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Cultura

Artes Visuais

- Publicada em 30 de Maio de 2023 às 17:20

As construções abstratas de Manu Raupp em exposição na Calafia Art Store

Explorando as possibilidades do desenho, mostra Construções abstratas chega à Calafia Art Store

Explorando as possibilidades do desenho, mostra Construções abstratas chega à Calafia Art Store


MANU RAUPP/REPRODUÇÃO/JC
Resultado da exploração de materiais distintos sobre papel, a mostra Construções Abstratas da artista visual Manu Raupp está em cartaz desde esta terça-feira (30), na Calafia Art Store (rua General Couto de Magalhães, 439). A exposição é composta de três séries que, juntas, reúnem 17 desenhos em grandes e médias dimensões, feitos com canetas, lápis de cor e tinta acrílica. A visitação é gratuita e acontece até o dia 01 de julho, de segunda a sexta-feira, das 11h às 18h e nos sábados, das 11h às 16h. O local também recebe grupos em horários alternativos, mediante agendamento prévio.
Resultado da exploração de materiais distintos sobre papel, a mostra Construções Abstratas da artista visual Manu Raupp está em cartaz desde esta terça-feira (30), na Calafia Art Store (rua General Couto de Magalhães, 439). A exposição é composta de três séries que, juntas, reúnem 17 desenhos em grandes e médias dimensões, feitos com canetas, lápis de cor e tinta acrílica. A visitação é gratuita e acontece até o dia 01 de julho, de segunda a sexta-feira, das 11h às 18h e nos sábados, das 11h às 16h. O local também recebe grupos em horários alternativos, mediante agendamento prévio.
Esta é a terceira exposição da temporada 2023 da galeria, e a quinta exposição individual da trajetória da artista. Os trabalhos foram produzidos nos últimos cinco anos, durante um processo criativo onde Manu misturou cores - além do preto e branco - e usou distintos materiais para improvisar formas, sobreposições e texturas no papel. 
A artista explica que o título da mostra está relacionado a seu estilo de traço pré-definido. "Normalmente, trabalho com composições abstratas, e enxergo meus desenhos como construções." Nesta mostra, a série de 2019 é composta por alguns desenhos com formatos gráficos e definidos, feitos com caneta fosca e nanquim, enquanto as outras duas séries (de 2023) foram desenvolvidos de forma mais intuitiva e experimental. "No caso do lápis de cor, percebi que é um material que dá outra textura, enquanto a tinta acrílica trouxe um novo caminho - mais livre e gestual - no meu estilo de desenho", comenta. 

Aos 35 anos, e formada em Artes Visuais pela Ufrgs desde 2011, Manu comenta que, quando começou a pintar, costumava utilizar tinta acrílica sobre tela. "Mas já faz mais de uma década que passei a testar outros materiais, sendo que em determinado momento eu usei tinta guache e lápis grafite na linha dos desenhos." Ela afirma que pretende seguir experimentando outros materiais nas novas produções.
"Gostei muito da experiência de produzir sobre papel, que me oferece resultados que me agradam muito. Foi bacana ver o tempo empregado e perceber a liberdade ou rigidez que cada material exige para o desenho."

Expondo pela primeira vez na Calafia Art Store, Manu fez sua estreia individual em 2013, no Espaço Cultural 512 (projeto A Arte da Boemia) e investiu em novas empreitadas no Studio Clio (Gesto Lúdico, 2015) e Pinacoteca Bar (2017). Em 2016, ela ainda lançou o livro Ambidestros (editora Azulejo Arte Impressa) e fez a exposição dos desenhos originais na Galeria pop-up Aura. Também participou de exposições coletivas no Museu do Trabalho, IEAVI, Instituto de Artes, Acervo Independente, Galpon e Ateliê O Bestiário, além do 20º e 21º Salões de Artes Plásticas da Câmara Municipal de Porto Alegre (onde recebem Menção Honrosa e Prêmio Aquisição, respectivamente).
"Para quem tiver interesse de entender o processo desta mostra atual em ordem cronológica, sugiro que inicie a visitação pela série Canetas, que é onde tem trabalhos mais antigos, de 2019 e 2020", comenta a artista. Com influências de outra área - o circo - ela conta que muitos de seus desenhos, inicialmente, foram inspirado pelos movimentos do malabares. Isso porque, paralelamente ao período de graduação no Ensino Superior, a hoje artista visual se dedicou à arte de manipular objetos com agilidade e precisão e se envolveu em diversos projetos circenses.
Foi a partir da experiência com malabarismo e da prática da pintura nos anos de faculdade, que Manu começou a focar nos desenhos e, aos poucos, a explorar a cor e o movimento, com temas abstratos na maior parte dos trabalhos. "No livro Ambidestros, a proposta era justamente desenhar com as duas mãos, testando as diferenças entre os gestos produzidos por cada uma delas, e isso não foi por acaso: teve muita influência dos movimentos que eu fazia na minha época de malabarista."

Já a estética abstrata acompanha a artista desde os primórdios do curso de Artes Visuais na Ufrgs, que mistura artes visuais, gráficas e grafitti. "Sempre gostei de improvisar, então me atraiu pesquisar materiais, superfícies, cores, texturas, grafismos e técnicas diferentes - motivada pela liberdade que se tem com isso", diz Manu, que também trabalha com design gráfico e ilustração. Por conta disso, segundo ela, "volta e meia" acabam surgindo influências mais "figurativas". "Me inspiro observando a estética em várias áreas do conhecimento. Gosto de criar texturas e padrões diferentes, olhar para coisas da rotina, do cotidiano - de outras áreas e do próprio design gráfico."