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Cultura

Livros

- Publicada em 20 de Maio de 2023 às 14:03

Pela primeira vez, livrarias virtuais superam as físicas em ganhos no Brasil

Participação das livrarias físicas nas vendas caiu de 30% para 26,6%

Participação das livrarias físicas nas vendas caiu de 30% para 26,6%


ISABELLE RIEGER/JC
Pela primeira vez na história, as livrarias exclusivamente virtuais ultrapassaram as físicas no faturamento das editoras. Foi o que apontou a Pesquisa Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro 2023, realizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), com apuração da Nielsen BookData.
Pela primeira vez na história, as livrarias exclusivamente virtuais ultrapassaram as físicas no faturamento das editoras. Foi o que apontou a Pesquisa Produção e Venda do Setor Editorial Brasileiro 2023, realizada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), com apuração da Nielsen BookData.

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O levantamento é o mais longevo do setor no Brasil e na América Latina e foi feito com base em dados do ano passado, informados pelas editoras. Conforme as conclusões, livrarias virtuais como Amazon tiveram um crescimento de 35,2% no faturamento das editoras em 2022. Em 2021, elas representavam 30%. Já a participação das livrarias físicas caiu de 30% para 26,6%.

Os resultados apontaram um recuo de 2,6% no faturamento geral, se corrigido pela inflação. A redução, porém, foi menor do que a do ano retrasado, registrada em 4%. O faturamento total ficou em R$ 5,5 bilhões - dois terços representam vendas ao mercado e o restante, para o governo.

Mariana Bueno, economista da Nielsen BookData, explica que o impacto negativo das compras governamentais também é resultado dos pagamentos que não foram realizados. "O governo divide o pagamento ao longo do ano, e pagou muito pouquinho do PNLD 2023, contratado em 2022", afirmou.

O destaque também vai para as Feiras e Bienais do Livro, que apareceram pela primeira vez entre os principais canais de venda de editoras, representando a parcela de 1%. Em 2021, a participação havia sido de apenas 0,1%.
O faturamento com conteúdos digitais, que incluiu e-books e audiolivros, alcançou um crescimento representativo de 35%. Conforme a pesquisa, isso foi impulsionado pelo aumento de 69% no faturamento de bibliotecas virtuais e pela inserção do subsetor de livros educacionais.

E-books ainda representam 79% da parcela do faturamento com digital, enquanto os audiolivros chegam a 21%. O destaque da categoria são livros de não ficção, como biografias e autoajuda, que representam 80% do faturamento com assinaturas. A parcela do conteúdo digital, porém, é de apenas 6% do mercado editorial brasileiro.