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Cultura

Acontece

- Publicada em 28 de Abril de 2023 às 00:38

Palco Giratório Sesc une artes cênicas e reflexão em sua 17ª edição

Espetáculo de dança Imalê Inú Iyagba é a 
primeira atração do 
17º Palco Giratório Sesc, que acontece entre os 
dias 12 e 28 de maio

Espetáculo de dança Imalê Inú Iyagba é a primeira atração do 17º Palco Giratório Sesc, que acontece entre os dias 12 e 28 de maio


Sandra Guedes/Divulgação/JC
A força das mães ancestrais intrínseca nas memórias de uma menina preta ganha forma na atração de abertura do 17ª Festival Palco Giratório Sesc, que acontece entre os dias 12 e 28 de maio, em Porto Alegre. O evento, que inicia com uma sessão do espetáculo de dança Imalê Inú Iyagba (SP), contará com 50 apresentações de artes cênicas, além de 11 ações formativas gratuitas, que abordarão temas como arte e cultura negra, estratégias de gestão da cultura, processos de criação, palhaçaria e práticas pedagógicas. A programação completa do festival foi anunciada em evento nesta quinta-feira (27).
A força das mães ancestrais intrínseca nas memórias de uma menina preta ganha forma na atração de abertura do 17ª Festival Palco Giratório Sesc, que acontece entre os dias 12 e 28 de maio, em Porto Alegre. O evento, que inicia com uma sessão do espetáculo de dança Imalê Inú Iyagba (SP), contará com 50 apresentações de artes cênicas, além de 11 ações formativas gratuitas, que abordarão temas como arte e cultura negra, estratégias de gestão da cultura, processos de criação, palhaçaria e práticas pedagógicas. A programação completa do festival foi anunciada em evento nesta quinta-feira (27).
Ao todo, 37 trabalhos de artistas e coletivos de diversos lugares do País e do mundo, incluindo grupos locais, serão apresentados ao público, ao longo de 17 dias, em oito dos principais teatros da Capital. As atividades também acontecerão no espaço Zona Cultural (Av. Alberto Bins, 900 – Centro Histórico) e no Parque Farroupilha. A programação ainda prevê o lançamento do livro Sem Palavras (Editora Cogobó), de autoria do diretor Márcio Abreu. Vencedor do Prêmio Shell/2023 no Rio de Janeiro, o autor irá receber o público para um bate-papo e sessão de autógrafos no dia 27, às 17h, no Centro Municipal de Cultura (av. Érico Veríssimo, 307). A entrada é gratuita.
Os ingressos para espetáculos que ocorrem em espaços fechados estão à venda (a preços populares) nas Unidades Sesc/RS, além do site da entidade; e (havendo disponibilidade de lugares) também nas bilheterias dos respectivos teatros, que abrirão sempre uma hora antes de cada sessão. Em caso de chuva, a programação dos espetáculos de rua poderá ser alterada.
Realizado pelo Sistema Fecomércio-RS, o evento ainda oferece a possibilidade de acesso gratuito (mediante agendamento pelo email [email protected]) para organizações comunitárias e escolas, por meio do projeto Formação de Plateias. Entre as temáticas abordadas este ano, estão reflexões a respeito da diversidade cultural e de gênero, empoderamento feminino e consciência racial.                 
A primeira a subir no palco é a professora, pesquisadora e artista da dança, Adnã Ionara, com uma performance que busca o resgate do sagrado da mulher ancestral de forma individual e coletiva. A única sessão de Imalê Inú Iyagba ocorre às 19h do dia 12, no Teatro do Sesc Alberto Bins (Av. Alberto Bins, 665, Centro). Outro espetáculo que acontece no início do festival é aCORdo, da Cia REC (RJ). Neste caso, estarão em cena quatro performers nascidos em favelas do Brasil, que transformam as hierarquias e relações existentes entre os participantes através de uma dança potente, que pode ser conferida nos dias 12 e 13, sempre às 19h, na Sala Álvaro Moreyra (Centro Municipal de Cultura).
Já nos dias 13 e 14, é a vez do ator e cantor Silvero Pereira (CE) apresentar seu show Silvero Interpreta Belchior, no Teatro Renascença (Centro Municipal de Cultura). No repertório, ele canta os versos de seu conterrâneo nordestino, em um espetáculo que promete ser "marcante, de impacto profundo na alma", com canções que remetem "à força de uma navalha, cortante e afiada".
Ainda imerso na produção artística nordestina, o 17º Palco Giratório apresenta os espetáculos A Invenção do Nordeste, do Grupo Carmin (RN), que terá duas sessões no Teatro Sesc Alberto Bins (às 19h do dia 19, e às 18h do dia 20), seguidas de Iracema, da bailarina Rosa Primo (CE), que se apresenta no Teatro de Arena (av. Borges de Medeiros, 835 – Centro Histórico), às 15h do dia 23; e Clássico de Palhaços, do Grupo Vagão (PI), também com sessão única, às 15h do dia 25, no Teatro CHC Santa Casa (av. Independência, 75 - Independência).
Outra atração que promete mobilizar público e artistas é a apresentação de Traved - Palestra performance em realidade virtual, sobre as múltiplas vivências e pontos de vista de uma travesti no Brasil atual. Em cena, a primeira professora transsexual de Artes Cênicas do mundo, Dodi Leal (SP) deverá provocar a reflexão da plateia a partir de seu lugar de fala. Além dela, a diversidade também será celebrada por artistas que assinam outros espetáculos, como 3 Maneiras de tocar no assunto, dirigido por Fabiano de Freitas (RJ); Manifesto Transpofágico, de Renata Carvalho (SP); e Show-Manifesto, de Julian Santt (PB).
O evento conta também com sete espetáculos com tradução simultânea na Língua Brasileira de Sinais (Libras): Corpo Casulo, do coletivo  Intransitivo (RS); Pai-de-Deus, do Grupo Tholl – Núcleo de Teatro (RS); E.L.A, de Jéssica Teixeira (CE); Junho: uma aventura imaginária, do Coletivo Nômade de Teatro e Pesquisa Cênica (RS); Prédios espelhados matam passarinhos, do Grupo Jogo de Experimentação Cênica (RS); Ninguém sabe o meu nome, de Ana Carbatti (RJ) e Senhora P, do Coletivo Coquetel Molotov (DF). No dia 21, a população poderá, também, assistir gratuitamente a duas apresentações: Tocar a Terra, com a diretora e atriz Raquel Kubeo (AM) e Vikings e o Reino Saqueado, da Cia Os Palhaços de Rua (PR).
A programação completa do festival pode ser conferida no site do Sesc/RS e ainda conta com diversos outros espetáculos, incluindo o da rapper Bixarte, que realiza o show de encerramento do Palco Giratório de 2023, no dia 28 de maio, no Teatro Renascença. Poeta, compositora e artivista, Bianca Magicongo foi a primeira travesti a ganhar o Festival de Música da Paraíba, seu estado natal, em 2020. Em 2019, lançou seu primeiro EP, Revolução e, no ano seguinte, o álbum Faces. Atualmente, trabalha no lançamento de Traviarcado, seu primeiro álbum de estúdio patrocinado pela Natura Musical, e em sua primeira série como atriz da TV Globo, Cine Holliúdy.