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Cultura

Música

- Publicada em 24 de Maio de 2023 às 15:22

Blitz promove um liquidificador de canções clássicas e inéditas em sua Turnê Sem Fim

Blitz apresenta o show de sua 'Turnê sem fim', às 21h deste sábado (27), no Araújo Vianna

Blitz apresenta o show de sua 'Turnê sem fim', às 21h deste sábado (27), no Araújo Vianna


ANDRÉ VELOZO/DIVULGAÇÃO/JC
O palco do Auditório Araújo Vianna (Parque Farroupilha, 685) vai ferver neste sábado (27), quando a Blitz apresenta o show de sua Turnê sem fim, às 21h. Os ingressos custam entre R$ 70,00 e R$ 340 e estão à venda pela plataforma Sympla.
O palco do Auditório Araújo Vianna (Parque Farroupilha, 685) vai ferver neste sábado (27), quando a Blitz apresenta o show de sua Turnê sem fim, às 21h. Os ingressos custam entre R$ 70,00 e R$ 340 e estão à venda pela plataforma Sympla.
Contando com um repertório com cerca de 25 canções clássicas e inéditas, que misturam rock, pop, funk, reggae, samba, soul e blues (ingredientes da sonoridade do grupo desde os seus primórdios, em 1982), a apresentação ainda irá surpreender o público com músicas de bandas que começaram na mesma época da Blitz e, da mesma forma, fizeram seus primeiros shows sob a lona do Circo Voador, na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro.
"Esta nova turnê está sendo maravilhosa em tudo que é lugar que passamos e estamos super animados para tocar em Porto Alegre, onde estivemos recentemente e foi muito legal", afirma o líder do grupo, Evandro Mesquita. Além dele (vocal, guitarra e violão) a formação atual da Blitz conta com Billy Forghieri (teclados), Juba (bateria), Rogério Meanda (guitarra), Alana Alberg (baixo), Andréa Coutinho (backing vocal) e Nicole Cyrne (backing vocal). Neste novo show, o músico Mafran do Maracanã (percussão) também tem acompanhado o grupo.
Com 40 anos de estrada celebrados no ano passado, a banda acabou a primeira fase em 1986; voltou à ativa entre 1994 e 2000; e agora vive sua fase mais longínqua: "Estamos há quase 19 anos juntos com esta mesma formação, com exceção da Alana, que entrou recentemente", calcula Mesquita. Com sua origem no coletivo teatral Asdrúbal Trouxe o Trombone, e após conquistar as plateias do Circo Voador, em apenas três meses a Blitz se transformou na "sensação" do mercado fonográfico brasileiro dos anos 1980. Em plena crise do setor (à época), a banda atingiu a marca de 1 milhão e meio de cópias vendidas com o compacto Você não soube me amar. A canção segue no imaginário do público, e está entre as clássicas que não podem faltar no repertório.
"É sempre cruel fazer o setlist, pois cada um de nós tem carinho por uma música ou outra. É dramático. Mas tem uma espinha dorsal que a gente vai traçando de acordo com o local do show. Se é em um teatro ou auditório, aí podemos inserir mais forte o lado teatral; se é o lugar comporta público em pé e pulando, aí é outro tipo de show", comenta Mesquita. "No caso do Araújo Vianna, tem a possibilidade do público prestar atenção numa coisa mais teatral e, ao mesmo tempo, dançar. Então, vamos fazer um mix bem bacana", promete. O cantor destaca que a apresentação será diferente da que ocorreu recentemente na capital gaúcha. 
"As músicas novas que iremos tocar estão mais maduras, e tem muita gente pedindo canções antigas, via Instagram, a exemplo de Baseado em Clarice O Homem de Avental (ambas do álbum 2009). Esta última é super teatral, e, assim como a primeira, devemos incluir neste show", adianta. Dentre as lançadas após o período de isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19Agora é a Hora (2022), composta em parceria com Roberto Frejat (Barão Vermelho) também será executada em meio a uma série de hits para os fãs cantarem junto, como Betty Frígida, Mais uma de Amor, A Dois Passos do ParaísoWeekend - essas últimas lançadas em 1983.
"A Blitz continua botando várias influências daqui e lá de fora nesse liquidificador sonoro", ressalta Mesquita, ao falar da produção simultânea de mais cinco álbuns, iniciada em 2020 e que está prestes a sair do forno. "Temos essa coisa de misturar Moreira da Silva com Led Zeppelin ou Jackson do Pandeiro com Bob Marley, mas, ao final, nosso som sai com personalidade própria." A linguagem pop e rock do grupo também já se inspirou em bandas e músicos gaúchos, como Bicho da Seda, Bebeto Alves, e Kleiton e Kledir. A ideia de tocar músicas de outros compositores vai para além dos palcos, conta Mesquita. Dentre os cinco discos que a banda está gravando desde o começo da pandemia, Blitz Nudusoutros irá entregar aos fãs do grupo interpretações de canções de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Zé Keti Zé, Gilberto Gil, Belchior, entre outros. Além deste álbum, outro que em breve estará à disposição do público é Blitz Supernovas, só com músicas inéditas.  
Mesquita conta que após a turnê passar por outros estados brasileiros, a Blitz deve voar para Portugal, para seguir com as atuais apresentações. O último giro da trupo por palcos estrangeiros aconteceu antes da pandemia, quando o grupo fez shows nos Estados Unidos, na Europa e no Japão. Também é desta época o último álbum da Blitz, que concorreu ao Grammy latino em 2017.
Sobre a música Agora é a Hora, Mesquita comenta que a letra fala das mudanças que ocorreram nas últimas décadas. "Surgiu depois que me peguei caminhando o trecho que vai de Copacabana até o Leblon e percebi que não reconhecia nenhum rosto amigo naquele trajeto: a cidade que cresci e passei minha adolescência já não é mais a mesma, até mesmo suas esquinas mudaram muito." O mesmo aconteceu com o mercado fonográfico, observa. "Hoje em dia, tudo mudou muito também nas rádios. Estamos tentando nos adaptar aos novos tempos. Temos uma equipe muito boa, que a gente adora, e vamos conversar com algumas gravadoras, para decidir se lançamos os novos trabalhos com parceria, ou de forma independente."