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Cultura

Artes Cênicas

- Publicada em 25 de Maio de 2023 às 18:46

Marisa Orth traz seu primeiro monólogo, 'Bárbara', ao palco do Theatro São Pedro

Marisa Orth comemora seus 40 anos de carreira com 'Bárbara', espetáculo solo que ela apresenta neste sábado (27) e no domingo (28) no Theatro São Pedro

Marisa Orth comemora seus 40 anos de carreira com 'Bárbara', espetáculo solo que ela apresenta neste sábado (27) e no domingo (28) no Theatro São Pedro


MARCOS MESQUITA/DIVULGAÇÃO/JC
Neste final de semana, a atriz Marisa Orth desembarca em Porto Alegre, para encenar o espetáculo Bárbara, que tem direção de Bruno Guida e cujas sessões acontecem às 20h de sábado (27) e às 18h de domingo (28), no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/n). Os ingressos estão à venda pelo site do espaço cultural e custam entre R$ 50,00 e R$ 150,00.
Neste final de semana, a atriz Marisa Orth desembarca em Porto Alegre, para encenar o espetáculo Bárbara, que tem direção de Bruno Guida e cujas sessões acontecem às 20h de sábado (27) e às 18h de domingo (28), no Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/n). Os ingressos estão à venda pelo site do espaço cultural e custam entre R$ 50,00 e R$ 150,00.
Livremente inspirado no livro A Saideira: Uma dose de esperança depois de anos lutando contra a dependência (Editora Planeta), de autoria da escritora e jornalista Barbara Gancia, este é o primeiro monólogo de Marisa, que - coincidentemente - celebra 40 anos de carreira. "Nasceu de um convite do Bruno, que idealizou o projeto em meio ao período de isolamento por conta da pandemia de Covid-19, onde estávamos todos vivendo aquele momento triste. Inclusive, tudo começou virtualmente. Foi um processo que contou com pouca vaidade e pouca expectativa, mas que resultou em um trabalho que eu acho que está bem legal", conta a atriz. A montagem fez sua estreia em São Paulo, no final de 2021, e - após uma segunda temporada na capital paulista em 2022 - volta a cartaz, desta vez para circular em turnê pelo País no decorrer deste ano.
Com a luta contra o alcoolismo como tema central, a peça tem dramaturgia de Michelle Ferreira e, além das histórias do livro, conta com outras histórias fictícias e reflexões pessoais de Marisa. "O texto é bem sério, mas tem humor; emociona, mas é repleto de pitadas cômicas. Este foi um pedido da Barbara, que usou deste mesmo bom humor para escrever sobre seus mais de 30 anos de dependência do álcool e suas consequências, comenta a atriz. "Ela foi uma grande fonte de pesquisa para a gente, que usávamos termos e figuras de linguagem não adequados, como 'vício' - que na língua portuguesa tem conotação negativa de dependência - entre outros", revela a estrela do espetáculo.
"Ao longo do roteiro, surgem momentos mais confessionais que se misturam com situações informais. Há uma série de texturas nesta montagem, a personagem passa por muitas mudanças de ânimo", emenda. Segundo Marisa, a autora do livro fez questão de que fosse assim, porque a bebida também "está perto da alegria". "Além de uma vida cheia de festas, Barbara também comemora a a alegria de estar há 15 anos com a dependência controlada, e este é um final feliz", reflete a estrela do espetáculo. "Mas é (um tema) tocante", pondera.
Definindo este seu primeiro trabalho solo como uma "peça punk e pop", Marisa Orth conta que o processo foi "bem desafiante". "Aliás, sempre é! Só que no caso de um monólogo não tem 'onde' se agarrar", comenta a atriz, destacando que sempre gostou muito de contracenar com outras pessoas, mas que está feliz com a atual proposta. A autobiografia da escritora e jornalista, que expõe de peito aberto um tema de sua vida - que é tabu até hoje para muitas pessoas - ganhou novos contornos, pontua. "Durante o espetáculo, existem momentos em que falo diretamente com a plateia, outros em que volto para a quarta parede, daí vem a Bárbara do livro, depois surge a Marisa... Há histórias tragicômicas, de festas, de clínica, em um universo ora realista, ora abstrato. Enfim, é tudo bem dinâmico e animado."  
Além de Marisa Orth, o palco é ocupado também pelo ator e diretor de movimento Fabricio Licursi, que faz a contrarregragem do espetáculo. Apostando em recursos cênicos simples e no jogo com a plateia, a peça apresenta uma encenação limpa, privilegiando o trabalho de atriz, o que exigiu de Marisa um trabalho de composição corporal que "explora coisas" que ela afirma sempre ter desejado fazer. "E, mesmo assim, é  simples, é uma 'contação' de uma história que a gente achou relevante e que nos inspirou a criar uma outra história, dando forma à essa 'nova' Barbara ficcional", avalia. 
O espetáculo conta, ainda, com assistência de direção de Mayara Constantinodireção de Arte de Gringo Cardia, figurinos de Fause Haten, visagismo de Eliseu Cabraldesign de luz de Guilherme Bonfanti, cenografia de Anna Turratrilha sonora original de André Abujamra, e efeitos especiais de G2 FX/ Rick Passos; entre outros.