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Patrimônio

- Publicada em 29 de Janeiro de 2023 às 18:31

Exposição marca celebração dos 120 anos de Museu Julio de Castilhos

Equipamento cultural, que recebeu obras como a restauração do hall de entrada, celebra aniversário com exposição Aos 120 - nossa história, que terá abertura nesta segunda-feira

Equipamento cultural, que recebeu obras como a restauração do hall de entrada, celebra aniversário com exposição Aos 120 - nossa história, que terá abertura nesta segunda-feira


Solange Brum/SEDAC/DIVULGAÇÃO/JC
Adriana Lampert
Primeira instituição museológica criada após a Proclamação da República, o Museu Julio de Castilhos (rua Duque de Caxias, 1.205) celebra seus 120 anos de existência com uma exposição icônica,  que permanecerá em cartaz até o final do ano. Vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), o espaço cultural irá inaugurar a mostra Aos 120 - nossa história nesta segunda-feira, possibilitando o reencontro com acervos já expostos e outros inéditos, recentemente adquiridos, como é o caso de parte da doação recebida da família de Borges de Medeiros. A visitação ocorre de terças a sábados e também nos feriados, sempre das 10h às 17h. No dia da inauguração, além da cerimônia de abertura para convidados, às 18h, o prédio ficará aberto ao público das 19h às 21h.
Primeira instituição museológica criada após a Proclamação da República, o Museu Julio de Castilhos (rua Duque de Caxias, 1.205) celebra seus 120 anos de existência com uma exposição icônica,  que permanecerá em cartaz até o final do ano. Vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac), o espaço cultural irá inaugurar a mostra Aos 120 - nossa história nesta segunda-feira, possibilitando o reencontro com acervos já expostos e outros inéditos, recentemente adquiridos, como é o caso de parte da doação recebida da família de Borges de Medeiros. A visitação ocorre de terças a sábados e também nos feriados, sempre das 10h às 17h. No dia da inauguração, além da cerimônia de abertura para convidados, às 18h, o prédio ficará aberto ao público das 19h às 21h.
Peças de memória afetiva, como as botas de Francisco Ângelo Guerreiro (um homem de 2,17 metros de altura e que calçava 58, diagnosticado com gigantismo acromegálico), integram a lista de simbologias da exposição que poderá ser conferida em vários ambientes do museu, e através de uma linha do tempo das gestões do espaço ao longo do tempo.
Criada em 1903, a instituição é o museu mais antigo do Rio Grande do Sul e agora abrirá seu acesso principal pela casa que pertenceu a Julio de Castilhos e família, com a entrega do hall de entrada totalmente restaurado entre setembro e dezembro de 2022. "Com isso, as pessoas que passarem pela rua vão poder enxergar o museu por dentro - o que até então não era possível", destaca a museóloga e diretora do equipamento cultural, Doris Couto. Ela avalia que "devolver o acesso ao museu pela casa Julio" é o "ponto alto" da celebração de aniversário. "Será a primeira oportunidade de muitas pessoas conhecerem o acesso da casa histórica como era originalmente, já que, ao longo de seus 120 anos, esse espaço foi completamente descaracterizado pelas camadas de tinta e textura que recebeu e que encobriram a beleza de sua pintura."
As melhorias foram possíveis através de recursos do programa Avançar na Cultura, que possibilitaram também a requalificação predial e o restauro de obras do acervo, que segundo Doris, "estavam muito danificadas". "É o caso da escultura equestre de Duque de Caxias, de autoria de Antônio Caringi: o cavalo estava sem as patas e com o rabo caindo, agora está totalmente restaurado e reintegrado", exemplifica a diretora.
De acordo com a museóloga, no total, o Julio de Castilhos recebeu R$ 14,5 milhões, que ainda vão dar conta do restauro (com licitação em processo) das duas casas que compõem a instituição e mais a construção de um prédio de quatro andares, que deverá guardar parte do acervo que não estiver exposta. "É uma forma de salvaguardar todo esse material, dentro de uma perspectiva de gestão de risco, evitando que se perca em caso de incêndio no prédio principal, por exemplo."
"Esses investimentos fazem parte da nossa política pública de conservação e valorização do patrimônio cultural, material e imaterial, que pertence a todos os gaúchos e gaúchas", afirma a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo. O acervo do Museu Julio de Castilhos reúne, entre outras peças, o sabre de honra do General Osório, uma raridade do Primeiro Reinado, confeccionado em 1871, após a Guerra do Paraguai, a pedido do Coronel Manuel Deodoro. Idealizado por Julio de Castilhos e instituído no ano de seu falecimento, o equipamento cultural teve sua primeira sede (ainda enquanto Museu do Estado) instalada em dois pavilhões da Grande Exposição Estadual de 1901, nos Campos da Redenção.
"As primeiras peças herdadas (doadas por prefeituras do Estado que mandaram obras representativas de cada cidade) da Grande Exposição de 1901 (às quais se somaram mais de 10 mil itens que formaram suas coleções) estão inscritas no Livro de Belas Artes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), desde 1937", contextualiza Doris. Segundo ela, peças indígenas e vinculadas à mineralogia também integram o primeiro acervo da instituição.
"Das mais relevantes, podemos citar a sela utilizada no cavalo de Deodoro da Fonseca, quando passou a tropa em revista no ato da Constituinte; a tela da Prisão de Tiradentes pintada por Antônio Parreiras e oferecida a Borges de Medeiros em 1914; o Acervo Farroupilha; correspondências políticas; peças de tortura dos escravizados, que apesar de remontarem a um passado traumático, estão ali para não nos deixar esquecer deste período; obras sobre a Guerra do Paraguai, das Revoluções de 1923 e 1993; das I e II guerras mundiais; vestuários e peças curiosas, de tecnologias que as pessoas não reconhecem. Peças dos séculos XIX, XX e XXI que marcaram época no Estado e no Brasil", enumera Doris.
 
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