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Música

- Publicada em 06 de Dezembro de 2022 às 15:16

Iza enfileirou sucessos e novidades no retorno a Porto Alegre

Iza destacou em diversos momentos a falta que sentiu de se apresentar na Capital

Iza destacou em diversos momentos a falta que sentiu de se apresentar na Capital


ISABELLE RIEGER/JC
Um dos principais nomes do pop nacional da atualidade, a cantora Iza aterrissou em Porto Alegre, nesse sábado (3), para levantar o público do Auditório Araújo Vianna com os hits consagrados de seu primeiro álbum, Dona de mim (2018), e as apostas de seu mais recente projeto, Três.
Um dos principais nomes do pop nacional da atualidade, a cantora Iza aterrissou em Porto Alegre, nesse sábado (3), para levantar o público do Auditório Araújo Vianna com os hits consagrados de seu primeiro álbum, Dona de mim (2018), e as apostas de seu mais recente projeto, Três.
A artista carioca não se apresentava na capital gaúcha desde antes da pandemia e fez questão de destacar, em diversos momentos do show, que sentiu falta de cantar aqui. “Estou muito feliz de estar aqui, eu estava morrendo de saudade”, disse Iza em sua primeira interação com o público.
O reencontro da cantora com o público gaúcho marcou também sua estreia no palco do Araújo. E o debute foi em grande estilo: com direito à banda e balé completos. Os músicos que tocaram ao lado da artista foram o DJ Alex Favilla, Bruno Costa (guitarra), Thiago Oliveira (teclado), Cleverson Silva (bateria), o trio de sopro Jorge Continentino, Sergio de Jesus e Gesiel Nascimento, e os backing vocals Murilo Santos, Leticia Pedroza e Leo Baptista.
A entrada de Iza foi introduzida pelos backing vocals, que levantaram o astral do público para receber a artista ao som dos primeiros acordes do single Gueto (2021). Indicada ao Prêmio Multishow de Música Brasileira no ano de seu lançamento, a canção exalta a cultura, arte e resistência do gueto.
A sequência é com um dos sucessos do seu álbum de estreia: Ginga. “Entra na roda e ginga, ginga / Fé na sua mandinga, na roda, ginga”, entoa a cantora enquanto o público se anima cada vez mais e dança junto com o balé. Também do primeiro disco, a música Linha de Frente encerra o primeiro momento do show. Além da letra potente e da coreografia marcante, chamam atenção as palavras da música projetadas em vermelho no telão. “Nós, quebra, nós, brinca” aparecem ao fundo enquanto a artista canta.
 
ISABELLE RIEGER/JC
Público se entregou ao momento e se conectou com a cantora. Foto: Isabelle Rieger/JC
Então, chega o momento do boa noite para os fãs. Além de falar da saudade que sentia de Porto Alegre e de seu público daqui, Iza contou de um perrengue que passou para poder fazer o show. “Perderam minha mala com o meu figurino. Mas eu achei essa bota aqui em Porto Alegre por R$50”, conta a cantora, que arranca aplausos e risadas do público. “A gente dá um jeito, a gente faz tudo, porque não tem como, gente, eu sou feliz demais aqui”, complementa Iza.
Então, tem início um dos momentos mais íntimos e sensíveis da noite. “A festa é nossa hoje, tô vendo todo mundo”, introduz a artista antes de apontar para vários fãs e descrevê-los. Iza fala sobre as características físicas, roupas e o que seu público está fazendo. “Tô vendo você fazendo esse coração muito difícil dessa geração, que eu não sei fazer, mas que você tá de blusa preta bem aqui na minha frente mandando um beijo, oi!” é um dos exemplos de interação da cantora com o público.
A música é retomada com Esse brilho é meu, a mais cantada pelo público até então. Depois, é a vez de Te pegar, primeiro single oficial de sua carreira. Os fãs se animam com a coreografia que contém diversos passos no chão e bem marcados. A canção seguinte é Quem mandou chamar, uma parceria com Matuê e Tropkillaz, lançada em 2019. Nesta música, Iza pede pela primeira vez o que se tornaria constante durante o show, para acender a luz do público, com o objetivo de ver as pessoas para as quais cantava.
“Vamos dançar”, pediu ela durante a música, animando a plateia. E justamente a dança é destaque nessa parte do show. A coreografia faz com que apenas um dos quatro bailarinos homens permaneça no palco com Iza por vez, sendo que a cantora é a única constante no palco durante toda a música. O movimento conversa com a letra que diz Ela é quem manda, é livre, ela brinca / Chama pra dançar é braba na ginga.
A música seguinte é Evapora, uma parceria com o grupo de música eletrônica Major Lazer e a cantora Ciara, ambos estadunidenses. O lançamento de 2019 foi um dos primeiros passos para a carreira internacional de Iza. A música de batida envolvente e que faz amplo uso de sintetizadores teve seu clipe gravado em um cenário desértico dos Estados Unidos.
A artista deixou o palco por poucos minutos para que se iniciasse um espetáculo à parte, com foco em seu balé. A cantora voltou para cantar Mole, o primeiro hit da noite que faz parte do projeto Três. Depois, foi a vez da banda ser o centro das atenções, com solo de instrumentos e foco nos - afinadíssimos - backing vocals.
“Vocês são meus talismãs”, introduziu Iza a próxima canção do repertório. Lançada em 2019, a música marcou o momento de maior conexão entre a cantora e o público. Sem balé no palco e com as luzes da plateia acesas, Iza cantou o sucesso na beira do palco, olhando para todos que cantavam a letra junto com ela.
As duas músicas seguintes são parte do projeto Três. “Essa música é nova hein”, falou a cantora antes dos primeiros trechos de Mó paz, parceria com o cantor Ivandro. Também sem os dançarinos, a artista cantou sua parte do feat e dança durante a do parceiro, arrancando gritos entusiasmados da plateia. Em Droga, o destaque é para a coreografia: só ficou no palco um casal de bailarinos por vez, e eles fizeram uma dança que variava entre o desejo e o ódio, conversando com a letra que fala sobre o amor ser um vício.
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Show teve participação do rapper Luccas Carlos. Foto: Isabelle Rieger/JC
Em seguida, subiu Luccas Carlos ao palco, para cantar Sem filtro. A música de R&B tem influência do pagode baiano, e foi escrita pelo próprio Luccas Carlos, por Rafinha RSQ e por Carolzinha. “Sem filtro foi um presente desse irmãozão aqui”, disse Iza ao fim da música.
Na sequência, Iza deixou o palco e o artista cantou parte da música Teu popô, que integra o Poesia Acústica 5, projeto nascido no Rio de Janeiro que apresenta canções de rap com diferentes temáticas. Luccas Carlos ainda apresentou um de seus maiores sucessos, Bilhete, que foi acompanhado por grande parte do público.
A última parte do show começou com , que apresenta toda a potência vocal de Iza. A coreografia mostra a cantora tentando andar, enquanto seu balé curvado segura suas pernas, tentando a impedir. “Só quem tem fé”, pede a cantora quando chama o público para repetir o refrão ao fim da música, sendo acompanhada pelos fãs.
“Só queria que vocês soubessem que eu nunca vou esquecer esse show. Muito obrigada por toda essa energia que vocês estão mandando pra mim, é isso que todo artista quer”, confessou a cantora.
Mesmo sem precisar introduzir o seu maior sucesso, que dá nome ao primeiro álbum, a cantora fala “o nome dessa é Dona de mim”. A canção é a que mais anima o público, que cantou e dançou do início ao fim, fechando a apresentação com o coro “Iza, Iza, Iza”.
Então chegou a vez de Pesadão, vencedora do Prêmio Multishow de Música Brasileira de 2018. “Eu não quero ver ninguém parado”, disse a cantora, que teve seu pedido atendido e colocou o público para se mexer.
Para fechar a noite, a escolhida foi Brisa. Com ritmo de axé, a canção levantou o astral dos presentes. “Foi lindo demais cantar pra vocês, gente, muito obrigada”, agradeceu Iza. O público ainda foi agraciado com um remix de Pesadão, durante o qual todos os músicos e bailarinos foram para a frente do palco agradecer a plateia.

Participação especial

Eduarda e sua mãe após o término do show

Eduarda e sua mãe após o término do show


ISABELLE RIEGER/JC
E o show não foi marcante só para a cantora. A bailarina Eduarda Bento, de Cachoeirinha, foi convidada a subir no palco para dançar o remix junto com os bailarinos de Iza. A gaúcha conhecia os passos e deu um show ao lado do balé da cantora.
“Eu tava dançando aqui na frente, eu sou dançarina também, bailarina, e eu tava dançando e eles viram. Aí minha mãe pediu pra me puxar e eles acabaram me puxando, meu Deus, foi muita loucura”, relata Eduarda.
Emocionada, a dançarina conta que é muito fã da cantora. “Principalmente por ela ser negra e representar tanto a negritude, eu fico muito feliz”, finaliza a bailarina.

Show para todas as idades

Família curtiu o show até a última música

Família curtiu o show até a última música


Ana Julia Zanotto/Reprodução/JC
Quem também aproveitou o show foram as pequenas Eloísa e Luna, que foram assistir ao show acompanhadas dos pais Priscila e Eduardo Prieber. A mãe conta que gosta das músicas da Iza, mas quem motivou a família a ir ao show foram as filhas.
“Para as duas foi ótimo, elas adoram a Iza, elas curtem bastante”, conta Priscila.