosse uma música só. Brincamos com isso: de usar as canções como elementos para compor novos arranjos", declara.
Ao mesmo tempo que essas criações conversam entre si, apresentando a casa como ambiente físico que passa a ser o "cosmo limitado" em que a vida acontece em todas as suas dimensões (silêncio, solidão, conforto, afeto, etc), também ganham um tom jocoso, adianta Simone. "É um show leve e bem humorado", resume. "Em Palitoterapia (Daniel Galli), eu comento sobre os sérios problemas de saúde mental pós-pandemia, com a história de uma família (de palitos de fósforos) que ficou confinada num só cômodo (a caixinha) - e eram 40 indivíduos!", diverte-se.

Em um espetáculo que reúne várias sonoridades, Simone toca piano enquanto Madalena canta; e essa, por sua vez, toca percussão, metalofone ou cuatro (instrumento venezuelano parecido com um ukulele) para a mãe assumir os vocais. Em outros momentos, as duas artistas cantam juntas com algumas trilhas pré-gravadas ao fundo. "Também contamos com o desenho de som de Álvaro RosaCosta, uma vez que sua engenharia sonora funciona no show como se fosse um terceiro músico", emenda a cantora e pianista.

No repertório, constam músicas também muito diversas, a exemplo de Uma estória (Paulo Tati e Zé Tatit), Simplicidade (John Ulhoa), Casinha feliz (Gilberto Gil), Minha palhoça (J. Cascata), No Rancho Fundo (Ary Barroso e Lamartine Babo), Casa aberta (Chico Amaral e Flávio Henrique), Casinha Pequenina e Casa de Farinha (Domínio Público), Milonga da casa tomada (Arthur de Faria), entre outras. "Os textos - O Alienista e O Espelho - vão sendo ditos ao longo do show, entre as músicas, e fazem parte da narrativa", reforça Simone.
"Apesar de parecer que a pandemia já está distante, se trata de uma história recente do mundo e que marcou muitas pessoas; muita gente perdeu familiares e amigos por causa da Covid-19", reflete. "A gente precisa lembrar e não esquecer disso tudo; precisamos aprender com essa história e lembrar qual a postura que cada um assumiu. Tudo isso fez parte desta grande casa que é o Brasil."