O premiado documentarista Marcelo Pedroso (de Brasil S/A e Pacific) apresentou pela primeira vez o longa Por trás da linha de escudos em 2017, nos festivais de cinema de Cachoeira (BA) e Brasília (DF). Nessas ocasiões, o documentário foi recebido pelo público de forma crítica, levando a equipe realizadora a retirar o título de circulação. Agora, o documentário volta às telonas e reestreia em Porto Alegre, nesta quinta-feira (13), na Cinemateca Capitólio (Rua Demétrio Ribeiro, 1085), com sessões diárias às 17h. Atualmente, o filme também está em cartaz em Fortaleza, Maceió e Recife.
O BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque) foi criado em 1980 com o objetivo de controlar distúrbios civis, rebeliões em prisões e garantir a segurança em estádios e eventos com multidões. No documentário, o diretor e a equipe acompanham algumas operações de rotina, registram o interior da corporação e os treinamentos no batalhão.
O quarto longa de Pedroso teve como ponto de partida os embates entre a PM de Pernambuco e os ativistas do Movimento Ocupe Estelita (MOE). O movimento teve início em 2012, e a reintegração de posse do terreno aconteceu em junho de 2014 no cais da capital pernambucana. O cineasta era um dos militantes da causa. O uso de força naquele episódio, utilizando as armas tradicionais (spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha), ficou marcado na história da militância pelo direito à cidade no Recife.
Ao abordar a questão da segurança pública no Brasil, Por trás da linha de escudos assume uma postura crítica sobre o caráter militar da polícia. O filme postula que, ao atribuir à polícia a lógica de um exército, o Estado Brasileiro implementa um aparato de violência voltado para controlar ou dirimir parcelas da população brasileira que são tratadas como inimigas. Não por acaso, estes setores da população correspondem justamente às camadas periféricas, não-brancas, historicamente desprovidas de direito. Ao levantar a bandeira da desmilitarização da polícia, o documentário se alinha à luta histórica de movimentos em defesa da justiça social.
O BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque) foi criado em 1980 com o objetivo de controlar distúrbios civis, rebeliões em prisões e garantir a segurança em estádios e eventos com multidões. No documentário, o diretor e a equipe acompanham algumas operações de rotina, registram o interior da corporação e os treinamentos no batalhão.
O quarto longa de Pedroso teve como ponto de partida os embates entre a PM de Pernambuco e os ativistas do Movimento Ocupe Estelita (MOE). O movimento teve início em 2012, e a reintegração de posse do terreno aconteceu em junho de 2014 no cais da capital pernambucana. O cineasta era um dos militantes da causa. O uso de força naquele episódio, utilizando as armas tradicionais (spray de pimenta, gás lacrimogêneo e balas de borracha), ficou marcado na história da militância pelo direito à cidade no Recife.
Ao abordar a questão da segurança pública no Brasil, Por trás da linha de escudos assume uma postura crítica sobre o caráter militar da polícia. O filme postula que, ao atribuir à polícia a lógica de um exército, o Estado Brasileiro implementa um aparato de violência voltado para controlar ou dirimir parcelas da população brasileira que são tratadas como inimigas. Não por acaso, estes setores da população correspondem justamente às camadas periféricas, não-brancas, historicamente desprovidas de direito. Ao levantar a bandeira da desmilitarização da polícia, o documentário se alinha à luta histórica de movimentos em defesa da justiça social.


Facebook
Google
Twitter