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Cultura

música

- Publicada em 03 de Abril de 2023 às 14:19

Selo Sesc apresenta projeto Relicário, que estreia com gravação inédita de João Gilberto

Com 36 músicas, álbum duplo João Gilberto será disponibilizado com exclusividade e gratuitamente na plataforma Sesc Digital no dia 5 de abril

Com 36 músicas, álbum duplo João Gilberto será disponibilizado com exclusividade e gratuitamente na plataforma Sesc Digital no dia 5 de abril


ACERVO SESC AUDIOVISUAL/DIVULGAÇÃO/JC
Em nova iniciativa, Selo Sesc transforma áudios de shows históricos realizados em suas unidades, nas décadas de 70, 80 e 90, em álbuns digitais remasterizados. O projeto Relicário estreia com uma gravação inédita do ícone da música brasileira, João Gilberto. A partir do dia 5 de abril o álbum duplo João Gilberto, ao vivo no Sesc, com o áudio remasterizado da histórica apresentação na unidade Vila Mariana, em 1998, estará disponível gratuitamente e com exclusividade na plataforma Sesc Digital. A faixa inédita Rei sem coroa também nesta data será lançada nas principais plataformas de streaming, onde chegará o álbum no dia 26 de abril, quando também será lançado no formato físico, em CD.O lançamento do álbum celebra os 25 anos da apresentação no Sesc Vila Mariana. A unidade havia sido inaugurada em dezembro de 1997, e o pai da bossa nova era um dos primeiros grandes nomes a pisar no palco de seu teatro. João Gilberto estava em turnê para celebrar os 40 anos da bossa nova, com shows agendados por todo o Brasil. São Paulo recebeu três dias de apresentações, sendo a última, em 5 de abril de 1998, a fonte para o material do projeto Relicário. Conhecido por seu perfeccionismo, na época João fez apenas quatro pedidos para a realização do show: um banco para piano, um tapete persa, uma mesa para violão e a acústica perfeita.O álbum João Gilberto (ao vivo no Sesc 1998) é fruto do trabalho de curadoria e gerenciamento do vasto acervo do Sesc São Paulo. A série também oferece o contexto histórico de cada registro, através de textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias jornalísticas veiculadas na época, que poderão ser acessados pelo público, de forma gratuita no site do projeto. O pontapé inicial para transformar o registro do show em álbum foi em 2018, a fita localizada no acervo do estúdio da unidade Vila Mariana passou então por um processo de remasterização. O primeiro título de Relicário ainda ganhou uma parceria especial: Bebel Gilberto, filha do intérprete, assumiu a supervisão artística do material.Como costumava fazer em seus shows, João Gilberto mesclou sambas antigos e clássicos da bossa nova nas quase duas horas de apresentação. O destaque da gravação está na música inédita Rei sem coroa que, apesar de compor o repertório de alguns shows, nunca foi registrada em estúdio ou gravada oficialmente pelo artista, reforçando a importância do resgate histórico promovido pelo Sesc São Paulo. A canção é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que virou residente do Copacabana Palace após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra, em 1940.
Em nova iniciativa, Selo Sesc transforma áudios de shows históricos realizados em suas unidades, nas décadas de 70, 80 e 90, em álbuns digitais remasterizados. O projeto Relicário estreia com uma gravação inédita do ícone da música brasileira, João Gilberto. A partir do dia 5 de abril o álbum duplo João Gilberto, ao vivo no Sesc, com o áudio remasterizado da histórica apresentação na unidade Vila Mariana, em 1998, estará disponível gratuitamente e com exclusividade na plataforma Sesc Digital. A faixa inédita Rei sem coroa também nesta data será lançada nas principais plataformas de streaming, onde chegará o álbum no dia 26 de abril, quando também será lançado no formato físico, em CD.

O lançamento do álbum celebra os 25 anos da apresentação no Sesc Vila Mariana. A unidade havia sido inaugurada em dezembro de 1997, e o pai da bossa nova era um dos primeiros grandes nomes a pisar no palco de seu teatro. João Gilberto estava em turnê para celebrar os 40 anos da bossa nova, com shows agendados por todo o Brasil. São Paulo recebeu três dias de apresentações, sendo a última, em 5 de abril de 1998, a fonte para o material do projeto Relicário. Conhecido por seu perfeccionismo, na época João fez apenas quatro pedidos para a realização do show: um banco para piano, um tapete persa, uma mesa para violão e a acústica perfeita.

O álbum João Gilberto (ao vivo no Sesc 1998) é fruto do trabalho de curadoria e gerenciamento do vasto acervo do Sesc São Paulo. A série também oferece o contexto histórico de cada registro, através de textos, vídeos, fotografias e material iconográfico com folhetos, cartazes e notícias jornalísticas veiculadas na época, que poderão ser acessados pelo público, de forma gratuita no site do projeto. O pontapé inicial para transformar o registro do show em álbum foi em 2018, a fita localizada no acervo do estúdio da unidade Vila Mariana passou então por um processo de remasterização. O primeiro título de Relicário ainda ganhou uma parceria especial: Bebel Gilberto, filha do intérprete, assumiu a supervisão artística do material.

Como costumava fazer em seus shows, João Gilberto mesclou sambas antigos e clássicos da bossa nova nas quase duas horas de apresentação. O destaque da gravação está na música inédita Rei sem coroa que, apesar de compor o repertório de alguns shows, nunca foi registrada em estúdio ou gravada oficialmente pelo artista, reforçando a importância do resgate histórico promovido pelo Sesc São Paulo. A canção é uma parceria dos compositores Herivelto Martins e Waldemar Ressurreição, inspirada na história do rei Carlos II, da Romênia, que virou residente do Copacabana Palace após ser forçado a abdicar de seu trono durante a Segunda Guerra, em 1940.