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Cinema

- Publicada em 24 de Janeiro de 2023 às 13:36

Com 'Top Gun' e 'Avatar', premiação do Oscar 2023 mira no popular

 Na lista principal, além dos esperados, houve espaço para dois estrangeiros, o alemão Nada de Novo no Front e a produção internacional Triângulo da Tristeza

Na lista principal, além dos esperados, houve espaço para dois estrangeiros, o alemão Nada de Novo no Front e a produção internacional Triângulo da Tristeza


Kevin Witter/Getty Images via AFP/JC
Agência Estado
É muito raro uma produção que faturou mais de US$ 1 bilhão ser indicada para o Oscar. Recentemente, houve Coringa (2019) e Pantera Negra (2018), depois da polêmica ausência de Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) da lista. Mas, neste ano, dois pertencentes ao seleto clube estão concorrendo à estatueta de melhor filme do ano: Top Gun: Maverick, dirigido por Joseph Kosinski, e Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron.
É muito raro uma produção que faturou mais de US$ 1 bilhão ser indicada para o Oscar. Recentemente, houve Coringa (2019) e Pantera Negra (2018), depois da polêmica ausência de Batman: O Cavaleiro das Trevas (2008) da lista. Mas, neste ano, dois pertencentes ao seleto clube estão concorrendo à estatueta de melhor filme do ano: Top Gun: Maverick, dirigido por Joseph Kosinski, e Avatar: O Caminho da Água, de James Cameron.
É um sinal de que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, composta de cerca de 10 mil pessoas de 80 países, está de olho no mercado, que tenta se recuperar do baque da pandemia combinado ao crescimento do streaming.
E não só. Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo, de Daniel Kwan e Daniel Scheinert, não chegou aos números de Top Gun e Avatar, mas é um sucesso de bilheteria e da cultura pop. Com um orçamento estimado em US$ 25 milhões, rendeu cerca de US$ 104 milhões no mundo inteiro. Agora, também recebeu o maior número de indicações, 11, e tem muitas chances de ganhar.
Na lista principal, além dos esperados, como Os Fabelmans, de Steven Spielberg, Os Banshees de Inisherin, de Martin McDonagh, Elvis, de Baz Luhrmann, e Tár, de Todd Field, houve espaço para dois estrangeiros, o alemão Nada de Novo no Front, de Edward Berger, e Triângulo da Tristeza, que, apesar de falado em inglês, é uma verdadeira produção internacional, com dez países coprodutores, e um diretor sueco, Ruben Östlund. A grande surpresa mesmo foi a inclusão de Entre Mulheres, de Sarah Polley.
Bastante significativo também que, dos dez indicados a melhor produção de 2022, apenas um, Nada de Novo no Front, tenha sido lançado por um streaming, a Netflix. Não só: quase todos os outros vieram de estúdios tradicionais, como Disney, Warner, Paramount e Universal.
Nada de Novo no Front, aliás, confirmou a força que mostrou no Bafta e em premiações específicas e é o segundo filme mais indicado, empatado com Os Banshees of Inisherin, ambos com 9. Sua desvantagem é não concorrer a direção nem a qualquer prêmio de atuação. Inisherin, por sua vez, está em todas as categorias nobres: filme, direção, roteiro original e teve seus quatro principais atores indicados.
Depois de duas vitórias consecutivas de mulheres na categoria direção, com Jane Campion e Chloe Zhao, em 2023 não há nenhuma diretora indicada. Dos seis homens concorrentes, cinco são brancos - a exceção é Daniel Kwan, que divide o comando de Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo com Daniel Scheinert. Como sempre, os membros da categoria gostam de incluir pelo menos um estrangeiro. Desta vez, é o sueco Ruben Östlund.
Entre os atores, a diversidade ficou mais com os coadjuvantes. Os indicados a ator são todos brancos: Austin Butler (Elvis), Colin Farrell (Os Banshees of Inisherin), Brendan Fraser (A Baleia), Paul Mescal (Aftersun) e Bill Nighy (Living). Entre as atrizes, só Michelle Yeoh (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo), a primeira asiática a concorrer na categoria, em meio a Cate Blanchett (Tár), Michelle Williams (Os Fabelmans), Andrea Riseborough (To Leslie) e Ana de Armas (Blonde), que é latina, porém branca. Riseborough é a surpresa da lista, mas sua preferência entre os atores tinha ficado clara com a campanha feita por Blanchett e Gwyneth Paltrow.
Entre os atores coadjuvantes, há Brendan Gleeson e Barry Keoghan, ambos de Os Banshees de Inisherin, Judd Hirsch (com uma cena em Os Fabelmans), o favorito Ke Huy Quan (Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo) e a surpresa Bryan Tyree Henry (Passagem). A lista de atrizes coadjuvantes é ainda mais diversa, com Angela Bassett (Pantera Negra: Wakanda para Sempre), a favorita, fazendo história ao ser a primeira intérprete de um filme da Marvel a conquistar uma indicação. Ela disputa com Hong Chau (A Baleia), Kerry Condon (Os Banshees de Inisherin) e Jamie Lee Curtis e Stephanie Hsu (ambas por Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo). No total, são quatro atores asiáticos ou de ascendência asiática concorrendo nas quatro categorias de interpretação.
Também há surpresa em melhor filme internacional, com a ausência de Decisão de Partir, de Park Chan-wook, para a entrada de The Quiet Girl, o primeiro longa irlandês a concorrer ao prêmio. Os outros são o alemão Nada de Novo no Front, o argentino Argentina, 1985, o belga Close e o polonês EO.
A curiosidade agora é saber se, com tantos filmes populares, a cerimônia, que vem perdendo audiência, vai conseguir se recuperar.
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