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Literatura

- Publicada em 18 de Janeiro de 2023 às 18:19

Livro celebra a vida de Janis Joplin, nascida há 80 anos

Cantora desafiou as convenções de gênero de sua época

Cantora desafiou as convenções de gênero de sua época


Jim Marshall Photography LLC/EDITORA SEOMAN/DIVULGAÇÃO/JC
O peso na letra unido à rouquidão e emoção na voz dão o tom da carreira de Janis Joplin, uma das mais míticas e influentes cantoras de rock da história. Nascida há exatos 80 anos, em 19 de janeiro de 1943, a cantora teve uma vida carregada de transgressões, quebras de paradigmas, frustrações amorosas e dissabores familiares. Escrita por Holly George-Warren, jornalista e uma das mais respeitadas cronistas da história da música norte-americana, a biografia Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música (Ed. Seoman, 432 páginas, R$ 69,90) é uma oportunidade para rememorar a trajetória de uma estrela que foi embora cedo, mas ainda brilha como uma das mais poderosas figuras do rock.
O peso na letra unido à rouquidão e emoção na voz dão o tom da carreira de Janis Joplin, uma das mais míticas e influentes cantoras de rock da história. Nascida há exatos 80 anos, em 19 de janeiro de 1943, a cantora teve uma vida carregada de transgressões, quebras de paradigmas, frustrações amorosas e dissabores familiares. Escrita por Holly George-Warren, jornalista e uma das mais respeitadas cronistas da história da música norte-americana, a biografia Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música (Ed. Seoman, 432 páginas, R$ 69,90) é uma oportunidade para rememorar a trajetória de uma estrela que foi embora cedo, mas ainda brilha como uma das mais poderosas figuras do rock.
Para relatar a vida de Janis, a autora, que também é especialista em biografias, recorreu a familiares da cantora, amigos, colegas de banda, pesquisou arquivos, diários, cartas e entrevistas há muito perdidas. Ela faz, sobretudo, um perfil minucioso detalhando os passos da cantora até a overdose acidental de heroína, que lhe ceifou a vida em 4 de outubro de 1970.
Lendo a biografia, consolida-se a imagem de Janis Joplin como vanguardista musical. Uma mulher rebelde, dona de grande astúcia e personalidade complexa, que rompeu regras e desafiou todas as convenções de gênero em sua época, abrindo caminho para as mulheres poderem extravasar suas dores e revolta no cenário artístico sem serem tão oprimidas pelo universo machista existente no meio musical. Ainda que tenha se notabilizado com o rock, Janis transitava com facilidade por outros estilos, como blues, o soul e o folk-rock. Ainda que tenha durado poucos anos, a carreira solo da vocalista foi capaz de notabilizar canções como Mercedes Benz, Get It While You Can e Me and Bobby McGee.
Janis Joplin expunha sem medo suas convicções sobre temas como sexualidade e a psicodelia. Uma postura que influenciou de forma profunda nomes como Patti Smith, Debbie Harry (Blondie), Cyndi Lauper, Chrissie Hynde (The Pretenders), Kate Pierson (B-52's) e Ann e Nancy Wilson (Heart) - e que, por meio delas e de tantas outras, segue como um exemplo de liberdade e de enfrentamento contra o sexismo no rock.
"Antes da passagem um tanto breve de Janis Joplin pelo sucesso, teria sido difícil para essas artistas encontrarem um modelo feminino comparável à beatnik de Port Arthur, Texas. A mistura de musicalidade confiante, sexualidade impetuosa e exuberância natural, que produziu a primeira mulher estrela do rock dos Estados Unidos, mudou tudo", conta a autora Holly George-Warren na introdução da obra.
A voz rouca de Janis, capaz de evocar sentimentos da melancolia à rebeldia, era como uma extensão natural, e ao mesmo tempo quase mágica, de uma alma que sofria. Em Janis Joplin: Sua Vida, Sua Música, surge também uma mulher em busca do amor, que, mesmo buscando formas de aliar a carreira com o sonho de ter uma família, nunca conseguiu estabelecer um relacionamento sólido e duradouro. Uma frustração que contribui para a melancolia perceptível em vários momentos da artista, e que - especula a obra - pode ter tido papel no uso de drogas que acabou levando à morte prematura e acidental de Janis. 
 
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